Tudo sobre Ludmilla no dia do seu aniversário

Um especial com Tudo sobre Ludmilla, no dia do aniversário da cantora e compositora carioca, que completa 30 anos hoje.

O início de tudo: Tudo sobre Ludmilla

Ludmilla nasceu no centro do Rio de Janeiro, mas mudou-se muito jovem para Duque de Caxias, cidade localizada na Baixada Fluminense, onde foi criada.

Foi criada por sua mãe, Silvana – que era administradora de um bar e trabalhava como dançarina de samba em casas de shows e como passista da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio – com a ajuda de sua avó, seu ex-padrasto e um tio.

O pai de Ludmilla foi preso quando a cantora tinha apenas um mês de vida, o que fez com que ela e sua mãe passassem por muitas dificuldades na época.

A artista começou a cantar aos oito anos de idade, em rodas de pagode, convidada por seu ex-padrasto, que tinha uma banda na época. Sua estreia no funk acabou acontecendo por acaso. 

“Numa festa de umas amigas minhas o som tinha dado pau e só ficava na batida de funk. Como eu era a cantora do pagode, da rua e do banheiro, que era de frente para a rua e todo mundo ficava batendo palma, falaram: ‘Ludmilla vai cantar lá para a gente’. Eu cantei e já virei MC Ludmilla”, contou a artista em uma entrevista de 2021. 

Ao saber que Lud estava cantando funk, seu tio decidiu apoiá-la e levá-la a um estúdio em Duque de Caxias: “Fomos num estúdio de funk que tinha em Caxias e deixei a música lá gravada para o DJ produzir. Ele produziu, ficou legal, eu perguntava quando a gente ia soltar e ele falava: ‘Só faltam alguns ajustes’. No outro dia, apareceu a música na internet, só que com outra menina gravando”. 

A primeira decepção acabou inspirando Ludmilla a compor sua própria música. “Fui para casa e, de madrugada, me veio uma inspiração e fiz ‘Fala Mal de Mim’. Aí liguei para o meu DJ e perguntei se ele podia gravar. Na época, tinha muita vergonha. Queria que eles saíssem do estúdio para eu cantar, mas, como não dava, apaguei a luz, fiquei de costas para eles e comecei a gravar”.

Foi nesse momento que surgiu o nome artístico MC Beyoncé: “O DJ falou que Ludmilla era um nome muito comum e, como eu era muito fã da Beyoncé, decidiu colocar MC Beyoncé. Eu queria ser grande, queria ser igual à Beyoncé. Ela é o meu espelho.”.

O sucesso foi imediato e as portas começaram a se abrir: quando a música ficou pronta e foi para a internet, com alguns dias, já tinha atingido milhões de visualizações. O ano era 2012 e foi onde tudo começou: “Com 16 anos, eu já dormia fora de casa e cantava no Brasil inteiro”, conta Ludmilla que – pouco depois – passou a usar o seu próprio nome como nome artístico.

Primeiro como MC Ludmilla, mas depois – quando assinou contrato com a gravadora Warner Music Brasil, em 2013 –  já sem o “MC” antes do nome, por uma questão estratégica, pois havia muito preconceito com os cantores de funk naquela época, e – infelizmente – ainda há até os dias atuais.

Primeiros álbuns: Tudo sobre Ludmilla

Em 2014, Ludmilla lançou o seu álbum de estreia “Hoje”, com uma série de canções bem sucedidas como: a faixa-título (de Umberto Tavares e Jefferson Júnior), “Sem Querer” (dela mesma)e “Te Ensinei Certin” (Jahma), além de participações dos cantores Belo eBuchecha. A canção título, “Hoje”, foi incluída na trilha sonora da novela “Império”, da TV Globo, no mesmo ano.

Em agosto de 2016, Ludmilla se apresentou cantando “Rap da Felicidade” na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro, e – em outubro do mesmo ano – lançou seu segundo álbum: “A Danada Sou Eu”, que trouxe os sucessos como “Sou Eu”, “Cheguei”, e “Tipo Crazy”.

O álbum lhe rendeu uma indicação ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

Em fevereiro de 2018, Ludmilla estreou no carnaval de rua do Rio de Janeiro com o bloco “Fervo da Lud”e seu primeiro álbum ao vivo, “Hello Mundo”, foi gravado na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, e lançado em maio de 2019.

O álbum trouxe os hits  “A Boba Fui Eu” com participação de Jão e “Favela Chegou” com participação de Anitta (as duas já tinham lançado uma parceria no mesmo ano, “Onda Diferente”, com a participação do rapper norte-americano Snoop Dogg).

O álbum contou também com participações de Simone & Simaria, Ferrugem e Léo Santana. Ainda em 2019, a cantora lançou o hit “Verdinha”, composta por ela em parceria com Walshy Fire, Heder Vilas Boas e Juan José Brito Castilho.

O sucesso de Numanice

Em 2020, Ludmilla lançou a primeira edição do seu EP de pagode “Numanice”, que depois ganhou uma turnê bem sucedida de shows pelo país e transformou-se em um álbum ao vivo no ano seguinte. 

Todas as faixas do EP estiveram entre as 200 mais executadas na plataforma de streaming Spotify em território brasileiro em seu primeiro dia.  Em novembro de 2020, a cantora ainda lançou o single “Rainha da Favela”.

Ainda em 2021, a cantora lançou o projeto acústico “Lud Session”, que contou até hoje com as participações de Xamã, Gloria Groove, Luísa Sonza e Iza.

O sucesso de “Numanice” foi tanto que – em 2022 – Ludmilla lançou o álbum “Numanice 2”, que rendeu à cantora o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode. Neste álbum – que também ganhou turnê de sucesso uma versão ao vivo (gravada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, com participação de nomes como Péricles e Marília Mendonça) – está a canção “Maldivas”, que Ludmilla escreveu especialmente para sua esposa, a dançarina Brunna Gonçalves.

Carreira internacional e selo próprio: ela não pára!

No fim de 2022, Ludmilla passou a investir também em sua carreira a nível mundial.

No Carnaval do Rio de Janeiro deste mesmo ano, a artista estreou como intérprete de samba-enredo, participando do desfile da Beija-Flor ao lado do veterano Neguinho da Beija-Flor.

Ainda em 2022, Lud lançou seu quinto álbum de estúdio, “Vilã”, com sucessos como “Brigas Demais”, “Sou Má”, “Socadona” e “Sintomas de Prazer”.

Em 2023, Ludmilla deixou a Warner Music Brasil após 10 anos de vínculo contratual, visando lançar seus próximos trabalhos de forma independente por meio de um selo próprio, chamado .

No mesmo ano, participou do mega hit carnavalesco “Macetando”, de Ivete Sangalo.

No ano seguinte, 2024, foi a vez de lançar “Numanice 3: Ao Vivo”, gravado no Mirante Dona Marta, no Rio de Janeiro, com o super sucesso “Maliciosa”, que alcançou a posição de n.º 40 na lista Billboard Brasil Hot 100.

Em 14 de abril de 2024, Ludmilla se apresentou no importante festival americano, Coachella, na Califórnia. A cantora americana, Beyoncé – grande inspiração de Lud – e a ativista e política brasileira, Erika Hilton, fizeram uma introdução e um discurso em áudio, respectivamente, como abertura do show.

Na plataforma de streaming Spotify, Ludmilla tornou-se a primeira artista negra da América Latina a ultrapassar a marca de dois bilhões de audições e também tornou-se a mais ouvida ao atingir 17 milhões de ouvintes mensais na plataforma.