
As 10 melhores músicas de Ataulfo Alves

As 10 melhores músicas de Ataulfo Alves
Separamos uma lista com as melhores canções do artista mineiro; confira nosso especial


Cantor e compositor Ataulfo Alves foi um dos mais importantes nomes do samba da história. Aos 19 anos – já tocando cavaquinho, violão e tamborim – mudou-se para o Rio de Janeiro.
Em 1933, Almirante – importante sambista e nome do rádio na época – gravou o samba “Sexta-feira”, primeira composição de Ataulfo a ser lançada em disco.
Dias depois, Carmen Miranda gravou sua canção “Tempo Perdido”, tornando o nome de Ataulfo Alves conhecido nacionalmente.
O sucesso veio, em 1935, com sua canção “Saudade do Meu Barracão”, gravada por Floriano Belham. Em seguida sua composição “Menina Que Pinta o Sete” foi gravada pelo Bando da Lua.
Em 1936, mais músicas suas foram gravadas por outros artistas: Silvio Caldas gravou “Saudade Dela” e Carlos Galhardo – cantor que se tornou o maior lançador de músicas de Ataulfo nos anos que se seguiram – gravou “A Você” e “Quanta Tristeza”.
Ataulfo Alves escreveu várias músicas com diversos parceiros, e – em 1938 – criou o samba “Errei, Erramos”, gravado por Orlando Silva, outro grande lançador de suas músicas.
Em 1941, Ataulfo resolveu gravar – ele mesmo – cantando sua composição “Leva Meu Samba”, uma experiência muito bem sucedida, que resultou em um contrato com a gravadora Odeon.
Em 1942, preocupado em lançar uma música para o carnaval, recorreu às três quadras que Mário Lago levou para ele musicar, fez a melodia e modificou os versos quase que completos, ao ponto de Mário Lago reclamar. No fim, surgiu “Ai, Que Saudade da Amélia”.
Ataulfo criou o grupo “Academia do Samba”, para acompanhá-lo na gravação. Logo depois, com a inclusão de vozes femininas, foi transformado em “Ataulfo Alves e suas Pastoras”. Com elas, lançou vários sucessos.
Para o carnaval de 1944, a mesma dupla, Ataulfo e Mário Lago se uniu para lançar mais um sucesso, o samba “Atire a Primeira Pedra”. A música – gravada por Orlando Silva – foi um sucesso imediato, ganhou diversos prêmios, como “O samba mais cantado no carnaval de 1944”.
A preocupação de revitalizar o samba, desbancado pela invasão dos ritmos estrangeiros, resultou no show “O Samba Nasce do Coração”, na boate Casablanca, na praia Vermelha, em 1955, quando Ataulfo lançou mais um dos seus sucessos: “Pois é”.

Em 1961, o artista participou da caravana que Humberto Teixeira organizou para divulgar a música brasileira na Europa. Levou em sua bagagem as canções “Mulata Assanhada” e “Na Cadência do Samba”.
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Em 1966 Ataulfo lançou o samba “Laranja Madura”, que teve inúmeras gravações e conquistou de imediato o público. Em 1969, fez nova viagem ao exterior, desta vez representando o Brasil no 1.º Festival Internacional de Arte Negra, realizado em Dakar, no Senegal.
Ataulfo Alves faleceu neste mesmo ano, pouco antes de completar 60 anos de idade, após uma cirurgia para tratar de uma úlcera no duodeno que trazia há vinte anos.
Sua musicografia ultrapassa 320 canções, sendo uma das maiores da música popular brasileira.
Intérpretes importantes, como Clara Nunes e os grupos Quarteto em Cy, MPB-4 e Fundo de Quintal gravaram suas composições.
Ataulfo Alves morreu em 1969, aos 60 anos, deixando um legado imensurável para a música popular brasileira.
Separamos uma lista com 10 das melhores músicas de Ataulfo Alves, para que vocês conheçam mais sobre a obra do importante sambista.
As 10 melhores músicas de Ataulfo Alves
- 1. Errei, Erramos (1938)
- 2. O Bonde de São Januário (parceria com Wilson Batista) (1940)
- 3. Leva Meu Samba (1941)
- 4. Atire a Primeira Pedra (parceria com Mário Lago) (1944)
- 5. Pois É (1955)
- 6. Mulata Assanhada (1956)
- 7. Meus Tempos de Criança (1956)
http://youtube.com/watch?v=fqEWX7-Kndg
- 8. Na Cadência do Samba (parceria com Paulo Gesta) (1961)
- 9. Laranja Madura (1966)
- 10. Você Passa Eu Acho Graça (com Carlos Imperial) (1968)
“Ai Que Saudade da Amélia” merece destaque por ter sido um grande sucesso por muitos anos – um dos maiores clássicos do samba – mas ela não entra em nossa lista por hoje a entendermos como uma música que é o retrato sexista de uma época e que não nos representa mais.
Viva o gigante Ataulfo Alves!