Serviços impulsionam PIB brasileiro, mas agronegócio aponta desafios

O Jornal Novabrasil, apresentado por Heródoto Barbeiro, recebeu a economista-chefe Marcela Kawauti para comentar os números do PIB brasileiro no terceiro trimestre.

Segundo dados do IBGE, a economia cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior e 4% no acumulado dos últimos 12 meses.

Setor de serviços lidera o crescimento

Marcela destacou que o setor de serviços foi o principal responsável por esse desempenho positivo.

“Esse setor é o que mais cresce desde o fim da pandemia e tem a maior participação no PIB brasileiro. Além disso, gera mais da metade das vagas de trabalho no país, o que cria uma força endógena na economia, como se o motor conseguisse se autoalimentar.”

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o setor de serviços avançou 3,4%, impulsionando a economia.

Consumo do Governo também contribui

Outro fator relevante foi o consumo do governo, que cresceu 2,9% em relação ao ano anterior.

“Os programas de transferência de renda aumentaram bastante desde 2022 e têm contribuído para o crescimento econômico, embora esse impacto seja limitado no longo prazo”, explicou Marcela.

Agronegócio enfrenta queda no terceiro trimestre

Por outro lado, o agronegócio teve um desempenho negativo, com quedas de 0,9% em relação ao trimestre anterior e 2,99% na comparação anual.

Marcela apontou dois fatores para esse recuo: “A base de comparação era muito alta, devido à super safra de 2023, e enfrentamos eventos climáticos adversos, como secas e queimadas, que afetaram o setor.”

Apesar dos desafios, a economista ressaltou que a recuperação do agronegócio pode aparecer nos números do quarto trimestre.

Para o futuro, a continuidade do crescimento econômico dependerá de políticas consistentes e de um ambiente econômico favorável.