Ouça ao vivo
No ar agora

Acordo entre palestinos mediado pela China é “alternativa que o Ocidente nunca buscou”, afirma doutora em RI

Camilo Mota
11:54 25.07.2024
Quais as novas

Acordo entre palestinos mediado pela China é “alternativa que o Ocidente nunca buscou”, afirma doutora em RI

Em entrevista ao Jornal Novabrasil, Danielle Ayres apontou que depois do avanço dos ataques de Israel, parecia não haver outra opção se não os grupos se aproximarem para defender toda a população palestina

Camilo Mota - 25.07.2024 - 11:54
Acordo entre palestinos mediado pela China é “alternativa que o Ocidente nunca buscou”, afirma doutora em RI
Anúncio de Wang Yi ocorre depois que 14 facções palestinas assinam a Declaração de Pequim para “acabar com as divisões e fortalecer a unidade” Foto: @SpokespersonCHN, X.

289 dias depois dos ataques terroristas do Hamas em Israel e poucos dias antes da chegada de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, em solo norte-americano, a China mediu um importante acordo entre 14 grupos políticos palestinos, entre eles o Hamas e Al Fatah, duas grandes facções rivais.

Representantes do Hamas e do Al Fatah sentaram à mesa em Pequim, na China, junto de mais 12 outros grupos políticos e chegaram a um acordo de governo de união de conciliação interna nos territórios que incluem Cisjordânia, Al Quds e Gaza. O movimento é uma resposta à guerra e ataques movidos por Israel contra o seu povo.

Outro ponto do acordo é o trabalho para fornecer ajuda médica sem restrições às vítimas da guerra e a reconstrução dos territórios devastados e invadidos pelos israelenses.

Para a Professora de política Internacional e Segurança da USFC, e Doutora em Ciência Política em Relações Internacionais, Danielle Ayres, a medição chinesa é “surpreendente” e talvez a única opção para “defender toda a população palestina de um revide de Israel”, após o ataque que sofreu em 7 de outubro de 2023.

Para a professora, a China levar os grupos ao seu território e fazer “inimigos de primeira hora sentarem à mesa para conversar, é uma alternativa que o Ocidente nunca buscou”.

A principal diferença entre os dois grupos, Hamas e Al Fatah, é o posicionamento sobre a existência ou não de um Estado israelense. O Al Fatah se juntou à Organização pela Libertação da Palestina, o que deu origem à autoridade palestina, reconhecida internacionalmente e que controla a Cisjordânia.

Já o Hamas, que é contrário à existência a Israel, afirma que o território ocupado pelo governo israelense foi uma invasão em solo palestino.

“Depois dos atos terroristas praticados pelo Hamas no território de Israel, depois toda a dificuldade imposta à população palestina, que está sendo efetivamente bombardeada de forma contrária à legislação internacional, algo deveria ser feito”, pontua Danielle.

O movimento também mostra a importância chinesa no Oriente Médio e na tentativa de uma solução pacífica para a guerra que se arrasta.

Nesta quinta-feira (24), o senador democrata Bernie Sanders, que já concorreu à presidência dos Estados Unidos, declarou que “Netanyahu não é só um criminoso de guerra. É um mentiroso”. Netanyahu discursava ao Congresso norte-americano fazendo propaganda de seu governo e pedindo mais apoio dos Estados Unidos na guerra.

Sanders também afirmou que todas as organizações humanitárias concordam que “dezenas de milhares de crianças sofrem com a fome enquanto o governo extremista de Israel continua bloqueando ajuda”.

Siga a Novabrasil nas redes

Google News

Tags relacionadas

Barnie Sanders china Gaza Guerra na Faixa de Gaza Palestina
< Notícia Anterior

'A Tábua de Esmeralda': 50 anos no topo da discografia de Jorge Ben

25.07.2024 10:00
'A Tábua de Esmeralda': 50 anos no topo da discografia de Jorge Ben
Próxima Notícia >

Vanessa Pedrosa: "Como fazer discurso ou apresentação emocionante?"

25.07.2024 15:00
Vanessa Pedrosa: "Como fazer discurso ou apresentação emocionante?"
© 2024 - novabrasil - Todos os direitos reservados
Com inteligência e tecnologia: PYXYS - Reinventing Media Business