Brasileiros têm trocado os fones de ouvido pelas vitrolas; entenda
Brasileiros têm trocado os fones de ouvido pelas vitrolas; entenda
Faturamento de LPs cresce 136% no Brasil. País é responsável por movimentar o 9º maior mercado musical do mundo
O Brasil registrou um crescimento de 136% no consumo de LPs no ano de 2023, segundo levantamento realizado pela Pro-Música Brasil.
O país é responsável por movimentar o 9º maior mercado musical do mundo. Por mais que as vendas físicas representem apenas 0,6% do montante total, esse é o maior patamar atingido pela indústria da música como um todo desde 2018, com faturamento individual de R$ 16 milhões e crescimento de 35,2% em relação ao ano anterior.
No ranking mundial de Federação Internacional de Produtores Fonográficos, país está a frente da Austrália, mas atrás de Canadá. No topo da lista estão os Estados Unidos, Japão em 2º lugar e o Reino Unido fecha o pódio em 3º.
Em entrevista ao jornal ‘O Estado de São Paulo’, a pesquisadora do mercado fonográfico, socióloga e professora da Universidade Federal de São Paulo, Marcia Tosta Dias, fala que o crescimento da mídia física entre os brasileiros é explicado por um conjunto de fenômenos que reúnem fatores culturais e técnicos do próprio mercado musical.
Para ela, os consumidores mais antigos de vinil são mais reticentes. Isso porque existe, sim, uma diferença técnica final do produto com relação ao que era produzido até então como vinil, e que hoje é alcançado apenas via sebos e lojas especializadas. É um consumidor que será mais reticente com as novas tiragens do que os fãs mais novos.
Um outro levantamento da Key Production, uma das maiores empresas britânicas de prensagem de discos de vinil, mostra que 59% dos jovens entre 18 e 24 anos escutaram lançamentos musicais em formatos físicos, contra uma média de 40% de adesão de um público entre 25 e 65 anos.
O mesmo levantamento mostra, ainda, que 71% das pessoas da geração Z pagariam mais caro se os LPs fossem produzidos com impacto reduzido ao meio ambiente.