Prejuízos para comércio do Sul passam dos R$ 5 bilhões, segundo Fecomércio
Prejuízos para comércio do Sul passam dos R$ 5 bilhões, segundo Fecomércio
Em entrevista à Novabrasil, representante da entidade, citou os prejuízos e o que é necessário para reconstrução
A tragédia gaúcha, além do sofrimento humanitário, também traz reflexos para a economia. Afinal, comércios, fábricas e empresas também ficaram embaixo d´água e isso tem relação direta com a economia do estado.
Em conversa com a Novabrasil, o gerente de Relações Governamentais da Fecomércio do Rio Grande do Sul, Lucas Schifino, disse que os levantamentos preliminares ainda estão sendo feitos. “Os levantamentos iniciais apontam cerca de 35.000 estabelecimentos comerciais em áreas alagadas. Ainda é um levantamento que não pega alguns municípios, ou seja, é um número mínimo”, diz ele.
A Fecomércio faz uma pequisa com as empresas do setor para estimar os prejuízos à economia neste momento. Schifino revela que “estamos chegando à um número seguramente superior a 5 bilhões de reais de prejuízos, em termos apenas de destruição de patrimônio”.
De acordo com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, 91% das fábricas do estado estão debaixo d’água. A Fiergs indica que será uma década perdida para a indústria local.
Na avaliação de Lucas Schifino, num evento extraordinário como as chuvas recentes, a expectativa é que o auxílio, especialmente por parte do governo federal, seja dado de maneira direta para famílias e empresas. “Estamos pedindo ajuda do ponto de vista de fluxo, para as empresas segurarem o pagamento dos tributos, do ponto de vista do trabalho, para que possam reduzir contratos e contar com auxílio do governo para pagar salários, e do ponto de vista de estoque, com financiamentos para reconstrução do patrimônio das empresas e das famílias”, afirma Schifino.
Um outro ponto que também chama a atenção é a infraestrutura. É preciso recuperar rodovias, pontes, saneamento básico, entre outras ações.
O representante da Fecomércio lembrou que hoje há 30 mil pessoas em abrigos no RS e meio milhão estão desalojadas. “É um volume de logística para conseguir auxiliar e resgatar essas pessoas que é muito difícil. Pensando em eficiência econômica é lógico que o melhor é a doação em dinheiro, pois cada abrigo, cada prefeitura, cada pessoa sabe melhor qual a necessidade no momento”, diz Lucas. Ainda assim, ele destaca que isso não significa que não são necessárias outras doações em produtos.