
10 curiosidades sobre Baden Powell
10 curiosidades sobre Baden Powell
Violonista, compositor, arranjador e cantor, Baden Powell é considerado um dos maiores músicos brasileiros de sua época e um dos maiores violonistas de todos os tempos. No decorrer de sua carreira, gravou mais de 60 discos seus e acompanhou outros diversos cantores e cantoras, tais como: Alaíde Costa, Lúcio Alves, Ângela Maria, Silvinha Telles, Maysa … Continued


Violonista, compositor, arranjador e cantor, Baden Powell é considerado um dos maiores músicos brasileiros de sua época e um dos maiores violonistas de todos os tempos. No decorrer de sua carreira, gravou mais de 60 discos seus e acompanhou outros diversos cantores e cantoras, tais como: Alaíde Costa, Lúcio Alves, Ângela Maria, Silvinha Telles, Maysa Matarazzo, Dóris Monteiro, Claudette Soares, Elis Regina e Elizeth Cardoso.
Também compôs grandes clássicos da música popular brasileira, principalmente ao lado de Vinicius de Moraes e também de Paulo César Pinheiro, seus principais parceiros. Suas composições foram consagradas nas vozes de Vinicius, Elizeth Cardoso, Nara Leão e Elis Regina, entre outros.
Caso não tivesse nos deixado aos 63 anos, em setembro de 2000 – vítima de uma infecção generalizada, causada por uma pneumonia bacteriana grave – Baden estaria completando 85 anos neste 06 de agosto. Mas seu legado fica para sempre na memória da MPB e – por isso – nós trouxemos 10 curiosidades sobre Baden Powell no dia de hoje.

Curiosidades sobre Baden Powell
1 – Inspiração para o seu nome
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1937. Seu pai era violinista amador e escoteiro, por isso o seu nome – Baden Powell – em homenagem ao criador do escotismo: o britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell.
2 – Canhoto que tocava como destro
Começou sua vida musical brincando com o violino do pai, sendo, mais tarde, presenteado com um violão. Apesar de canhoto, tocava o instrumento como destro. Baden começa a tocar violão com sete anos, aprendendo com seu pai alguns acordes básicos.
3 – Aos 10 anos se apresentou no programa de calouros da Rádio Nacional
No ano seguinte, passa a ter aulas com o grande violonista Jayme Florence, o Meira, e, aos 10 anos, incentivado por seu mestre, se apresentou pela primeira vez no famoso programa de calouros da Rádio Nacional, Papel Carbono, tocando a canção Magoado, de Dilermando Reis. Desde criança, era possível perceber seu talento para a música. Em seguida, apresenta-se em outros programas populares da época, como Programa do Guri e Calouros do Ary, comandado por Ary Barroso.
4 – Na adolescência era requisitado em bandas e rodas de choro
Por volta dos 12 anos, ingressou na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, onde vem a formar-se, tempos depois. Logo, conheceu os principais músicos de samba e choro da época, como Pixinguinha, Donga e Ismael Silva. Durante a adolescência, Powell apresentou-se por anos em bailes, casas noturnas e programas de rádio no Rio de Janeiro, tornando-se rapidamente um dos músicos mais requisitados em bandas e rodas de choro pela cidade.
5 – Tocou na Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional
Aos 18 anos, passou a integrar o trio do pianista Ed Lincoln, depois gravou com Altamiro Carrilho, forma um duo com Sivuca, chegando a tocar na Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional, sendo o violonista preferido do maestro Guerra Peixe.
6 – Lançou o seu primeiro disco aos 22 anos
Em 1959, lançou o seu primeiro disco, aos 22 anos: Apresentando Baden Powell e Seu Violão, em que interpreta ao violão grandes clássicos da música brasileira como Carinhoso (de Pixinguinha e João de Barro), Na Baixa do Sapateiro (de Ary Barroso) e Amor Sincopado (de Chico Feitosa e Marino Pinto) e outros internacionais. Entre as canções, está também o clássico Samba Triste, composto por Baden em 1956, em parceria com seu primeiro importante parceiro em diversas composições: Billy Blanco.
7 – Junto a Vinicius de Moraes produziu um dos cancioneiros mais importantes da MPB
Em 1962, conheceu o poeta Vinicius de Moraes, a parceria mais importante de sua história, com quem compôs diversas músicas e discos ao longo dos anos. Seu primeiro sucesso em parceria é Samba em Prelúdio, lançado pela jovem dupla Geraldo Vandré e Ana Lúcia, no mesmo ano. A canção foi composta quando Baden e Vinicius trancaram-se no apartamento do poeta, no Parque Guinle – Rio de Janeiro, lá morando juntos por quase três meses, tempo em que compõem 25 músicas e produzem um dos cancioneiros mais importantes da música popular brasileira.
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8 – Suas composições com Vinicius tocaram no show que marcou a bossa nova
Ainda em 62, durante o show O Encontro – apresentado por Vinicius, Tom Jobim e João Gilberto, em Copacabana, e considerado um marco definitivo para a Bossa Nova – o público escutou, em primeiríssima mão, grandes clássicos de Baden e Vinicius, como Samba da Benção e O Astronauta. Também em 62, Baden Powell faz sua primeira viagem à Europa, onde, mais tarde, moraria e se tornaria um dos artistas brasileiros mais reconhecidos.
9 – Sua canção ficou em 2º lugar no primeiro festival de Musica Popular Brasileira na TV Excelsior
Em 1965, a canção Valsa do Amor Que Não Vem, de Baden e Vinicius, fica com o segundo lugar no primeiro Festival da história da Música Popular Brasileira, na TV Excelsior, interpretada por Elizeth Cardoso. No ano seguinte, lança – em parceria com Vinicius de Moraes e com participação do Quarteto em Cy – o disco Os Afro-sambas de Baden e Vinicius, considerado como um divisor de águas na música brasileira por fundir elementos da sonoridade africana ao samba. Influenciadas pelo candomblé e cantos de terreiros, conhecidos em sua passagem de seis meses pela Bahia, estão canções como: Canto de Ossanha, Canto de Xangô, Canto de Iemanjá e Tristeza e Solidão.
10 – Baden é a grande influência de grandes nomes
Além de Vinicius, Nara, Elis e Elizeth Cardoso, cantores de gerações posteriores, como Ed Motta e Bebel Gilberto, passaram a incluir suas músicas em discos e shows. Baden Powell foi também uma das grandes influências de outro dos maiores violonistas da nossa música: Toquinho.
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