Viva o Ziriguidum: As raízes do samba no Rio de Janeiro
Carnaval Direto da Fonte com Sérgio Leão
Jornalista, roterista e radialista
Viva o Ziriguidum: As raízes do samba no Rio de Janeiro
No dia nacional do samba, a Novabrasil leva ao ar o 1° episódio de uma série de 5 capítulos sobre as riquezas do samba
O primeiro episódio da série “Viva o Ziriguidum” produzida pelo jornalismo da Novabrasil, contou com uma conversa com Nilcemar Nogueira, neta de Cartola, que compartilhou memórias que destacaram o legado de seu avô, um dos maiores ícones do samba brasileiro.
No Museu do Samba, um ambiente que respira história e resistência cultural, ela relembra como o avô, ao lado de outros grandes nomes como Paulo da Portela e Silas de Oliveira, foi um visionário.
“Uma pessoa visionária, que vai fazer com outras pessoas como Paulo da Portela, Silas de Oliveira… Eles são pioneiros na criação de uma organização social, entendendo que a criação das escolas de samba era uma forma de reunir pessoas com o mesmo pensamento, criar também os espaços de celebração, mas que, ao mesmo tempo, eram também espaços de luta.”
Situado na região da Mangueira, zona norte do Rio de Janeiro, o espaço transcende o papel de um simples museu. Nilcemar reflete sobre o impacto da criação do Museu do Samba como um lugar de celebração e resistência.
“A gente fala assim, nossa, sou brasileiro, país do samba e do futebol, então samba é uma referência cultural do país e você não ter um lugar que contasse essa história? Então isso é uma forma de você identificar rápido que o preconceito racial, porque é uma cultura de matriz africana não passou, e aí pensei pera ae que a gente pode contar e o mais importante que nós somos os narradores dessa história e assim nasce o Museu do Samba.”
Da Mangueira à Lapa: Onde o samba nunca para
A noite cai sobre os Arcos da Lapa, epicentro boêmio da cidade maravilhosa. E lá, no lendário Beco do Rato, o samba encontra sua segunda-feira com Arlindinho, herdeiro do talento e da paixão do pai, Arlindo Cruz.
“O samba já começa na segunda-feira pra manter a tradição, meu pai já tinha lá no Barril, aqui no Teatro Rival, ele tinha dois sambas na segunda-feira, tem o Moacyr já há muitos anos também. Segunda-feira é dia de samba.”
Arlindinho recorda os ensinamentos e o carinho de seu pai ao trilhar o mesmo caminho musical:
“Os primeiros conselhos foram: ‘Não faz isso não, meu filho, a vida de sambista é muito difícil.’ Hoje eu entendo ele, é difícil, mas é prazeroso também. Mas logo depois que ele viu que não tinha jeito, começou a me indicar o que melhor fazer. Escolha de música, tocar o instrumento, ter aquela coisa do compositor, buscar uma rima, buscar sempre… aprimorar, melhorar mesmo a cada dia. Quando ele viu que não tinha mais jeito, que eu falei ‘Pai, é isso mesmo que quero’, então vou te apoiar e me abriu portas e me apresentou Zeca Pagodinho, Alcione, Leci, Reinaldo, Almir Guineto… fui aprendendo um pouquinho com ele.”
Um Convite ao Próximo Capítulo
No segundo episódio da série “Viva o Ziriguidum”, iremos mergulhar no clássico “Clube do Samba” de João Nogueira, com uma conversa cheia de brasilidade com Diogo Nogueira.
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Viva o Ziriguidum: O Clube do Samba e o legado de João Nogueira
Carnaval Direto da Fonte com Sérgio Leão