
Especial: 11 músicas mais antigas de Roberto Carlos

Especial: 11 músicas mais antigas de Roberto Carlos
O Rei não é Rei à toa! Ele construiu muito da história da nossa música, desde a década de 60; confira aqui


O Rei não é Rei à toa! Ele construiu muito da história da nossa música, desde a década de 60. Por isso, hoje, nós relembraremos as 11 músicas mais antigas de Roberto Carlos!
Primeiro, um panorama histórico pra gente entender a trajetória de Roberto, desde a infância até os dias atuais e como ele chegou nos seus primeiros sucessos.
Sobre Roberto Carlos
Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. O cantor e compositor aprendeu a tocar piano e violão ainda criança, primeiro com sua mãe e depois no Conservatório Musical de sua cidade natal.
Foi incentivado pela mãe que Roberto Carlos cantou pela primeira vez em um programa infantil de rádio na sua cidade, do qual – depois – tornou-se atração assídua. Ele cantava boleros e também Bob Nelson, um grande ídolo da época, brasileiro que cantava música country em português.
Nos anos 50, Roberto mudou-se para o Rio de Janeiro e entrou em contato com o rock’n roll e o rockabilly. Seu primeiro conjunto musical chamava-se The Sputiniks e tinha Tim Maia em sua formação. O grupo passou a se apresentar no programa Clube do Rock, de Carlos Imperial. Foi nessa época que o Rei conheceu Erasmo Carlos, seu maior parceiro musical de toda a vida.

No início da década de 60, Roberto começou sua carreira solo, apresentando-se como crooner na boate do Hotel Plaza, em Copacabana, sob influência do samba-canção e da bossa nova.
Ele e Erasmo, que eram grandes fãs de Elvis Presley, resolveram investir na música jovem da época e passaram a compor muito juntos. São desta época músicas como: “Parei na Contramão”, “É Proibido Fumar”, “Quero que tudo vá pro inferno” e “O Calhambeque”.
Junto com Erasmo Carlos e Wanderléa, Roberto foi convidado para apresentar o programa de televisão Jovem Guarda, na TV Record, e a partir daí, os três artistas tornaram-se os grandes responsáveis pelo primeiro movimento musical do rock brasileiro, chamado primeiramente de Iê-iê-iê e depois de Jovem Guarda. O sucesso foi tanto, que Roberto tornou-se um fenômeno nacional e foi lançado como ídolo de uma geração.
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A partir da década de 70 – com o fim da Jovem Guarda – Roberto Carlos passou a fazer canções mais românticas e ganhar a admiração do público adulto e também internacional.
Entre 1961 e 1998, o Rei lançou um disco inédito por ano. Ele é o artista solo com mais álbuns vendidos na história da música popular brasileira, tendo vendido mais de 140 milhões de cópias no Brasil e no mundo, incluindo gravações em espanhol, italiano, inglês e francês.
Lançou muitas outras canções de sucesso estrondoso como:
- Emoções
- Como é Grande o Meu Amor por Você
- Quando
- De que Vale tudo isso
- Outra Vez
- Por isso eu corro demais
- Detalhes
- Jesus Cristo
- Se você pensa
- As canções que você fez pra mim
- Eu sou terrível
- Todos Estão Surdos
- Amigo
- Debaixo do Caracóis dos seus Cabelos
- As curvas da estrada de Santos
- Além do Horizonte
- Detalhes
- Sua Estupidez
- É preciso saber viver, muitas dessas em parceria com Erasmo.
Seu sucesso inédito mais recente foi a canção “Eu Ofereço Flores”, lançada no fim de 2023, uma espécie de agradecimento do cantor aos fãs. Foi a primeira música inédita lançada pelo Rei em anos, as últimas haviam sido “Esse Cara Sou Eu” e “A Mulher que Eu Amo”, ambas em 2012.
Muitos dos grandes artistas da nossa música fizeram regravações das canções de Roberto, como Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Elis Regina, Nando Reis, Vanessa da Mata, Lulu Santos, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto e bandas como Skank, Kid Abelha, Barão Vermelho e Titãs. Nomes internacionais também gravaram Roberto Carlos, como Julio Iglesias e Jennifer Lopez.
Além de tudo isso, durante sua carreira, o Rei ganhou diversos Grammy, foi enredo campeão de escola de samba, gravou filmes e atingiu o topo da parada latina da Billboard.
Veja também:
Mas hoje, nós vamos relembrar as músicas mais antigas de Roberto Carlos.
As 11 músicas mais antigas de Roberto Carlos
1 – João e Maria (1959)
A primeira música gravada por Roberto Carlos em um disco de 78 RPM (Rotações Por Minuto) foi uma composição de sua autoria em parceria com Carlos Imperial, bem no estilo Bossa Nova: “João e Maria”, em 1959. A faixa do outro lado do disco era “Fora do Tom”, uma composição somente de Imperial.
2 – Susie (1962)
No ano seguinte ao primeiro disco de 78 RPM, 1960, Roberto Carlos gravou mais um 78 RPM, com duas composições apenas de autoria de Carlos Imperial. Em 1961, o Rei lançou seu primeiro álbum, “Louco Por Você”, interpretando canções de outros compositores, principalmente de Imperial, e algumas versões (sem nome nem foto do artista na capa, este disco é uma raridade hoje em dia).
Foi só em 1962, que Roberto gravou novamente uma composição sua, “Susie”, dessa vez de autoria solo, acompanhada de uma canção de Erly Muniz e Hélio Justo: “Triste e Abandonado”. Essa é a única gravação registrada de “Susie”, que depois só foi regravada para o filme “Minha Fama de Mau”, de 2019, interpretada por Gabriel Leone, ator que faz Roberto Carlos no longa.
3 – Parei Na Contramão (1963)
Logo em seguida, no ano de 1963, Roberto Carlos lançou o seu segundo álbum, “Splish Splash”, que trouxe duas composições suas em parceria com Erasmo Carlos e outras nove composições de outros artistas, além da faixa-título, versão de Erasmo para uma música dos norte-americanos Bobby Darin e Jean Murray.
Um dos maiores sucessos desse álbum é “Parei Na Contramão”, uma das primeiras parcerias entre Roberto e Erasmo.
4 – É Preciso ser Assim (1963)
A outra composição de Roberto e Erasmo Carlos presente neste álbum é a música “É Preciso ser Assim”. Essa é a única gravação registrada dessa música.
5 – Beijinho Enamorado (1963)
Ainda em 1963, Selmita – uma cantora dos primórdios da Jovem Guarda – gravou um compacto com duas composições de Roberto Carlos em parceria com Erasmo Carlos. “Beijinho Enamorado” e “Namorado Bobinho”. Essas canções nunca mais foram regravadas por nenhum outro artista.
6 – Namorado Bobinho (1963)
7 – Aniversário do Meu Bem (1963)
Também em 1963, foi a vez do cantor Reynaldo Rayol gravar uma canção do Rei em um álbum de 78 RPM: “Aniversário do Meu Bem”.
8 – Procurando um Broto (1963)
E, no mesmo ano, a cantora Cleide Alves,gravou mais uma composição solo de Roberto Carlos em um álbum de 78 RPM: “Procurando um Broto”, única gravação registrada dessa canção.
9 – Proibido Fumar (1964)
Em 1964, Roberto Carlos lançou o seu terceiro álbum “Proibido Fumar”, que trouxe três composições do Rei em parceria com o Tremendão Erasmo Carlos: o sucesso da faixa-título, “Broto do Jacaré” e “Louco Não Estou Mais”.