Quaest em SP mostra empate técnico e vitória de Nunes em possível 2º turno

A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (18) mostrou o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) à frente na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 24% das intenções de voto, seguido por Guilherme Boulos (PSOL), com 23%, e Pablo Marçal (PRTB), com 20%.

Já José Luiz Datena (PSDB) teve 10% e passou Tabata Amaral (PSB), que atingiu a pontuação de 7% na pesquisa.

A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Esta foi a primeira pesquisa após o incidente da cadeirada entre Datena e Marçal, no último domingo (15), durante o debate da TV Cultura. Os candidatos ainda participaram de um debate na RedeTv/UOL na última terça-feira (17). Na avaliação do jornalista Josias de Souza, a pesquisa não captou a episódio por completo: “O campo da Quaest começou a ser feito no domingo e terminou na terça-feira. Portanto, pegou apenas parcialmente a repercussão do debate da cadeirada e também parcialmente esse debate de ontem, que manteve a hostilidade entre os candidatos”.

Segundo o especialista, o movimento mais representativo da pesquisa Quaest foi a oscilação para baixo de Pablo Marçal: “O prefeito Ricardo Nunes ficou do mesmo tamanho. Estamos falando de um intervalo de uma semana, a penúltima pesquisa da Quaest foi divulgada na semana passada. Uma semana depois, o Ricardo Nunes está do mesmo tamanho, com 24%, o Guilherme Boulos oscilou dois pontos pra cima, com 23%, e Pablo Marçal escorregou dois ponto pra baixo”, analisa Josias.  

O cenário pode indicar uma pequena reversão da tendência de crescimento da força de Marçal, ainda de acordo com o jornalista. O Datafolha da última semana, por exemplo, já dava um empate duplo, de Ricardo Nunes à frente do Guilherme Boulos, com Pablo Marçal fora do empate de líderes.

Possível segundo turno

A pesquisa Quaest mostrou que Ricardo Nunes (MDB) ganharia em um possível segundo turno contra Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Já em uma disputa entre Boulos e Marçal, a pesquisa indicou que um empate técnico entre os dois se mantém.

Dentro da margem de erro, Ricardo Nunes oscilou 2 pontos para baixo e Guilherme Boulos, 2 pontos para cima.

Redes sociais e o impacto eleitoral

Na percepção de Josias, a ausência da propaganda eleitoral de Pablo Marçal em TVs e rádios não impacta na conquista de seu eleitorado.

O especialista lembrou que na eleição presidencial de 2018 o cenário era semelhante, mas em proporções diferentes: “Bolsonaro tinha, na ocasião, 8 segundos de televisão. Já o Alckmin, por exemplo, tinha muito tempo de propaganda na televisão e perdeu a eleição. Portanto, Bolsonaro compensou o que lhe faltava na televisão nas redes sociais. O Pablo Marçal faz mais ou menos a mesma coisa nessa temporada de 2024, com a diferença que estamos tratando de uma eleição municipal, muito menor. Ele compensa sua debilidade na televisão com as redes sociais, que são muito potentes e manejadas”.

Pablo Marçal cresceu graças ao seu poderio nas redes sociais. Já no caso de Nunes, a propaganda eleitoral eletrônica tem funcionado, de acordo o especialista: “Diferentemente do que aconteceu com o Alckmin em 2018, o tempo de televisão de Ricardo Nunes tem se mostrado bastante efetivo. Que estava em uma disputa particular com Pablo Marçal pelo eleitorado da direita. Assim que começou a propaganda eletrônica, nas TVS e rádios, ele esboçou uma reação que o devolveu ao jogo“.