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Cacique de Ramos e Dudu Nobre: A herança do samba celebrada na Novabrasil

Carnaval Direto da Fonte com Sérgio Leão
18:45 05.12.2024
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Carnaval Direto da Fonte com Sérgio Leão

Jornalista, roterista e radialista
Arte e cultura

Cacique de Ramos e Dudu Nobre: A herança do samba celebrada na Novabrasil

No terceiro episódio da série, homenageamos o legado do Cacique de Ramos e as memórias musicais de Dudu Nobre

Sergio Leao - 05.12.2024 - 18:45
Cacique de Ramos e Dudu Nobre: A herança do samba celebrada na Novabrasil
FOTO: Dudu Nobre / Novabrasil

No terceiro episódio da série “Viva o Ziriguidum”, em comemoração à semana do samba, a Novabrasil homenageia o Cacique de Ramos, um dos blocos carnavalescos mais icônicos do Brasil.

Fundado em 20 de janeiro de 1961, no bairro de Olaria, zona norte do Rio de Janeiro, o grupo nasceu de uma ideia simples: reunir a comunidade para celebrar o carnaval. Desde então, se consolidou como um símbolo de resistência cultural e um dos maiores polos de samba do país, revelando talentos e eternizando a tradição brasileira.

O bloco foi criado pelos irmãos Bira e Ubiracy, junto com amigos do bairro, e recebeu o nome “Cacique de Ramos” em homenagem ao símbolo indígena, representando a conexão com as raízes e tradições nacionais. O grupo cresceu e se tornou uma referência no cenário cultural, influenciando gerações de sambistas e encantando milhões de pessoas.

A madrinha do samba, Beth Carvalho, foi uma das maiores entusiastas do Cacique. Em uma entrevista de 2012, ela destacou a importância do bloco em sua formação artística e pessoal. Beth relembrou com carinho os desfiles marcantes, as fantasias de índio e os sambas inesquecíveis, como o da compositora Chiquita, que mais tarde se tornaria uma de suas grandes amigas:

“É um bloco que me marcou muito na infância e na juventude, entendeu? Era um bloco diferente de tudo, eles saindo de índio, cap na mão e cantando o samba (…).”

Outro apaixonado pelo Cacique de Ramos é o sambista Dudu Nobre, que recebeu o jornalismo da Novabrasil para compartilhar sua conexão com o bloco e as memórias que moldaram sua carreira.

Durante a conversa, ele apresentou seu inseparável cavaquinho e relembrou momentos únicos, desde o início de sua jornada musical com apenas cinco anos de idade, até o sucesso como compositor e instrumentista.

“Meu primeiro cavaquinho foi ajeitado por minha mãe e amigos como Arlindo e Adilson Victor, e desde então não larguei mais. Comecei cedo e, com dez anos, já estava ganhando meu dinheirinho com direitos autorais, e com doze anos já tocava com grandes nomes como Almir Guineto, Pedrinho da Flor, Dicró e Zeca Pagodinho.”

Dudu ainda exaltou a riqueza do samba brasileiro e destacou o papel do Cacique na valorização de compositores e músicos talentosos:


“O nosso repertório de samba é muito rico. É tanta música boa que às vezes, nos shows, eu mudo o roteiro e coloco um clássico de improviso. É um privilégio fazer parte desse universo tão criativo e vivo.”

Como já é tradição na Novabrasil, a conversa terminou com música. Inspirado pelo momento, Dudu Nobre criou, em poucos segundos, alguns versos exclusivos para homenagear a rádio mais moderna e mais brasileira.

FOTO: Dudu Nobre / Novabrasil

Quer conferir tudo isso? Acesse o canal Jornalismo Novabrasil no YouTube e mergulhe no universo do Cacique de Ramos e do samba de raiz!

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