
Discos Antológicos: Tim Maia (1971)
Discos Antológicos: Tim Maia (1971)
Há mais de 50 anos, o mundo tinha o prazer de presenciar o nascimento de uma obra prima da MPB: o segundo álbum de Tim Maia, lançado no início de 1971 e que leva o nome do eterno síndico do Brasil. Álbum tem a fusão entre ritmos brasileiros e norte ameriacanos Com uma maravilhosa fusão … Continued


Há mais de 50 anos, o mundo tinha o prazer de presenciar o nascimento de uma obra prima da MPB: o segundo álbum de Tim Maia, lançado no início de 1971 e que leva o nome do eterno síndico do Brasil.
Álbum tem a fusão entre ritmos brasileiros e norte ameriacanos
Com uma maravilhosa fusão entre ritmos brasileiros e norte americanos, como o baião e o soul, Tim Maia é um disco contagiante, cheio de balanço e emoção.
O acordeom e os triângulos somam-se às guitarras e aos metais e algumas canções contam até com uma orquestra formada por violoncelo e violinos. A voz rasgada e inigualável de Tim Maia é um show à parte.
Lançado pela gravadora CBD-Philips, por meio do sele Polydor, o álbum mostra toda a liberdade artística que Tim conquistou depois do sucesso estrondoso do seu primeiro disco, um ano antes, e que o colocou entre as grandes revelações da música brasileira.
Tim Maia (1971) abre com a faixa A Festa de Santo Reis, seguida por Não Quero Dinheiro e Não Vou Ficar
A música que abre o álbum não podia ser mais animada:
- A Festa de Santo Reis, composição de Márcio Leonardo, já nos insere literalmente no clima de festa e alegria.
Em seguida, a clássica:
- Não Quero Dinheiro, um dos maiores sucessos da carreira de Tim, que só quer amar, só quer amar, só quer amar!
https://www.youtube.com/watch?v=FmMleq61iJ4
Além dessas, o álbum conta com mais dois grandes sucessos da carreira do cantor e compositor:
- Você, balada poderosa e Não Vou Ficar, que foi gravada dois anos antes por Roberto Carlos.
Na versão de Tim, a intensidade da bateria e da guitarra – somadas àquele vozeirão cheio de emoção e dramaticidade – coroam a canção, que fala sobre abrirmos mão de um amor que não dá mais certo. E ainda tem aquela virada inesquecível que nos leva ao refrão:
Veja também:
pensando bem, não vale a pena, ficar tentando em vão, o nosso amor não tem mais condição.
Outras canções do disco são:
- Salve Nossa Senhora, de Eduardo Araújo e Carlos Imperial;
- Preciso Aprender a ser Só, clássico da bossa nova, dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle;
- e a romântica É por você que vivo, parceira de Tim com a compositora Rosa Maria.
Também Um Dia eu Chego Lá, com letra que traz à tona uma realidade puramente brasileira:
Trabalho, trabalho, no fim do mês, não vejo um tostão.
E Meu País, em que Tim conta sobre os aprendizados que teve depois de sua passagem pelos EUA.
Além dos american swings:
- I Don’t Know What to Do with Myself, em parceria com Hyldon;
- Broken Heart;
- e I don’t Care.
Tim Maia, o segundo do síndico, foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil como o 75º melhor disco brasileiro de todos os tempos e este ano completa 50 anos de história!