Hoje é aniversário de Jorge Vercillo!

Hoje é aniversário de Jorge Vercillo!

E é impossível escrever a história da música brasileira a partir dos anos 90 sem falar desse talentoso cantor, compositor e instrumentista carioca, que – desde então – emplaca sucessivos hits nas rádios e nas trilhas sonoras de novela, com suas composições que vão de baladas pop e românticas até sambas inesquecíveis.

A história musical de Jorge Vercillo começou na primeira metade dos anos 80 quando, aos 15 anos, o então iniciante cantor entrou em cena nos bares da vida noturna carioca, tirando de campo o jogador de futebol que já se insinuava promissor.

A vivência como cantor da noite preparou o jovem artista para saltos maiores. O primeiro foi dado em 1989 e em 1990, anos em que Vercillo representou o Brasil no Festival Internacional de Curaçao (ilha do território neerlandês que tem a autonomia de um país) e venceu a competição nesses dois anos consecutivos. A primeira vitória foi conquistada com a canção de sua autoria, Alegre, que viria a abrir o primeiro álbum do cantor, Encontro das Águas, em 1993.

O disco de estreia possibilitou que a voz de Vercillo começasse a emergir em escala naxcional. Parceria do compositor com Jota Maranhão, a música-título entrou para a trilha da novela Mulheres de Areia, da TV Globo, em 1993. Praia Nua, música que fecha o disco, de autoria somente de Vercillo – entrou na trilha sonora da novela Tropicaliente.

O segundo álbum, Em Tudo Que é Belo, de 1996, consolidou o estilo e a personalidade da música de Jorge Vercillo, rendendo ao artista a indicação ao Prêmio Sharp na categoria Melhor Cantor Pop, no ano seguinte.

Em 1998, a dupla sertaneja Chrystian & Ralf fez muito sucesso com a gravação da composição de autoria de Vercillo, Sensível Demais, que somente foi registrada pelo autor em 2011, também com imenso sucesso.

A escalada de sucesso foi intensificada em 1999, ano em que Jorge Vercillo lançou seu terceiro álbum, Leve, disco que o catapultou ao estrelato nacional. A produção independente fez tanto sucesso na cena indie que, por ironia do destino, conduziu o artista ao mainstream da indústria do disco.

A música que impulsionou a repercussão foi o grande hit Final Feliz, de autoria de Vercillo, que o cantor gravou em dueto com Djavan, como que em uma resposta elegante e sutil a quem identificava traços da obra do grande compositor alagoano na música do jovem artista carioca. Outros sucessos do álbum são as canções Em Órbita (parceria com Zeppa) e a regravação de Beatriz (de Edu Lobo e Chico Buarque).

Em 2002, quando o quarto álbum de Jorge Vercillo – Elo, o primeiro feito na EMI Music – foi lançado, o cantor já era um astro nacional. A popularidade foi ampliada com o êxito instantâneo da faixa Que Nem Maré, canção pop que se tornaria a música mais tocada no país naquele ano. No embalo do estouro, o disco emplacou outro hit nas rádios: Homem-

Aranha. Na sequência, já em 2003, uma terceira música de Elo se tornou conhecida no Brasil inteiro, por conta da minissérie A Casa das Sete Mulheres, exibida pela TV Globo: Fênix, balada mais introspectiva, que abriu a parceria de Vercillo com o cantor e compositor mineiro Flávio Venturini.

Ainda em 2003, Jorge Vercillo lançou seu quinto álbum de inéditas, Livre, e a faixa Monalisa estourou, entrando para o time de hits do artista. Signo de Ar, álbum de inéditas lançado em 2005, foi um trabalho mais pop, em que o compositor se manteve fiel ao seu repertório autoral, mas se permitiu ampliar o leque de parceiros, como: Ana Carolina (Ultra Leve Amor e Abismo), Dudu Falcão (no super sucesso Ciclo), Nico Rezende (parceiro de composição do grande hit da faixa-título) e Torcuato Mariano (Mandala).

Em 2007, o registro do show feito em homenagem a São Jorge, na Praia de Copacabana, em que Vercillo dividiu o palco com outros três Jorges – Aragão, Ben Jor e Mautner – foi eternizado no CD e DVD Coisa de Jorge, com destaque para a composição inédita feita por Vercillo com Aragão e Ben Jor: Líder dos Templários.

No mesmo ano, o disco autoral, Todos Nós Somos Um, trouxe a balada Ela Une Todas as Coisas (de Vercillo e Jota Maranhão) e também o sambossa Numa Corrente de Verão, sua segunda parceria com Marcos Valle, que transita na mesma trilha pop e ensolarada de Pela Ciclovia, primeira música da dupla, lançada por Leila Pinheiro, em 2005.

Em 2010, o álbum D.N.A., apresentou os sucessos Me Transformo em Luar (só de Vercillo) e Arco-Íris (parcerias com Filó Machado). Depois vieram os discos Como Diria Blavatsky (2011), Luar de Sol – Ao Vivo no Ceará (2013), Vida é Arte (2015) e Nas Minhas Mãos (2019), colocando Jorge Vercillo com ainda mais potência no hall dos grande nomes da MPB.

Parabéns, Vercillo!