Chico Chico lança seu primeiro álbum solo autoral, Pomares

Com um talento que vem de berço e impressiona pela semelhança física e artística com a mãe, mas também mostrando toda a bagagem musical que veio formando ao longo de seus 28 anos de vida, Chico Chico acaba de lançar o seu primeiro disco solo: Pomares.

Chico Chico – nome artístico de Francisco Eller, o Chicão da canção 1º de Julho, escrita por Renato Russo especialmente para a amiga Cássia Eller quando ela estava grávida – já nasceu em cima de um palco. Perdeu uma de suas mães aos oito anos e, junto com ele, um Brasil inteiro também sentiu-se órfão. Órfão de umas das maiores artistas que já passou por este planeta.

De certa forma, ouvir Chico Chico nos dá um afago no coração: sua voz, seu timbre, seu jeito de cantar são muito parecidos com os de Cássia, claro, “é o mesmo DNA”, como ele mesmo diz. Mas, ao mesmo tempo, Chico Chico vem nos mostrar – em seu primeiro disco solo e inteiramente autoral – o artista completo que é, dono de uma personalidade única, uma identidade formada pelos encontros musicais que teve ao longo da vida e uma sensibilidade artística que impressiona e nos vai sendo apresentada a cada canção.

Pomares chega às plataformas digitais quase seis anos depois de Chico Chico lançar seu primeiro trabalho, junto com a banda 2X0 Vargem, em 2015. Em 2020, no disco Onde?, Francisco Eller se juntou a outro Francisco, o Gil – neto de outro gigante da nossa música popular brasileira: Gilberto Gil.

Neste ano de 2021, o artista lançou mais um disco em parceria: Chico Chico & João Mantuano, músico também carioca, da sua geração. A canção A Cidade, desse disco, foi indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa.

Todos esses trabalhos e vivências nos trouxeram até Pomares, totalmente inédito e autoral, em que Chico Chico nos apresenta 12 canções – compostas sozinho ou em parceria – que evocam os ciclos que nos permeiam: a vida, a morte, a natureza, as relações.

Entre as parcerias, quatro canções com o cantor e compositor baiano Sal Pessoa: Templos, Sol de Maio, Nunca Mais o Tempo Firmou e Estrela Matutina (que também conta com Marcos Mesmo como autor e traz a participação de Juliana Linhares, Daíra Sabóia e Pedro Fonseca nos vocais).

O disco ainda traz um dueto emocionante de Chico Chico com a sua outra mãe – Maria Eugênia – na faixa Mãe: uma homenagem do cantor e compositor às suas duas mães, Maria e Cássia. No fim da faixa, todos os músicos que participaram da gravação dizem os nomes de suas mães. Um deles é o violonista Walter Villaça, que tocou por anos com Cássia Eller.

Aliás, outro músico que trabalhou muito com Cássia Eller e esteve presente no clássico Acústico MTV da cantora também participa do disco de Chico Chico: o violonista, produtor e compositor Luiz Brasil – que dirigiu o álbum da Cássia junto com Nando Reis e também tocou instrumentos de corda no Acústico. Em Pomares, ele colabora com os arranjos de três canções: a faixa-título, Abacateiro Real e Nunca Mais o Tempo Firmou.

Pomares já está disponível em todas as plataformas digitais.