Mansur: “A Ascensão da AI nas Campanhas Publicitárias”

Mauricio Mansur
09:54 04.10.2024
Autor

Mauricio Mansur

Diretor de mkt e inovação, conselheiro e palestrante
Tecnologia

Mansur: “A Ascensão da AI nas Campanhas Publicitárias”

Agências e anunciantes estão adotando a AI para criar conteúdos mais rápidos. Mas calma, antes de imaginar robôs tomando conta da criatividade humana, vamos entender como isso funciona

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- 04.10.2024 - 09:54
Mansur: “A Ascensão da AI nas Campanhas Publicitárias”
Foto: Divulgação.

Imagine você na sua sala, assistindo um comercial que parece ter sido feito só para você.

As piadas estão no ponto, o estilo visual te agrada, e até a música de fundo lembra sua playlist favorita. Coincidência? Não. Esse é o poder da AI generativa nas campanhas publicitárias.

As agências e anunciantes estão adotando a AI generativa para criar conteúdos mais rápidos, personalizados e eficazes. Mas calma, antes de imaginar robôs tomando conta da criatividade humana, vamos entender como isso funciona e o que isso significa para todos os envolvidos — dos publicitários até os consumidores.

A grande sacada da AI generativa é sua capacidade de criar conteúdo dinâmico e personalizado em escala. Imagine uma agência criando uma campanha de marketing para um grande evento esportivo. Antigamente, isso levaria meses de brainstorming e ajustes manuais. Agora, com a AI, isso acontece em minutos.

A tecnologia gera centenas de versões de anúncios, cada um otimizado para um público-alvo específico. Desde o texto até os visuais, tudo pode ser adaptado automaticamente.

Coca-Cola, por exemplo, usou AI generativa na campanha “Masterpiece”, recriando obras de arte icônicas com um toque criativo e inovador, conectando a marca ao mundo das artes de forma única.

Outro benefício é a velocidade de produção. O que antes levava semanas, agora pode ser feito em dias ou horas. Isso abre portas para campanhas super personalizadas, ajustadas em tempo real conforme as interações e preferências do público. Se uma peça criativa não está funcionando, a AI ajusta em tempo real, maximizando a eficiência da campanha.
Porém, nem tudo é tão simples.

Uma das maiores ameaças que a AI traz é o questionamento sobre o papel da criatividade humana. Se a AI pode gerar roteiros, visuais e até músicas, onde fica o toque criativo? Estamos caminhando para um futuro onde os publicitários se tornam revisores de conteúdo gerado por máquinas? Esse é um temor real, pois pode levar à perda da originalidade e autenticidade das campanhas. Outra preocupação é a ética no uso de dados.

A personalização extrema exige muitas informações pessoais, e isso coloca agências e anunciantes em uma posição delicada.

O consumidor pode sentir que está sendo observado demais, e isso pode facilmente ultrapassar a linha entre útil e invasivo.

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Para os consumidores, o impacto é duplo. De um lado, temos a personalização, que torna nossa experiência de compra mais relevante. Quem nunca quis ver um anúncio que faz sentido? Com AI generativa, isso é possível.

Os anúncios se tornam mais relevantes, e as marcas conseguem criar um relacionamento mais próximo com seus clientes. Por outro lado, existe o risco de “fadiga publicitária”. Com tantos anúncios personalizados, tudo começa a parecer igual.

E se todas as marcas usarem AI para personalizar, será que não vamos acabar num mar de mesmice? Além disso, a linha entre personalização conveniente e intromissão invasiva pode ser tênue.

No final, a AI generativa está mudando a publicidade, as agências e anunciantes que souberem equilibrar essa tecnologia com a criatividade humana vão sair na frente.

As possibilidades são vastas, desde otimização de campanhas até personalização extrema, mas o cuidado com a originalidade e a ética no uso dos dados será o diferencial.

Afinal, a AI é como um tempero: pode fazer toda a diferença, mas em excesso, estraga o prato.

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