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Viva o Ziriguidum: O Clube do Samba e o legado de João Nogueira

Carnaval Direto da Fonte com Sérgio Leão
14:19 03.12.2024
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Carnaval Direto da Fonte com Sérgio Leão

Jornalista, roterista e radialista
Arte e cultura

Viva o Ziriguidum: O Clube do Samba e o legado de João Nogueira

A Novabrasil apresenta o segundo episódio da série especial que celebra o samba, com direito a bate-papo com Diogo Nogueira

Sergio Leao - 03.12.2024 - 14:19
Viva o Ziriguidum: O Clube do Samba e o legado de João Nogueira
FOTO: Montagem Novabrasil

Nesta semana, o repórter Sérgio Leão revisita um dos marcos mais emblemáticos da cultura brasileira: o Clube do Samba, movimento criado por João Nogueira em 1979, em pleno contexto de resistência cultural durante a ditadura militar.

Mais que um espaço de celebração, o Clube nasceu para dar voz aos sambistas e proteger o samba das adversidades impostas pela repressão política e pela hegemonia de outros estilos musicais.

A primeira reunião aconteceu no bairro do Méier, na casa de João Nogueira, em um encontro que uniu informalidade e espírito de comunidade.

Rapidamente, o movimento ganhou força, reunindo lendas como Martinho da Vila, Clara Nunes, Beth Carvalho, Roberto Ribeiro e muitos outros. Ali, não só o samba era celebrado, mas também resistia, tornando-se uma manifestação de identidade e força cultural.

Hoje, a herança do Clube do Samba está viva nas mãos de Diogo Nogueira, que segue os passos do pai, mantendo a essência e o espírito do movimento. Em entrevista exclusiva à Novabrasil, ele relembra as memórias do Clube e o clima festivo que permeava sua infância:

“Meu pai era muito festeiro, gostava de reunir amigos sambistas em casa, fazer comida, tocar e cantar. Era comum as festas durarem dias, com muita alegria e música. Cresci vendo grandes ícones como Martinho, Beth, Clara Nunes e Agepê convivendo em casa. Isso moldou meu olhar sobre o samba.”

Além da convivência, Diogo também herdou o jeito intuitivo de criar arte. Assim como João, ele descreve o processo de composição como algo espontâneo:

“Meu pai dizia que as ideias surgiam de repente, e isso também acontece comigo. Às vezes, componho sozinho; em outras, chamo amigos como Arlindinho ou Rodrigo Leite para ajudar a transformar uma ideia em samba. Sempre acontece de forma natural, como um reflexo do dia a dia.”

A conexão entre João e Diogo vai além da música. A similaridade na dança, no timbre e na emoção ao interpretar sambas é algo que Diogo percebe com carinho:

“Quando vejo gravações ou escuto sambas mais tradicionais, reconheço traços do meu pai, seja no timbre ou no jeito de dançar. É como se ele ainda estivesse aqui, criando junto comigo.”

O episódio celebra não apenas o legado do Clube do Samba, mas a união simbólica entre pai e filho que transcende gerações. João e Diogo Nogueira são a personificação do samba brasileiro em sua forma mais autêntica e pulsante.

Viva o Clube do Samba, viva o legado de João Nogueira e a continuidade de Diogo!

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