Eleições 2024: O papel da emoção na hora do voto; entenda

No próximo domingo, dia 6, os brasileiros vão às urnas para escolher prefeitos e vereadores. Mas, qual a dinâmica mental para a tomada de decisão na hora do voto?

A neurocientista e colunista da Novabrasil, Carla Tieppo, diz que “geralmente, as pessoas consideram que razão e emoção devem ficar separadas. Mas, temos de perceber que há influência de vários elementos na nossa forma de pensar. Essa escolha é muito permeada por dinâmicas emocionais que muitas vezes ficam no âmbito da inconsciência”.

Nesse aspecto, alguns comportamentos, como o voto em quem está à frente nas pesquisas, pode parecer que não queremos perder nosso voto. Isso tem a ver com nossa emocionalidade, pois queremos ficar juntos do lado ganhador. “As pesquisas eleitorais acabam influenciando muito o resultado das eleições por causa da ideia que estamos diante de algo de perda ou ganho apenas”, afirma a colunista. Mesmo quem não pensa assim, deve levar em conta a emocionalidade que surge nesses momentos.

Desde os anos 1990, a neurociência estuda, de forma particular, o papel das emoções na hora da decisão. Decisões econômicas, de compras, de atividades sociais, acabam sendo influenciadas por nossas experiências passadas e pelo nosso posicionamento emocional na sociedade. Carla Tieppo exemplifica: “ao votar em alguém que aparece com mais chance de vencer, dá a sensação de executar uma ação de valor e pertencimento social”.

Ela ressalta, porém, que não se deve simplesmente excluir a emoção na urna, mas é importante saber equilibrar emoção com racionalidade. “As emoções devem ser colocadas observando o que realmente importa na sua vida e verificando o que seu candidato apresenta”, afirma ela.

Vale lembrar que a eleição municipal, com prefeito e vereadores, é de extrema importância para o dia a dia das pessoas. Afinal, são eles que vão dar a dinâmica diária no transporte público, aos serviços na cidade, mobilidade, entre tantos outros temas.

Confira abaixo: