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Especial de Aniversário Nando Reis

Lívia Nolla
10:03 12.01.2024
Notas musicais

Especial de Aniversário Nando Reis

Hoje é aniversário de um dos maiores artistas da nossa MPB: Nando Reis! Feliz Aniversário, Nando Reis! O cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical paulistano completa 61 anos e neste 12 de janeiro de 2024 e já possui mais de 40 anos de uma importante carreira na música. Ele é responsável por … Continued

Lívia Nolla - 12.01.2024 - 10:03
Especial de Aniversário Nando Reis
Nando Reis é um dos nossos grandes cantores e compositores da MPB. Na foto, Nando se apresenta no Festival Novabrasil 2022 | Foto: Bianca Tatamiya
por Lívia Nolla
Nando Reis é um dos nossos grandes cantores e compositores da MPB. Na foto, Nando se apresenta no Festival Novabrasil 2022 | Foto: Bianca Tatamiya

Hoje é aniversário de um dos maiores artistas da nossa MPB: Nando Reis! Feliz Aniversário, Nando Reis!

O cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical paulistano completa 61 anos e neste 12 de janeiro de 2024 e já possui mais de 40 anos de uma importante carreira na música.

Ele é responsável por canções icônicas e grandes hits da nossa música popular brasileira, que estouraram não somente em sua voz, mas na voz de muitos outros intérpretes e parceiros importantes, de gerações diversas.

E nós preparamos uma matéria especial para homenagear o Ruivão, com os principais fatos sobre sua vida e obra. Aproveite!

 

Nando Reis na juventude | Foto: Divulgação – Site Oficial do Artista

O início de tudo

Nando Reis nasceu José Fernando, em São Paulo, no dia 12 de janeiro de 1963.

Por influencia dos pais, começou a ouvir música desde cedo. A mãe vivia cantarolando e o pai sempre escutava Jorge Ben Jor. Depois, o irmão mais velho (Nando tem 4 irmãos) o apresentou ao rock dos Rolling Stones e a irmã o ensinou a tocar violão.

Ele ganhou seu primeiro instrumento aos sete anos e começou uma forte paixão pela música. Logo, foi apresentado aos Beatles e Led Zeppelin pela família e sua paixão pelo universo musical foi aumentando.

Aos 12 anos, começou a ter aula de violão e logo começou a fazer suas próprias músicas. Ele sempre escreveu muito, fazia poesias e gostava de mandar cartas. Fazia música em cima de poemas longos e, por isso, sempre gostou de musicas longas.

Em 78, Nando Reis se inscreveu em um festival com quatro amigos e assim surgiu Os Camarões, uma banda inspirada na Banda do Zé Pretinho, de Jorge Ben Jor e nos The Wailers, banda que acompanhava Bob Marley. Foi nesse dia que Nando subiu no palco pela primeira vez defendendo a música Pomar, de sua autoria.

Depois disso, Nando passou a integrar – como percussionista e crooner – a banda de salsa Sossega Leão.

A banda Titãs na formação clássica da década de 1980 — Foto: Vânia Toledo / Divulgação
A banda Titãs na formação clássica da década de 1980 — Foto: Vânia Toledo / Divulgação

O início com os Titãs

Foi quando fazia parte da banda Sossega Leão, em 1982, que Nando Reis fundou o que viria a ser uma das maiores  bandas brasileiras de rock de todos os tempos: os Titãs.

A banda permanece ativa até os dias atuais (com algumas mudanças entre seus integrantes, inclusive sem Nando desde 2002) e tendo vendido mais de seis milhões de discos ao longo de toda a sua carreira. Nos Titãs, Nando Reis cantava, compunha e tocava baixo.

Na primeira formação da banda – que fez sua estreia em um show no Sesc Pompéia, em São Paulo, em outubro de 1982, ainda com o nome de Titãs do Iê Iê – estavam ao lado de Nando Reis outros oito músicos: Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Bellotto, Ciro Pessoa e André Jung (que inclusive também fazia parte da Sossega Leão junto com Nando).

Seis dos integrantes eram vocalistas: Arnaldo, Branco, Ciro, Sérgio (que também tocava teclado), Nando (que também tocava baixo) e Paulo (que também dividia o baixo com Nando e o teclado com Sérgio e tocava sax ocasionalmente). Tony tocava violão e Marcelo guitarra, e André tocava bateria.

Quase todos os integrantes se conheceram na adolescência, no Colégio Equipe, que sempre desenvolveu um forte trabalho de arte-educação e trazia atrações musicais como Novos Baianos, Alceu Valença e Gilberto Gil para o seu pátio, com apresentação e coordenação de Serginho Groisman. Ainda no Equipe, começaram a compor e tocar juntos.

Foi então que a banda começou a se apresentar cada vez mais na cena paulistana. No início, o visual do grupo incluía maquiagens, ternos coloridos e gravatas de bolinhas e os integrantes faziam coreografias. Em 1984, o grupo assinou contrato com a gravadora WEA, passando a chamar-se apenas Titãs (o “Iê Iê” gerava confusão com o “Iê Iê Iê”, da Jovem Guarda). Antes de assinarem o contrato, Ciro Pessoa deixou a banda.

Em 1984, os oito integrantes que permaneceram lançaram o seu primeiro LP, Titãs, que conta com canções que tornaram-se grandes sucessos e clássicos de sua carreira, entre elas: Sonífera Ilha (composição conjunta de Branco, Marcelo, Tony, Ciro e Carlos Barmak); Marvin (versão de Nando e Sérgio para a canção Patches, de Ronald Dumbar e General Johnson); Go Back (de Sérgio Britto, a partir de um poema de Torquato Neto); e Querem Meu Sangue (versão de Nando Reis para a canção The Harder They Come, de Jimmy Cliff).

A canção Sonífera Ilha tornou-se um sucesso nacional, um fenômeno: o grupo explodiu em todo o Brasil, tomou conta das rádios e começou a participar dos programas de auditório de maior audiência na TV, como Chacrinha, Raul Gil e Clube do Bolinha, além de viajar pelo país inteiro apresentando o show do primeiro disco.

No final deste mesmo ano, André Jung saiu da banda e foi substituído por Charles Gavin, ex-baterista das bandas Ira! e RPM. Em seguida, André passou a atuar como baterista do Ira!, invertendo os papéis com Charles.

A formação clássica da banda TitãsImagem: Divulgação
A formação clássica da banda Titãs
Imagem: Divulgação

Uma trajetória de sucesso no rock nacional

Em 1985, os Titãs lançaram o seu segundo álbum, Televisão, produzido por Lulu Santos, e que conta com outros grandes sucessos da carreira do grupo como: a faixa-título (de Arnaldo, Marcelo Fromer e Tony Bellotto); Insensível (de Sérgio Britto); Pra Dizer Adeus (de Tony e Nando); e Não Vou Me Adaptar (de Arnaldo Antunes).

Televisão foi pensado para ser um disco que faz alusão à uma televisão, de modo que cada faixa representasse um canal. A ideia era que as faixas mudassem de um gênero para outro, da mesma forma que diferentes tipos de programas podem ser assistidos ao se mudar o canal do televisor.

Em 1986, foi a vez do terceiro álbum: Cabeça Dinossauro – com produção de Liminha (que produziu diversos discos do grupo e é considerado praticamente um 9º Titã) e trazendo um rock mais puro, visceral e questionador. O álbum recebeu disco de platina, vindo a ser o primeiro efetivo sucesso de vendas da banda.

O disco conta com outros grandes clássicos do grupo, como: a faixa-título (de Arnaldo, Miklos e Branco); Bichos Escrotos (de Arnaldo, Sérgio e Nando, tocada nos shows desde 1982, mas que não podia ser gravada antes por conta da censura da censura da Ditadura Militar); Polícia (de Tony Bellotto); Família (de Arnaldo e Tony); Igreja (de Nando); e Homem Primata (de Sérgio, Marcelo, Nando e Ciro Pessoa).

No disco, considerado um dos discos mais importantes do rock brasileiro dos anos 1980, a banda reproduziu em estúdio a energia que tinha no palco. No total, o álbum – que entrou para a lista dos 100 maiores discos da música brasileira, elaborada pela revista Rolling Stone Brasil em 2007, ficando com a 19ª posição – já vendeu mais de 700 mil cópias.

Em 1987, os Titãs lançaram o álbum Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas, que recebeu disco de platina duplo e traz influências do funk-rock, experimentações com a música eletrônica e letras que seguem trazendo críticas sociais. Entre os principais sucessos: Comida (de Arnaldo, Fromer e Britto); Diversão (de Britto e Nando); e a faixa-título (de Nando e Fromer).

Em 1988, a banda fez o lançamento do seu mais recente LP na primeira edição do festival Hollywood Rock, fazendo um sucesso estrondoso e, saindo em seguida para a sua primeira turnê internacional.

Também em 1988, lançaram o disco Go Back, gravado ao vivo no XXII Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, a primeira apresentação da banda no exterior.

Em 1989, foi a vez do álbum Õ Blésq Blom, que conta com os seguintes sucessos: Miséria (de Arnaldo, Paulo e Sérgio); Palavras (de Britto e Fromer); Flores (Charles, Tony, Marcelo e Arnaldo); 32 Dentes (Branco, Marcelo e Sérgio); e O Pulso (de Arnaldo, Fromer e Bellotto).

Durante a turnê do disco anterior, na passagem por Recife, a banda conheceu – na Praia de Boa Viagem – um casal de músicos repentistas, Mauro e Quitéria. Após ouvi-los e admirar sua performance, decidiram gravá-los ali mesmo, usando a gravação como introdução do disco Õ Blésq Blom.

O título do disco pode ser traduzido como “os primeiros homens que andaram sobre a terra” e vem da letra da faixa de abertura. O trabalho, que ganhou disco de ouro, influenciou toda uma geração de músicos que veio a seguir, ao misturar o rock com elementos da música nordestina.

Gravação do Acústico MTV dos Titãs, no teatro João Caetano, em março de 1997: a partir da esquerda, Marcelo Fromer, Liminha, Nando Reis e Charles Gavin (na bateria) | Foto: Fernando Quevedo
Gravação do Acústico MTV dos Titãs, no teatro João Caetano, em março de 1997: a partir da esquerda, Marcelo Fromer, Liminha, Nando Reis e Charles Gavin (na bateria) | Foto: Fernando Quevedo

Os anos 90 com os Titãs e o primeiro álbum solo

Em 1991, Nando se apresentou com os Titãs na segunda edição do Rock in Rio, principal festival de música do país e um dos maiores do mundo. Neste mesmo ano, a banda lançou o álbum Tudo Ao Mesmo Tempo Agora. Todas as 15 faixas do LP, que recebe disco de ouro, são assinadas – pela primeira vez – coletivamente pelos oito Titãs.

O álbum marcou mais uma mudança de estilo para a banda, que voltou a fazer um rock cru com letras agressivas e algumas até escatológicas. Entre os sucessos: Cabeça, Clitóris, Eu Vezes Eu e Eu Não Sei Fazer Música.

Ainda em 1992, Arnaldo Antunes resolveu sair dos Titãs para seguir carreira solo, depois de dez anos como integrante da banda. Mas, apesar de sua saída, continuou compondo com a banda, em parcerias que foram incluídas nos futuros discos e também nos discos solo de Arnaldo.

Em 1993, a banda lançou o disco Titanomaquia, com uma pegada mais hard rock e concebido numa época em que parte da imprensa decretava o fim do rock brasileiro, como já se havia ouvido nos anos 80. O álbum foi produzido pelo norte-americano Jack Endino, que já havia sido responsável por discos de bandas como Nirvana e Soundgarden, e que passou a produzir vários discos dos Titãs a partir de então.

Como no disco anterior, o grupo assina em conjunto todas as faixas, exceto Disneylândia, Hereditário e De Olhos Fechados, em que Arnaldo Antunes aparece como coautor. 

Em 1994, a banda entrou em férias e os integrantes investiram em projetos solo, escancarando que o Titãs tem muitas cabeças com ideias diferentes, mas que também pensam muito bem em conjunto: foi quando Nando Reis gravou o seu primeiro álbum solo –  que levou, inclusive – o nome do dia do seu aniversário – 12 de janeiro.

O álbum foi lançado no ano seguinte e conta com grandes sucessos da carreira de Nando, como Me Diga e ECT (parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown), além da participação de Herbert Vianna, Paula Toller e Brown.

Nando conta que o disco foi basicamente uma forma dele conseguir gravar as canções reprovadas pelos Titãs na produção do álbum Titanomaquia, por estarem indo na direção oposta do que o resto do grupo compunha.

No dia 12 de Janeiro de 2023, o artista lançou uma edição comemorativa do disco na festividade de seus 60 anos, que conta com 28 faixas.

Ainda em 1995, os Titãs voltaram ao trabalho, lançando o disco Domingo, que conta com participações especiais de Herbert Vianna, Andreas Kisser, Igor Cavalera e João Barone. O álbum traz um repertório mais variado, com uma diversidade maior de texturas musicais, que demonstra a heterogeneidade do grupo. Entre os sucessos: Domingo (de Tony e Sérgio) e Eu Não Vou Dizer Nada (Além do Que Estou Dizendo) (de Charles, Tony, Paulo, Sérgio, Marcelo e Nando).

Em 1997, para comemorar os 15 anos de carreira, a banda lançou o CD e DVD Acústico MTV – Titãs, um dos maiores sucessos de vendas da carreira do grupo, com quase dois milhões de cópias vendidas, ganhando a certificação de diamante.

Mostrando um lado desconhecido do grupo, em que os sete integrantes tocam instrumentos desplugados, o álbum traz versões de diversos grandes sucessos da banda, além de  inéditas como: Os Cegos do Castelo (Nando Reis) e Nem Cinco Minutos Guardados (Sérgio Britto e Marcelo Fromer).

Em 1998, os Titãs lançaram o CD e DVD Volume Dois, também em formato acústico e, em 1999, o disco As Dez Mais, uma homenagem com regravações de canções clássicas de grandes artistas de diferentes gerações da música brasileira, como: Tim Maia, Os Mutantes, Raul Seixas e Roberto e Erasmo.

Nando Reis e Cássia Eller | Foto: Facebook de Nando Reis
Nando Reis e Cássia Eller | Foto: Facebook de Nando Reis

Mais álbuns solo e último álbum com os Titãs

Este foi o último trabalho de Marcelo Fromer. Em junho de 2001, os Titãs sofreram uma grande, inesperada e irreparável perda: Marcelo foi atropelado por uma moto ao atravessar uma avenida em São Paulo e não resistiu, falecendo precocemente, aos 39 anos de idade.

A banda estava prestes a gravar o seu próximo disco antes da morte de Marcelo e, mesmo muito abalados, decidiram seguir em frente depois da partida do amigo, como que em uma homenagem, deduzindo que seria esse o desejo do guitarrista caso estivesse vivo.

Convidaram então o guitarrista Emerson Villani, para dividir as guitarras com Tony Bellotto, e mantiveram o mesmo repertório que já havia sido escolhido e composto, junto com Fromer. A banda até pensou em usar gravações do próprio Marcelo para o álbum, mas elas não tinham qualidade o suficiente. O produtor Jack Enfino também tocou parte das guitarras que seriam de Fromer.

O disco de inéditas A Melhor Banda de Todos os Tempos da última Semana foi lançado em outubro daquele mesmo ano e trouxe canções que mesclam elementos do pop, rock, pop-rock, baladas, punk rock, ska, samba-rock e manguebeat. Entre os sucessos: Epitáfio (de Sérgio Britto); O Mundo É Bão Sebastião (de Nando Reis, escrita para seu filho), Isso (Tony Bellotto); e a faixa-título (de Sérgio e Branco).

O título do álbum é uma crítica a listas superficiais montadas pela imprensa musical e as letras das faixas tratam de temas diversos, incluindo a morte, embora estas tenham sido concebidas – inacreditavelmente – antes da partida de Marcelo. Inclusive Epitáfio, que fala sobre a efemeridade da vida e sobre aproveitar cada momento, e ainda traz a frase: “O acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído”.

No ano 2000, Nando Reis lançou mais um álbum solo – produzido por ele, junto com Jack Endino e Tom Capone: Para Quando o Arco Íris Alcançar o Pote de Ouro. Entre os sucessos do álbum, estão All Star, No Recreio e Relicário, três canções que fizeram muito sucesso quando gravadas pela grande amiga e parceira de Nando: Cássia Eller.

A história de All Star, que Nando escreveu especialmente para a amiga, nós já contamos aqui. Cássia, inclusive participa do álbum, fazendo vocais de apoio na faixa Hey Babe, ao lado de Rogério Flausino. Outros sucessos do álbum são Dessa Vez, Nosso Amor e a faixa-título. Todas são composições solo de Nando.

Nando excurcionou com os músicos estadunidenses que participaram do álbum, mas ficou frustrado com o sucesso pequeno da turnê. Acreditando que a qualidade das apresentações merecia mais atenção, decidiu “gravar o show”, mas como um álbum de estúdio.

Foi assim que, em 2001, o artista  lançou o álbum solo Infernal… But There is Still a Full Moon Shining Over Jalalabad, que conta com – além de sucessos já lançados em outros álbuns solo e com os Titãs – com as faixas: A Minha Gratidão é Uma Pessoa; O Segundo Sol (outro grande sucesso na voz de Cássia); Resposta (parceria com seu grande parceiro Samuel Rosa, que Nando escreveu para a sua então namorada na época, Marisa Monte, sobre a qual nós contamos a história aqui); e Onde Você Mora? (parceria de Nando e Marisa, que foi um grande sucesso com a banda Cidade Negra).

Marisa também gravou muitas músicas de Nando – como Diariamente (1991) e Ao Meu Redor (1996) – e tem várias outras parcerias de sucesso com ele, como: Ainda Lembro (1991) e Na Estrada (dos dois com Carlinhos Brown, 1994).

Em 2002, foi a vez de Nando Reis deixar os Titãs para se dedicar exclusivamente da sua carreira solo. Ele estava também muito abalado com as mortes em sequência de Marcelo Fromer e de Cássia Eller, que também partiu inesperadamente em dezembro de 2001, vítima de um ataque cardíaco.

Nando Reis — Foto: Carol Siqueira/Divulgação
Nando Reis — Foto: Carol Siqueira/Divulgação

Uma carreira solo de sucesso

O primeiro álbum de Nando só em carreira solo foi lançado em 2003, e chama-se A Letra “A”. Entre os sucessos: a faixa-título; Dentro do Mesmo Time; Luz dos Olhos; e Tudo Diferente, todas composições solo de Nando Reis.

Este álbum conta com a banda Os Infernais, composta por Alex Veley (teclados), Barrett Martin (bateria), Felipe Cambraia (baixo) e Carlos Pontual (guitarra).

Em seguida, em 2004, veio o álbum MTV ao vivo Nando Reis e os Infernais, que traz sucessos já consagrados do artista, além das inéditas, que viraram hits: Mantra; Por Onde Andei; e Do Seu Lado (sucesso também com a banda Jota Quest).

O próximo álbum de estúdio foi lançado em 2006, Sim e Não, e que traz outros grandes hits: Sim; Sou Dela; N; Espatódea (escrita para a quarta dos cinco filhos de Nando, Zoé, a única ruiva como ele).

Em 2007, foi a vez do ao vivo Luau MTV Nando Reis, com vários sucessos já consagrados do artista, além de As Coisas Tão Mais Lindas sucesso composto por Nando e já gravado no primeiro de vários álbuns que ele produziu de Cássia Eller, Com Você Meu Mundo Ficaria Completo, em 1999.

Em 2009, o álbum Dres, trouxe sucessos como: Ainda Não Passou e Pra Você Guardei o Amor, com a participação de Ana Canãs. Em 2010, mais um ao vivo de sucesso com a MTV: Bailão do Ruivão, que trouxe Nando interpretando músicas de compositores diversos, como Rita Lee, Michael Sullivan e Paulo Massadas, Dorival Dantas e Zé Ramalho, e contou com participações de Zezé di Camargo e Luciano e da banda Calypso.

2012 trouxe o álbum de estúdio Sei – indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro – que ganhou versão ao vivo no ano seguinte e que conta com o sucesso da faixa-título, além de Luz Antiga (que ganhou uma primeira gravação de sucesso com Ana Cañas).

A versão ao vivo do álbum, de 2013, traz mais uma parceria de Nando com Samuel Rosa: Ali, já gravada pelo Skank em 2000. Outras parcerias de sucesso da dupla gravadas pela banda são Uma Partida de Futebol (1996); Dois Rios (dos dois artistas com Lô Borges, de   2003); e Sutilmente (2008).

Também em 2012, os Titãs fizeram dois shows comemorativos de 30 anos de carreira, com a presença dos ex-integrantes Arnaldo Antunes, Nando Reis e agora Charles Gavin.

Mais e mais sucessos

Nando na turnê Voz e Violão - Foto: Lucielle Lanza (Divulgação)
Nando na turnê Voz e Violão – Foto: Lucielle Lanza (Divulgação)

Em 2015, Nando Reis lançou mais um disco ao vivo com vários de seus sucessos consagrados: Voz e Violão – No Recreio – Volume 1,  desta vez sozinho, sem a companhia de sua banda, Os Infernais.

Em 2016, o artista lançou – com sua banda – o álbum Jardim-Pomar, que ele define como “meu disco mais completo e complexo, mais trabalhoso, mas ficou exatamente do jeito que eu queria” e que venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa em 2017.

A faixa Azul de Presunto traz a participação dos amigos Titãs Arnaldo Antunes, Branco Mello, Paulo Miklos e Sérgio Britto; de Luiza Possi; Pitty; Tulipa Ruiz; e dos filhos de Nando, agora músicos, Theo e Sebastião Reis.

Oito shows da turnê do álbum, gravados em diferentes estados do Brasil, geraram oito álbuns lançados no ano seguinte.

Em seguida, no ano de 2018, Nando Reis se juntou a Gal Costa e Gilberto Gil, no show Trinca de Ases, que rodou o país e o mundo em uma turnê de muito sucesso e também virou álbum duplo ao vivo lançado pelo Multishow.

Em 2019, Nando homenageou um de seus maiores ídolos, Roberto Carlos, no álbum Não Sou Nenhum Roberto, Mas Às Vezes Chego Perto, com regravações de famosas  canções na voz do Rei, como: De Tanto Amor; Todos Estão Surdos e Nossa Senhora (todas parcerias de Roberto e Erasmo Carlos).

Em 2021, Nando gravou um EP em parceria com seu filho, Sebastião Reis, e outro com a cantora pernambucana Duda Beat, que foi indicado ao Grammy Latino Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa deste mesmo ano. Nesta premiação, Nando também concorreu a Melhor Canção em Língua Portuguesa, com sua canção Espera a Primavera.

Em 2022, veio o álbum ao vivo Nando Reis & Orquestra Petrobras Sinfônica, e uma Extended Edition do seu segundo álbum solo Para Quando o Arco Íris Alcançar o Pote de Ouro, de 2000.

Em 2023 foi a vez do seu mais recente lançamento Nando Hits, com regravações dos maiores hits de uma carreira de imenso sucesso, além de uma turnê com direito a álbum em parceria com a cantora e compositora baiana Pitty.

Nando foi gravado também por outros nomes da música brasileira contemporânea, como Jão; o trio Melim; e o duo Anavitória, com quem gravou um EP em 2020 e por quem foi homenageado em um álbum chamado N, em 2019.

Temos muitos outros conteúdos sobre o aniversariante do dia aqui no nosso site! Aproveite para ler também:

Viva, Nando Reis!

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