
Meningite cresce no Brasil e vacinação é a melhor prevenção
Meningite cresce no Brasil e vacinação é a melhor prevenção
O calendário de vacinação do SUS contempla alguns tipos de meningite e crianças e adolescentes devem ser prioridade na imunização


Os casos de meningite tiveram crescimento no Brasil neste ano de 2024. Só para se ter uma ideia, o Paraná teve 82 casos nos três primeiros meses do ano. Já a Paraíba teve 50 ocorrências até o mês de maio.
A doença é causada por bactérias, as mais graves, e por vírus, mais controláveis. As bacterianas podem levar à morte em 25% dos casos, ou seja, 1 em cada quatro podem morrer. Entre os que sobrevivem, mais de 40% apresentam sequelas definitivas, como surdez, perda de visão, entre outras.
A meningite teve algumas epidemias no Brasil nas décadas de 1970 e início dos anos 1980. Por isso, o histórico recomenda que as pessoas se previnam e evitem a enfermidade.
O pediatra e colunista da Novabrasil, Renato Kfouri, ressalta que “infelizmente, não conseguimos prever quem vai desenvolver a meningite. O risco maior está em crianças e adolescentes. A estratégia de prevenção fundamental é a vacinação”.
Segundo ele, a vacina traz controle da doença e bloqueio da disseminação em casos de surtos. “Atenção aos pais para o calendário de vacinação do Brasil”, diz Kfouri. Diversas vacinas foram incorporadas ao calendário, como contra meningite do tipo C, contra o pneumococo e, para os adolescentes, a vacina do tipo ACWY.
Apesar disso, há alguns tipos de meningite que ainda não têm vacinas no SUS, especialmente a tipo B. Para esses casos, o antídoto está apenas nas clínicas privadas.
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Renato Kfouri lembra que é necessário manter o calendário vacinal em dia. “Quem tiver condições, deve ampliar a proteção com as vacinas do SUS. E lembrar sempre que, nos casos de meningite, a prevenção é o melhor remédio e, assim, a doença pode ser evitada”.
Confira abaixo: