Dia do Cinema Brasileiro – 8 Filmes Nacionais em Cartaz
Dia do Cinema Brasileiro – 8 Filmes Nacionais em Cartaz
No Dia do Cinema Brasileiro, celebramos a produção cinematográfica nacional, com uma lista com os principais filmes brasileiros em cartaz
Hoje, 19 de junho, é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro.
O dia foi instituído em homenagem à data em que a primeiras imagens em movimento foram registradas no território brasileiro, em 1898, pelo cinegrafista ítalo-brasileiro Afonso Segreto que, ao voltar de navio de um curso na Europa, filmou a chegada pela entrada da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
Segreto foi um dos primeiros cinegrafistas e diretores do país. Hoje, a produção cinematográfica do Brasil é riquíssima, com obras clássicas e contemporâneas de excelente qualidade, que se confundem com a própria história do Brasil e também com a história da nossa música popular brasileira.
Afinal, desde o primeiro filme com som da história do cinema nacional – Acabaram-se os Otários, de Luiz de Barros, em 1929, que trazia o clássico Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro em sua trilha – a música tem um papel importantíssimo na produção cinematográfica brasileira, funcionando quase que como mais um personagem dentro dos filmes.
Hoje, para celebrar a produção cinematográfica nacional, preparamos uma lista 8 filmes brasileiros em cartaz no momento, para que você aproveite o que o Brasil tem de melhor: a nossa arte e a nossa cultura.
1 – Grande Sertão
Direção: Guel Arraes
Elenco: Luisa Arraes, Caio Blat e Rodrigo Lombardi
Grande Sertão adapta o clássico romance da literatura brasileira, Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, para a realidade da periferia urbana. Na trama, a comunidade “Grande Sertão” é controlada por facções criminosas onde uma luta entre policiais e bandidos assume ares de guerra.
Neste lugar, Riobaldo (Caio Blat) acaba entrando em uma delas para seguir Diadorim (Luisa Arraes), cuja identidade e a paixão que sente são mistérios conflitantes em sua cabeça. A partir de então, em meio a um ambiente hostil de guerra, Riobaldo enfrenta dilemas éticos, morais e existenciais, enquanto busca entender seu lugar no mundo e sua própria natureza.
2 – Porto Príncipe
Direção: Maria Emília de Azevedo
Elenco: Selma Egrei, Diderot Senat e Léo Franco
Porto Príncipe é o primeiro longa dirigido por Maria Emília de Azevedo e mergulha os espectadores em um emocionante drama humano. Bertha (Selma Egrei) éuma viúva lutando para manter sua chácara na isolada serra catarinense. Enquanto enfrenta as pressões de seu filho para se mudar para uma área mais privilegiada em Florianópolis, Bertha encontra uma nova perspectiva quando decide acolher Bastide (Diderot Senat), um imigrante haitiano com quem Bertha teve uma grande afinidade a ponto de colocá-lo para trabalhar e morar com ela, alimentando a hostilidade do filho. O choque cultural e a crescente amizade entre Bertha e Bastide desafiam as convenções sociais e emocionam, oferecendo uma reflexão poderosa sobre conexão humana, solidariedade e a beleza das diferenças. Em um cenário de conflito e transformação, Porto Príncipe é uma obra que aborda a compaixão e a capacidade do amor, algo que pode transcender fronteiras e barreiras culturais.
3 – Avassaladoras 2.0
Direção: Mara Mourão
Elenco: Juliana Baroni, Fefe Schneider, Bibi Tatto, Murilo Bispo
Avassaladora 2.0 é um spin-off do filme homônimo de 2002, que teve como protagonista Giovanna Antonelli. A trama apresenta Bebel (Fefe Schneider), uma adolescente apaixonada pelo influenciador e ativista J-Crush (Murilo Bispo). Vivendo em Hollywood, ela troca mensagens com o influenciador enquanto se passa por uma atriz em ascensão, mas sua farsa corre o risco de ser descoberta quando sua mãe Laura (Juliana Baroni) decide que elas irão passar férias no Brasil, podendo afetar os planos com o amor de sua vida. Agora, Bebel vai tentar reconquistá-lo com a ajuda de Lu (Bibi Tatto), sua melhor amiga super sincera, e sua mãe. Nessa tentativa de recuperar o amor e falar a verdade, segredos vão ser revelados e mãe e filha descobrem que têm muito mais em comum do que podem imaginar.
4 – A Estação
Direção: Cristina Maure
Elenco: Jimena Castiglioni, Rodolfo Vaz e Eid Ribeiro
A Estação conta a história de Sofia (a uruguaia radicada em Belo Horizonte, Jimena Castiglioni), uma mulher reservada que vai caminhando até a Estação Vila Clemência com a intenção de pegar um trem, já que o trem que ela estava quebrou. Mas esse trem não aparece. Longe de casa e a estação sendo isolada de tudo, Sofia é obrigada a se hospedar na pensão oferecida aos passageiros que param por ali pela Companhia Ferroviária Nacional. Algo que era para ser apenas uma noite, toma a forma de uma saga que consiste em Sofia tentando sair para ir atrás do seu marido, que a abandonou por outra mulher. Enquanto procura uma saída, somos apresentados às relações dela com os outros passageiros que estão por ali, alguns deles, inclusive, moram por lá há muito tempo e também lidam com a expectativa e a espera de um trem que não tem data e nem hora para aparecer.
5 – 13 sentimentos
Direção: Daniel Ribeiro
Elenco: Artur Volpi, Ju Gerais, Marcos Oli, Sidney Santiago e Michel Joelsas
O longa 13 Sentimentos mostra como o cineasta João (Artur Volpi) enfrenta o desafio de encerrar um relacionamento de uma década com seu ex-namorado, Hugo (Sidney Santiago), descrevendo-o como o final perfeito de um grande filme. Embora tenham permanecido amigos próximos após a separação, João se vê diante de um turbilhão emocional ao tentar voltar ao cenário do namoro. Ao embarcar na busca por um novo amor, João conhece Vitor (Michel Joelsas), por quem se apaixona instantaneamente. Movido pela visão romântica que ele tem da vida e dos relacionamentos, João tenta moldar sua história de amor com Vitor como se estivesse construindo um filme. No entanto, ele rapidamente percebe que a realidade não pode ser controlada como um roteiro de cinema, e que os desafios do amor verdadeiro transcendem qualquer narrativa de contos de fadas.
6 – O Anel de Eva
Direção: Duflair Magri Barradas
Elenco: Suzana Pires, Odilon Wagner e Regina Sampaio
7 – Bandida – A Número Um
Direção: João Wainer
Elenco: Maria Bomani Jean Amorim Sant
Bandida – A Número Um se passa no Rio de Janeiro da década de 80 e acompanha a história de Rebeca (Maria Bomani), vendida pela avó aos nove anos de idade para o homem que comandava a comunidade da Rocinha. Anos depois, em meio à incessante disputa de território entre os bicheiros e traficantes, as dinâmicas de poder do local passam por mudanças, e Rebeca – agora viúva do traficante-chefe – deve assumir o comando da Rocinha. Assim, se inicia uma eletrizante trajetória de crime, violência, drogas e amor.
8 – O Estranho
Direção: Flora Dias e Juruna Mallon
Elenco: Larissa Siqueira, Rômulo Braga, Patrícia Saravy
O Estranho, destaque no Festival de Berlin, narra sua trama a partir do maior aeroporto do Brasil – o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo – fazendo referência ao fato dele ter sido construído em cima de território indígena. Pelo aeroporto, passam centenas de milhares de passageiros diariamente e 35 mil trabalhadores apoiam toda a sua operação. Entre eles, Alê (Larissa Siqueira), uma funcionária de pista cuja história familiar tem sua vida atravessada pelas origens do aeroporto e por rastros de um passado em constante transformação. Seguindo personagens cujas vidas se cruzam no dia a dia, o olhar se fixa não sobre aqueles que passam, mas sobre o que permanece num local impregnado pelas feridas originárias de um país.
por Lívia Nolla