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João de Bairro: série da Novabrasil apresenta a cidade de São Paulo e seus desafios

Decio Caramigo
13:24 04.10.2024
Jornal novabrasil

João de Bairro: série da Novabrasil apresenta a cidade de São Paulo e seus desafios

Cinco Joões participam e, junto com seus vizinhos, relatam o que funciona e o que precisa ser melhorado na capital paulista

Decio Caramigo - 04.10.2024 - 13:24
João de Bairro: série da Novabrasil apresenta a cidade de São Paulo e seus desafios
Credito: Divulgação.

A cidade de São Paulo tem 11,45 milhões de habitantes e, como todos os outros municípios brasileiros, escolherá seus representantes para a Câmara dos Vereadores e Prefeitura no próximo domingo, dia 6 de outubro. Com uma área de 1.523 km², é comum que os problemas numa região sejam diferentes dos problemas de outra, que aquilo que funciona na zona Sul pode não funcionar tão bem na zona Norte.

Pensando nisso, os repórteres da Novabrasil Rafael Thebas e Decio Caramigo saíram às ruas para conversar com um representante de cada zona da cidade, na série João de Bairro.

A analogia do nome da série está fundamentada no pássaro João de Barro, que constrói seu lar. Com isso, foram escolhidos cinco homens, todos chamados João, para que pudessem nos contar as particularidades dos bairros onde vivem e como eles colaboram para a construção da cidade. Além dos Joões, outros moradores se juntaram a essa epopeia para bater papo e falar de São Paulo.

Na zona Norte, João Giusti foi o anfitrião no tradicional bairro da Freguesia do Ó. O ponto de encontro com a reportagem da Novabrasil foi em um lar para idosas, onde ele realiza um trabalho voluntário. Semanalmente, nesta casa e em outras da região, ele leva seu violão e outros instrumentos para passar algumas horas da tarde cantando e tocando para animar as meninas.

Ao passear pelas redondezas da avenida Ministro Petrônio Portela, João Giusti comenta as principais queixas dos moradores. Na praça Dona Amália Solitali, por exemplo, a coleta de lixo aliada à péssima educação dos transeuntes faz com que o espeço seja tomado por marmitas jogadas a via pública que não deveriam estar ali. Motoristas param nos restaurantes fast foods localizados próximos ao local, estacionam o carro na praça e, depois de comerem seus lanches, descartam as embalagens por ali.

“É um defeito da educação das pessoas, porém também não se vê uma lixeira por aqui”, relata Giusti. Dono de uma barraca de pastel na mesma praça, o senhor Genivaldo Pereira completa e diz que “a prefeitura não toma conta direito, passa 20 dias sem fazer a coleta”.

Na própria Petrônio Portela, outro problema está na ciclovia que corta o bairro, “pois os ciclistas precisam disputar espaço com os carros. Falta sinalização e a ciclovia está implantada no centro da via, entre uma mão e outra, o que faz com que os carros parem em cima dela para fazer as conversões”, completa João Giusti.

Confira o episódio 01 da série João de Bairro, com João Giusti:

Do outro lado de São Paulo, na zona Leste, o biólogo João Miguel Alves Nunes nos conta sobre como é morar em Sapopemba, local que preserva um pomar cultivado pelos moradores para os moradores. Tal pomar é grande e fica num canto de uma praça pública e, por lá, além de duas corujinhas, é possível arrancar das árvores frutíferas algumas unidades de manga, goiaba, lichia, uma infinidade de ervas medicinais, entre outras frutíferas.

“O pessoal cuida bem direitinho desse pomar. A iniciativa foi dos próprios moradores, começou há mais de dez ano e agora todo mundo se beneficia”, explica João Alves. Por lá, a reportagem conheceu a dona Celeste, responsável pelo projeto. Segundo ela, tudo começou de forma tímida, “mas com o tempo a gente foi melhorando e hoje a gente tem um monte de frutas e ervas medicinais. Se eu tenho uma dor de cabeça já corre aqui e pego meus matos para fazer um chá”, conta toda orgulhosa.

Confira o episódio 02 da série João de Bairro, com João Miguel Alves Nunes:

Rodando mais um pouco pela cidade, na zona Oeste, mais precisamente na Vila Londrina, João Pedro Galvão deu uma volta pela avenida Doutor Guilherme Dumont Villares, onde mora, e mostrou a gastronomia local. João Pedro destacou que a oferta de transporte público é boa, pois existem linhas de ônibus variadas que podem levar o morador aa qualquer conto da cidade. Mas, por lá, o grande problema e que deixa um cheiro desagradável para moradores e trabalhadores é o Córrego Pires, que teve sua obra de canalização iniciada há mais de cinco anos.

“Quando está muito calor a gente sente o cheiro mais forte”, relata João Pedro. Joel, o polidor de uma oficina de funilaria colada ao córrego concorda e acrescenta que, infelizmente, ” não tem muito o quefazer, pois precisa trabalhar”.

Confira o episódio 03 da série João de Bairro, com João Pedro Galvão:

No centro de São Paulo, a andança foi conduzida pelo João Miguel da Silva, formado em geografia e que trabalha em um restaurante. João Miguel gosta de morar no centro, mas sente que a especulação imobiliária tem feito o preço do aluguel subir consideravelmente. Além disso, outra queixa é a falta de opções gratuitas de cultura, tendo em vista que após a pandemia a oferta tem diminuído bastante.

Outro ponto a melhorar é a zeladoria urbana. João percebe que a coleta de lixo é feita, mas precisa ser reforçada, afinal, “numa região totalmente verticalizada a concentração de pessoas por metro quadrado mais do que triplica. Para você ter uma ideia, uma torre ocupa cerca de 50m², mas moram cerca de 500 pessoas”, avalia

Confira o episódio 04 da série João de Bairro, com João Miguel da Silva:

Na Vila Andrade, zona Sul de São Paulo, João Emiliano destaca que os buracos presentes nas calçadas dificultam a vida do transeunte. Mas, sua maior reclamação é a falta de comércio e a fraca segurança do bairro, onde criminosos subtraem os bens de que se desloca por lá. “Tem motoqueiro que passa aqui de manhã levando as coisas das pessoas que vão trabalhar”, comenta Emiliano.

Confira o episódio 05 da série João de Bairro, com João Emiliano:

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