
História de Carolina Maria de Jesus, autora de “O Quarto de Despejo”

História de Carolina Maria de Jesus, autora de “O Quarto de Despejo”
Uma das mais importantes escritoras da história da literatura brasileira. Conheça sua obra e sua trajetória de luta e resistência

Hoje, dia 14 de fevereiro seria aniversário de uma das mais importantes escritoras da história da literatura brasileira: Carolina Maria de Jesus, autora de “O Quarto de Despejo”. Hoje, vamos conhecer sua obra e sua trajetória.
Autora de uma obra extensa, Carolina escreveu gêneros literários diversos, como a poesia lírica, o romance, o drama, o conto, o provérbio, a correspondência e a canção. Era como poeta, sobretudo, que se autodefinia e se apresentava ao mundo.
Nos poemas, ela elaborava esteticamente as “ideias que lhe comprimiam o cérebro”, e que exigiam escape, levando-a à busca por comunicabilidade. A gênese de sua poética é inconformada.
A história de Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus nasceu em 14 de março de 1914, em Sacramento, cidade do interior rural de Minas Gerais, localizada a pouco mais de 60 km de distância de Araxá, palco de um dos maiores e mais longevos quilombos do Brasil, o Quilombo do Ambrósio.
Carolina é filha de Maria Carolina de Jesus, conhecida como Cota, e João Cândido Veloso, um poeta que tocava violão. Era de seu avô, Benedicto José da Silva, conhecido como “Sócrates africano”, que ela ouvia narrativas ao redor da fogueira, nas quais a experiência vivida da escravidão era compartilhada.
Foi dele que ela herdou o gosto por contar histórias e a noção de que a palavra tem poder, cultivando na escrita a memória
Em 1921, Carolina passou a frequentar o Colégio Espírita Allan Kardec – custeado pela patroa de sua mãe, que era empregada doméstica – onde permaneceu por aproximadamente três semestres, responsáveis pela totalidade de sua escolarização formal, e nos quais conquistou a sua companhia favorita, a leitura, e moldou sua espada e seu escudo: a escrita.
Sua professora, Lonita Solvina, era uma mulher negra. Apesar da grande importância que a escola formal significou em sua trajetória, Carolina Maria de Jesus foi formada por múltiplos letramentos. Seu avô Benedito foi um deles, assim como o Sr. Nogueira, que se sentava na praça aos domingos para ler o jornal para as pessoas negras em Sacramento, no contexto de analfabetismo estrutural das décadas seguintes à abolição da escravidão.
Depois, ela se formou nas leituras literárias e nas leituras de mundo que fez ao longo de sua vida.
Em 1923, Carolina Maria de Jesus e a família mudaram-se para a cidade de Lajeado, Minas Gerais, onde trabalharam como lavradores em uma fazenda. Por essa razão ela deixou de frequentar o colégio.
Em 1924 – quando ela tinha apenas 10 anos – seu avô Benedito faleceu e, em 1927, a família partiu para a cidade de Franca, interior de São Paulo, onde Carolina trabalhou como lavradora em uma fazenda e, na cidade, como empregada doméstica.
Em 1928, voltaram para Sacramento, em 1929 passaram um tempo em Conquista, também no interior de Minas, trabalhando em outra fazenda, e depois retornaram mais uma vez para sua cidade natal.
Em 1930, Carolina saiu de Sacramento e foi andando a pé até Uberaba, em busca de tratamento para uma enfermidade nas pernas. Sem sucesso, voltou para Sacramento para novamente partir para Ribeirão Preto e Orlândia, no interior de São Paulo. Em 1932, novamente retornou à cidade natal, ainda com feridas nas pernas.
No ano seguinte, Carolina Maria de Jesus foi presa com sua mãe em Sacramento, pelo simples fato de estar lendo um livro de grandes proporções (era um dicionário), e os soldados – analfabetos, como a grande maioria da população da cidade – concluíram que a jovem estava lendo um manual de feitiçarias.
Ambas passaram dias na cadeia e foram chicoteadas. Depois de soltas, voltaram para Franca, em São Paulo. No edifício onde antes funcionava essa cadeia, hoje funciona a Secretaria de Cultura de Sacramento. Lá estão guardados os manuscritos da autora.

O início de uma jornada fora de Sacramento
Após o episódio da prisão, a mãe de Carolina Maria de Jesus lhe pediu para que fosse embora de Sacramento, pois ela não seria compreendida e aceita em um lugar no qual inexistia um imaginário social que concebesse uma mulher negra envolvida com a linguagem, a escrita e o conhecimento.
“A condição errante de Carolina começa, portanto, como uma fuga do estatuto impossível da escrita, que ela encontrava em sua cidade natal em sua juventude, imersa ainda nos resquícios coloniais muito vivos no mundo rural brasileiro na primeira parte do século XX”, descreve o site especial dedicado à escritora no Instituto Moreira Salles, fonte primordial desta matéria.
Em 1936, Carolina Maria de Jesus compôs seu primeiro verso. Na cidade de Franca, para onde partiu, viveu em um internato da Santa Casa, trabalhando na cozinha e na limpeza do espaço. Mas a incomodava o controle sobre sua vida, sobre seu tempo e seu corpo, além do excesso de trabalho. Um dia, uma freira de quem ela gostava partiu e em sinal de despedida, Carolina lhe compôs uns versos.
“O primeiro verso que eu fiz foi dedicado a uma freira. Quando eu trabalhava na Santa Casa de Franca. Eram seis irmãs que tratavam os doentes admiravelmente. Elas faziam o retiro de duas a duas. Quando viajou para São Paulo a freira por quem eu tinha profunda admiração, eu não podia deixar meus afazeres para ir despedir-me dela, peguei um lápis e um papel para lhe escrever qualquer coisinha amável:
‘Nas minhas orações peço a Jesus com muita fé para ter breve regresso: a irmã Maria José’.
Escrevi apressadamente, porque estava fritando uns bifes para os doentes do pavilhão. A mensageira voltou sorrindo: ‘Bonito verso, Carolina’. A irmã gostou e agradeci a sua amabilidade. ‘Verso”: repeti mentalmente. ‘Verso: o que será isto?’. Sorri; o meu objetivo era agradar a irmã.”
A vida em São Paulo
Em 1937, após a morte de sua mãe, Carolina Maria de Jesus foi viver em São Paulo capital, onde trabalhou como empregada doméstica, em uma fábrica e depois como catadora de papel.
Em 1940, uma foto de Carolina foi publicada no jornal Folha da Manhã, ao lado do jornalista Willy Aureli. A reportagem recebeu por título “Poetisa preta”. Na matéria, aos 26 anos, Carolina dizia: “Sou poetisa, faço versos. Porém ninguém me leva a sério. Ando pelas redações e quando sabem que sou preta, mandam dizer que não estão.”. A escritora ainda publica na matéria um verso seu chamado “O Colono e o Fazendeiro”, cujo tema central é a reforma agrária e que começa assim:
“Diz o brasileiro que acabou a escravidão
Mas o coloco sua o ano inteiro e nunca tem um tostão”
A matéria termina com o repórter dizendo sobre Carolina: “É possível que ainda se torne célebre.”.
Mas a realidade era bem diferente: aos 33 anos, em 1948, desempregada e grávida, Carolina Maria de Jesus instalou-se na extinta favela do Canindé, na zona norte de São Paulo — num momento em que surgiam na cidade as primeiras favelas — cujo contingente de moradores estava em torno de 50 mil.
Em 1949, deu à luz seu primeiro filho, João José de Jesus, o que fez com que perdesse seu emprego, voltando a ser catadora. Teve ainda mais dois filhos: José Carlos de Jesus, nascido em 1950, e Vera Eunice de Jesus, nascida em 1953.
Carolina construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer material que pudesse encontrar. Saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família.
Em junho de 1950 foi publicado um poema de Carolina Maria de Jesus, em louvor a Getúlio Vargas, no jornal O Defensor.
Em 1852, saiu a reportagem “Poetisa negra no Canindé” no jornal Última Hora, em que Carolina aparece com sua família de em sua habitação no Canindé.
Para Carolina Maria de Jesus, a maternidade foi uma estrada solitária. Não havia vínculo familiar em São Paulo, não contava com rede de apoio afetiva ou com o suporte do Estado e tampouco com a presença dos progenitores.
Mais um trecho da sua biografia no site especial dedicado à escritora no Instituto Moreira Salles: “Transversal em sua experiência social e em sua produção literária, a maternidade gera sentidos, adjetiva o tempo, causa frustração e tristeza, produz a vontade de lutar.”.

O Quarto de Despejo, livro que revelou Carolina Maria de Jesus
Ao mesmo tempo em que trabalhava como catadora, Carolina Maria de Jesus registrava o cotidiano e a realidade da comunidade onde morava com seus três filhos nos cadernos que encontrava no material que recolhia, que somavam mais de 20.
Um destes cadernos, um diário que havia começado em 1955, deu origem a seu livro mais famoso, “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, publicado em 1960.
Em 1958, Carolina conheceu o jovem fotógrafo e repórter Audálio Dantas, na favela do Canindé, que percebeu o tesouro que tinha nas mãos quando descobriu os escritos da autora. Nesse mesmo ano, ele publicou trechos do seu diário no jornal Folha da Noite.
No ano seguinte, a revista O Cruzeiro, onde Audálio Dantas passou a trabalhar, também publicou trechos do diário.
Em 19 de agosto de 1960, o livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, foi lançado com estrondoso sucesso, tendo sua primeira edição com tiragem de dez mil exemplares e 600 exemplares vendidos na noite de autógrafos. No primeiro ano, com várias reedições, foram vendidos mais de cem mil exemplares.
Neste mesmo ano, a autora deixou a favela do Canindé e mudou-se inicialmente para os fundos da casa de um amigo, em Osasco. Carolina e sua família sofreram com a hostilidade dos moradores da comunidade, que se sentiram expostos na obra então recém-lançada.
Na mesma época, a escritora também foi homenageada pela Academia Paulista de Letras.

Em um ano, reviravolta na vida de Carolina Maria de Jesus
Ainda em setembro de 1960, Carolina Maria de Jesus recebeu o diploma de membro honorário da Academia Paulista de Letras da Faculdade de Direito da USP.
Em novembro, viajou para o Rio de Janeiro para promover o livro e foi recebida por Ademar de Barros, prefeito da cidade de São Paulo, que prometeu a criação de uma comissão de construção de casas para os moradores da Canindé.
Ainda em novembro, lançou o livro no Rio Grande do Sul, onde foi recebida pelo governador Leonel Brizola. Em dezembro daquele mesmo ano, Carolina comprou uma casa de alvenaria em Santana, bairro de classe média alta de São Paulo.
Em 1961, o livro foi traduzido na Dinamarca, Holanda e Argentina. Neste mesmo ano, a prefeitura da cidade de São Paulo iniciou o processo de execução do Plano de Desfavelamento da Canindé.
Em abril de 1961, estreou a peça “Quarto de Despejo”, dirigida por Amir Haddad e com Ruth de Souza no papel de Carolina Maria de Jesus.
Em novembro de 1961, a autora lançou o seu segundo livro – “Casa de Alvenaria: diário de uma ex-favelada”. Neste mesmo mês, Carolina visitou a Argentina para divulgar seu livro e lá foi agraciada com a Orden Caballero del Tornillo.
Viajou também ao Uruguai e ao Chile para lançar “Quarto de Despejo”.
Carolina Maria de Jesus ainda lançou um disco de música, em dezembro de 1961, cantando 12 de suas próprias composições, inspiradas no realismo das favelas.
Em 1962, “Quarto de Despejo” foi traduzido na França, na Alemanha Ocidental, Suécia, Itália, Tchecoslováquia, Romênia, Inglaterra, Estados Unidos e Japão.
No ano seguinte, o livro foi traduzido também na Polônia e Carolina lançou o romance “Pedaços da Fome” e o livro “Provérbios”, com edição da própria autora.

Últimos anos e ostracismo
Infelizmente, os livros seguintes a “Quarto de Despejo” não despertaram o interesse nem da crítica nem da imprensa brasileira. A autora começou a cair no esquecimento.
Em 1964, “Quarto de Despejo” foi traduzido na Hungria. Em Portugal, seu livro foi proibido pelo Salazar, e Carolina declarou: “É dos ditadores não gostar da verdade e dos negros”.
Em 1965, o livro foi traduzido em Cuba e, em 1969, a autora mudou-se para um sonhado sítio em Parelheiros, na periferia de São Paulo, onde produziu seus últimos escritos.
Em 1971, Carolina Maria de Jesus protagonizou um documentário da diretora alemã Christa Gottmann-Elter sobre sua vida, chamado “Favela: a vida na pobreza”, mas a censura da ditadura militar proibiu a exibição no Brasil.
Em 1972, a escritora anunciou que escreveu a obra “Um Brasil para os brasileiros”, que foi ridicularizada pela imprensa. Posteriormente, parte desse material foi editado e publicado na França como “Diário de Bitita”. No Brasil, o livro teve seu lançamento em 1986, depois da morte de Carolina Maria de Jesus.
Em 1975, o curta-metragem “Despertar de um sonho”, produção alemã com direção de Gerson Tavares sobre a vida de Carolina Maria de Jesus, foi proibido de ser exibido no Brasil.
Em 1976, houve o relançamento no Brasil de “Quarto de Despejo”, pela Ediouro; e Carolina lançou o livro em bancas de jornais em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em 1977, a Scappelli Film Company propôs a realização de um filme a partir de “Quarto de Despejo”, cuja realização, porém, não se efetivou.
Carolina Maria de Jesus faleceu em 13 de fevereiro deste mesmo ano, aos 63 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória, em Parelheiros. Assim como aconteceu com outros grandes nomes da literatura brasileira, como Luís Gama e Machado de Assis, seu velório reuniu uma multidão de pessoas pelas ruas.

Reconhecimento após sua partida
Em 1978, ano da fundação do Movimento Negro Unificado nas escadarias do Theatro Municipal de São Paulo, foi lançada a publicação literária coletiva “Cadernos Negros”, cujo nome presta homenagem a Carolina Maria de Jesus.
Em 1982, foi publicado “Le Journal de Bitita”, na França, e em 1983, a Rede Globo exibiu o documentário “Caso Verdade: De catadora de papel a escritora famosa”.
Em 1991, a autora Karen Brown fez o roteiro “Passion Flower: The Story of Carolina Maria de Jesus”, para um documentário sobre Carolina, em Los Angeles.
Em 1994, os professores José Carlos Sebe Bom Meihy e Robert M. Levine escreveram o livro “Cinderela negra: a saga de Carolina Maria de Jesus”, despertando a mídia novamente sobre a vida e obra da escritora. Em 1995, os mesmos autores lançaram nos Estados Unidos “The Life and Death of Carolina Maria de Jesus”.
Em 1996, José Carlos e Robert também organizaram um material deixado por Carolina e publicam postumamente “Meu Estranho Diário” e “Antologia Pessoal”.
Em 2000, Elzira Divina Perpétua defendeu a primeira tese de doutorado brasileira sobre Carolina, com o título “Traços de Carolina Maria de Jesus: gênese, tradução e recepção de Quarto de Despejo”, na Faculdade de Letras da UFMG.
Em 2003, o cineasta Jeferson De lançou o filme “Carolina”, com participação de Zezé Motta. No ano seguinte, foi inaugurada a Rua Carolina Maria de Jesus, no bairro de Sapopemba, periferia da cidade de São Paulo.
Já em 2005, foi inaugurada a Biblioteca Carolina Maria de Jesus no Museu Afro-Brasil no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
E em 2009, o escritor Joel Rufino dos Santos publicou o livro “Carolina Maria de Jesus – uma escritora improvável”.
No ano de 2014, o centenário de Carolina Maria de Jesus foi marcado por uma série de eventos, como mesas de debates, simpósios e homenagens. Vários outros livros foram lançados sobre a vida e a obra da autora ao longo dos anos.
Em 2017, Carolina recebeu uma homenagem na Academia Carioca de Letras, na qual o professor Ivan Cavalcanti Proença diz que sua obra não pode ser considerada literatura. A resposta de Elisa Lucinda, que afirma que a escrita de Carolina é literária, reacende o debate em torno do direito à literatura.
Neste ano, o livro “Quarto de Despejo” entrou na lista de leituras obrigatórias do vestibular da Unicamp.
Em 2018, o escultor brasileiro Flávio Cerqueira homenageou Carolina com a estátua em bronze “Uma palavra que não seja esperar”.
2020, a FLUP – Festa Literária das Periferias homenageou Carolina Maria de Jesus na edição “Uma revolução chamada Carolina”.
Em 2021, a obra “Casa de Alvenaria” foi publicada em dois volumes, pela editora Companhia das Letras. A edição é a primeira na qual a narrativa de Carolina não sofreu cortes nem correções. A obra foi editada por um conselho editorial formado majoritariamente por mulheres negras, são elas: Vera Eunice, Conceição Evaristo, Amanda Crispim, Fernanda Felisberto, Fernanda Miranda e Raffaella Fernandes.
Em julho do mesmo ano, foi inaugurada a estátua de Carolina Maria de Jesus em Parelheiros, como parte das homenagens que a prefeitura da cidade fez a personalidades negras da cultura paulistana.

E em 25 de setembro foi inaugurada a exposição “Carolina Maria de Jesus, um Brasil para os brasileiros”, no Instituto Moreira Salles, com curadoria de Hélio Menezes e Raquel Barreto.
Ainda em 2021, a Universidade Federal do Rio de Janeiro concedeu o título de Doutora Honoris Causa para Carolina Maria de Jesus e “Quarto de Despejo” foi publicado em Portugal pela primeira vez, após o veto anterior de Salazar.
Em 2023, o Ministério da Cultura lançou o Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura, produzido por mulheres. Neste mesmo ano, foi lançado “O Escravo”, romance inédito de Carolina Maria de Jesus.
A escrita de Carolina Maria de Jesus é central para refletirmos as diversas camadas da nossa conjuntura social e dos desafios que temos enquanto sociedade. Muitas dessas camadas só adquiriram contornos mais apreensíveis a partir de sua publicação. O nome Carolina Maria de Jesus traduz o direito à voz, à escrita e à imaginação para todes que desejam escrever e não possuem o salvo-conduto de pertencerem à elite que pode falar. Demarca uma tradição de liberdade e ruptura no mundo das letras.
Segundo o site especial dedicado à escritora no IMS: “As memórias de Carolina Maria de Jesus compõem um arquivo fragmentado. A fonte mais segura e confiável que temos para acessar sua biografia são as lembranças de sua filha, Vera Eunice.”, como neste vídeo:
Fonte: www.carolinamariadejesus.ims.com.br