China considera banir filmes dos EUA em retaliação a tarifas de Trump

O governo chinês está avaliando a possibilidade de restringir ou até mesmo proibir a importação de filmes dos Estados Unidos, em resposta às tarifas comerciais implementadas pela administração Trump. Essa informação foi divulgada por influentes blogueiros chineses, incluindo Liu Hong, jornalista sênior da agência estatal Xinhua, e Ren Yi, neto de Ren Zhongyi, ex-líder do Partido Comunista em Guangdong.

Além das possíveis restrições ao cinema norte-americano, outras medidas retaliatórias estão sendo consideradas por Pequim, como o aumento de tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja e sorgo, e a proibição de importações de carne de aves norte-americanas. Essas ações refletem a crescente insatisfação da China com as políticas comerciais adotadas por Trump, que recentemente ameaçou elevar ainda mais as tarifas sobre produtos chineses.

O porta-voz da embaixada chinesa, Liu Pengyu, afirmou que a China tomará as medidas necessárias para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos. Enquanto isso, o Ministério do Comércio chinês declarou que adotará passos para proteger seus interesses caso os EUA prossigam com a elevação das tarifas.

É notável também uma diminuição do interesse do público chinês por filmes norte-americanos, com produções locais, como “Ne Zha 2”, superando lançamentos dos EUA e tornando-se líderes de bilheteria no mercado chinês. Essa tendência, aliada às possíveis restrições, pode impactar significativamente a presença de Hollywood na China.