Refrigerante zero ou normal: especialista alerta sobre qual é o menos prejudicial
Refrigerante zero ou normal: especialista alerta sobre qual é o menos prejudicial
Os efeitos do consumo de refrigerantes são tema constante na saúde, e a Dra. Rosita Fontes dá orientações para reduzir seu consumo
O consumo de refrigerantes, sejam eles zero ou com açúcar, está no centro de um debate importante sobre saúde. A endocrinologista Dra. Rosita Fontes, do laboratório Delboni, conversou no Jornal Novabrasil com Michelle Trombelli e Roberto Nonato e trouxe informações valiosas sobre o tema.
De acordo com a médica, nenhum refrigerante é benéfico para a saúde, sendo produtos ultraprocessados que oferecem riscos, como aumento da pressão arterial e desgaste ósseo. “É um produto superprocessado com inúmeras substâncias que fazem mal à saúde, além do açúcar”, explicou.
A principal diferença entre as versões regular e zero está no açúcar. O refrigerante regular contém uma alta quantidade, o que pode levar ao ganho de peso e ao desenvolvimento de diabetes. Já o refrigerante zero ou diet é isento de açúcar, sendo recomendado para diabéticos ou pessoas que desejam reduzir calorias.
Os perigos vão além do açúcar
Mesmo com a ausência de açúcar, os refrigerantes zero não são inofensivos. A Dra. Rosita esclareceu que o aspartame, adoçante usado em algumas fórmulas, não é perigoso se consumido em condições normais, e que “ele não é tóxico, exceto quando aquecido, o que não ocorre em refrigerantes”, explicou.
No entanto, outros componentes, como acidulantes e corantes, apresentam riscos. O ácido fosfórico, por exemplo, desgasta o esmalte dos dentes e pode afetar a saúde óssea. Além disso, o sódio presente em refrigerantes pode agravar a hipertensão arterial, especialmente em quem consome grandes quantidades.
A endocrinologista destacou ainda que o consumo excessivo de refrigerantes pode comprometer a eficácia de alguns medicamentos, pois “diminuem a absorção de seus componentes, o que é preocupante, pois a pessoa não ingere a dose recomendada”, alertou.
Consumo exagerado traz impactos cumulativos
Os danos causados pelo consumo frequente de refrigerantes se acumulam ao longo do tempo. Segundo a Dra. Rosita Fontes, embora os jovens tenham maior capacidade de metabolizar substâncias nocivas, o cenário muda com o envelhecimento.
“Aos 20 anos, você passa por tudo. Mas, ao manter o hábito, os malefícios serão piores com o tempo”, enfatizou. Isso significa que os reflexos de uma alimentação desequilibrada se tornam mais evidentes após os 60 anos.
Apesar disso, a médica reforçou que o consumo eventual não causa grandes danos à saúde. O problema é o hábito contínuo e exagerado, que pode evoluir para um padrão de dependência. “Não se enquadra no conceito de vício, mas cria uma vontade de tomar cada vez mais”, afirmou.
Como reduzir o consumo de refrigerantes
A recomendação é substituir os refrigerantes por opções mais saudáveis, como sucos naturais e frutas. Para quem consome muito, a redução deve ser gradual, começando pela troca do refrigerante regular pelo zero.
Na entrevista, Dra. Rosita destacou a importância do equilíbrio. “Não é um problema consumir eventualmente, mas o excesso, sim, pode trazer sérias consequências”, finalizou.