
História da música “Brasil”, no aniversário de George Israel

História da música “Brasil”, no aniversário de George Israel
Site da Novabrasil separou alguns segredos da composição clássica de Cazuza, Nilo Romero e do aniversariante do dia, o saxofonista e compositor George Israel


Abertura icônica da atual novela das 21h, “Vale Tudo”, hoje vamos conhecer a história da música “Brasil”, composição de Cazuza, Nilo Romero e do aniversariante do dia, o saxofonista e compositor George Israel.
Sobre George Israel
Nascido no Rio de Janeiro, em 16 de maio de 1960, George Israel completa 65 anos hoje! O saxofonista e compositor integrou a banda de pop rock Kid Abelha desde sua formação em 1981, até o encerramento de suas atividades, em 2013. Em 2004, George passou também a atuar em carreira solo.
Como autor, ele tem aproximadamente 80 canções compostas com a parceira de banda, Paula Toller. Ao lado da cantora e compositorae do guitarrista Bruno Fortunato, George Israel gravou 16 álbuns ao longo de 30 anos com o Kid Abelha, sendo o Acústico MTV, de 2002 – um dos discos que ele também co-produziu.
Em 2012, a banda lançou o seu último disco: “Multishow ao Vivo – Kid Abelha 30 anos”. Entre os sucessos da banda compostos por George Israel, estão:
- Amanhã é 23 (parceria com Paula Toller)
- Deus (Apareça na Televisão) (com Paula e Sérgio Dias)
- Eu Só Penso em Você (com Paula Toller)
- Eu Tive um Sonho (com Paula Toller)
- Grand’ Hotel (com Paula Toller e Lui Farias)
- Lágrimas e Chuva (com Leoni e Bruno Fortunato)
- Maio (parceria com Paula Toller)
- Nada Sei (parceria com Paula Toller)
- Te Amo pra Sempre (parceria com Paula Toller)
Já a parceria com Cazuza rendeu quase 20 canções, entre elas “Brasil“, sobre a qual vamos saber a história hoje. George lançou – inclusive – um álbum chamado “13 parcerias com Cazuza”, produzido pelo baixista Dadi e lançado em 2010, que traz – além de “Brasil”, sucessos como “Solidão Que Nada” e “Burguesia”.
Em carreira solo, lançou mais dois discos: “4 Letras” (2004) e “Distorções do meu Jardim” (2007, produzido pelo outro parceiro de composição na música “Brasil”, Nilo Romero).
A partir do ano de 2006, ao lado do guitarrista Rodrigo Santos (Barão Vermelho), do baterista Guto Golfi (Barão Vermelho) e do guitarrista Nani Dias, George Israel passou a integrar a banda “Os Britos”, que faz releituras da obra dos ingleses The Beatles.

História da música “Brasil”
Na época em que passou a ser baixista e depois produtor de Cazuza, Nilo Romero dividia casa com George Israel.
George já havia composto uma música em parceria com Cazuza e Frejat – “Amor Amor” – que entrou na trilha do filme “Bete Balanço”, dirigido por Lael Rodrigues, em 1984.
Depois dessa primeira composição juntos, George Israel e Cazuza firmaram uma parceria de sucesso. A segunda música que Cazuza pediu que George compusesse para que ele colocasse letra foi em parceria com Nilo Romero: “Solidão Que Nada”, que entrou para o segundo álbum solo de Cazuza, “Só Se For a Dois”.
Esta foi a primeira parceria entre Cazuza e Nilo. E a letra de Cazuza foi – inclusive – inspirada numa paixão do baixista.
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Em seguida, veio a segunda parceria entre os três artistas – Nilo Romero, Cazuza e George Israel – o grande hino que atravessa gerações e gerações: “Brasil”, de 1987.
Cazuza pediu que Nilo e George fizessem mais uma música para que ele colocasse a letra, pois estava fazendo outra canção sob encomenda para o cineasta Lael Rodrigues, o mesmo diretor de “Bete Balanço”, desta vez para a trilha sonora do filme “Rádio Pirata”.
Quando Nilo e George entregaram a música, Cazuza achou linda, mas pediu que eles a transformassem em algo mais vigoroso, “mais porrada”. Foi quando eles tiveram a ideia de colocar umas influências mais brasileiras, misturando o rock’n roll e as batidas eletrônicas com divisões de samba em tamborim.
Isso provavelmente inspirou o poeta Cazuza a escrever esta letra sobre o Brasil, uma das letras mais politizadas do artista, sobre a qual ele mesmo fala: “Brasil é um deboche sem autocompaixão, em que eu peço à pátria que me conte todas as suas sacanagens, que eu não vou espalhar para ninguém. Os problemas do Brasil parecem os mesmos desde o descobrimento: renda concentrada, a maioria da população sem acesso a nada. O problema todo do Brasil é a classe dominante, mais nada”.
Quando Ezequiel Neves, grande amigo, parceiro e produtor de Cazuza escutou a música pela primeira vez, ele falou: “Isso aí é um hino, vai ser o próximo hino do Brasil”. E foi mesmo! Coisa que nem mesmo os compositores da música imaginavam.
“Brasil” entrou para o álbum “Ideologia”, de Cazuza, em 1988, mas ganhou mais força ainda com a versão gravada por Gal Costa no mesmo ano, para a abertura da icônica novela “Vale Tudo”.
Agora, em 2025, a música voltou a ter destaque – mais uma vez na voz de Gal Costa, sendo abertura do remake de “Vale Tudo”, que está passando no horário das 21h, também na Rede Globo.