
Daniel Oliveira: “Desvendando as classificações do café”; entenda


Daniel Oliveira
Empresário do ramo de café
Daniel Oliveira: “Desvendando as classificações do café”; entenda
Você gosta de café diferente? Descubra cada tipo


O café que chega à nossa xícara carrega uma história rica em processos e cuidados que determinam sua qualidade. Desde a escolha da matéria-prima até a torra, cada etapa influencia diretamente no sabor e nas características sensoriais da bebida. Para organizar essa diversidade, o café é classificado em categorias que vão do extra-forte, tradicional e superior, até o gourmet e o especial.
Quem define essas classificações são os Q-Graders, especialistas em análise sensorial que estudam profundamente os atributos do café. Eles são treinados para identificar defeitos nos grãos e destacar as qualidades que determinam em qual categoria o produto se encaixa. É um trabalho minucioso que exige técnica e paixão pelo café.
Na base da escala de qualidade, temos o café extra-forte, conhecido por seu sabor intenso e torra extremamente escura. Essa característica, no entanto, esconde uma realidade preocupante: a matéria-prima usada para produzi-lo é de baixa qualidade e pode conter impurezas como cascas e folhas. Para mascarar esses defeitos, os grãos são quase carbonizados, o que compromete não só o sabor, mas também a saúde de quem consome.
Já nas categorias intermediárias, como o café tradicional e superior, há uma leve melhora. Esses produtos apresentam menos defeitos e já começam a oferecer uma experiência mais equilibrada. Para escolher um bom café nessas categorias, fique atento ao selo da ABIC na embalagem e à data de torra: quanto mais recente, mais frescor e sabor o café terá.
Quando subimos na escala de qualidade do café, encontramos categorias que representam o ápice da experiência sensorial: o café gourmet e o especial. Ambos são exemplos de como o cuidado no processo pode transformar o simples ato de tomar café em uma verdadeira arte.
O café gourmet é produzido com grãos selecionados e passa por uma torra que respeita suas características naturais. Isso resulta em sabores equilibrados, que destacam notas aromáticas únicas e reduzem o amargor característico dos cafés de baixa qualidade. É o pó de café que já pode ser degustado sem açúcar, permitindo que suas nuances sejam plenamente apreciadas.
No topo da escala, temos o café especial, sinônimo de excelência. Produzido com matéria-prima livre de impurezas, ele utiliza apenas frutos maduros, que resultam em grãos com doçura natural e características sensoriais marcantes. Após uma seleção rigorosa, os grãos são avaliados por especialistas e precisam alcançar mais de 80 pontos em critérios internacionais para serem classificados como especiais.
Mas o que realmente diferencia o café especial é a experiência que ele proporciona na xícara. Quando torrado e extraído corretamente, ele revela uma complexidade de sabores que varia de acordo com a região de origem, o pó de processamento e até a forma de preparo. Cada xícara é única, oferecendo uma viagem sensorial que encanta os apaixonados por café.
Escolher um café gourmet ou especial é mais do que uma questão de qualidade; é uma oportunidade de explorar sabores, histórias e tradições que fazem do café uma das bebidas mais apreciadas no mundo
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Daniel Oliveira
Formado em Relações Públicas, com pós-graduação em Logística, fundou em junho de 2017 o Fridda Café. Com formação em Barista e Barista Avançado, e com uma vasta rede interpessoal ligada a produção, torrefação e extração de café, logo tornou-se referência no mercado Recifense. Em 2022, tornou-se mestre de torra do Tulla Café, marca exclusiva do Fridda Café. No ano de 2020, Daniel Oliveira, foi eleito e ocupa até hoje o cargo de Presidente da ASCAPE - Associação dos Proprietários de Cafeterias de Cafés Especiais de Pernambuco, que promove anualmente os festivais Recife Coffee e Eu Amo Café