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“Política monetária deve mesmo ser mais agressiva neste momento”, diz colunista

Economia que importa com Marcela Kawauti
08:29 12.12.2024
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“Política monetária deve mesmo ser mais agressiva neste momento”, diz colunista

Marcela Kawauti analisa a decisão do BC que elevou a taxa Selic em um ponto percentual

Roberto Nonato - 12.12.2024 - 08:29
“Política monetária deve mesmo ser mais agressiva neste momento”, diz colunista
Ao elevar Selic, Banco Central sinaliza comprometimento com meta inflacionária | Foto: Reprodução internet

A preocupação com a inflação e a necessidade de dar um choque credibilidade levaram ao aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central. A avaliação é da economista e colunista da Novabrasil, Marcela Kawauti.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros em um ponto percentual. A Selic passa para 12,25% ao ano. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que vai analisar com calma a alteração, mas que já estava precificado nesse sentido.

Marcela destaca que o mercado financeiro esperava uma alta de 0,75%. Ela diz que “o Banco Central deu um choque de credibilidade. Ele foi além e colocou os juros em 12,25% ao ano. Isso foi importante porque o BC se compromete com a meta de inflação”.

A economista da Lifetime Asset, e colunista da Novabrasil, diz que houve avanços em variáveis que levaram à essa decisão. “A gente teve surpresas em relação à inflação, que está acima da meta, a expectativa é de que se mantenha em nível alto para 2025 e ainda teve o avanço do dólar. É uma composição ruim para a inflação no ano que vem”, afirma ela.

Marcela Kawauti lembra que o BC deve cuidar da estabilidade monetária, evitando a alta da inflação. Uma das ferramentas é o aumento dos juros, que esfria a demanda e ajuda a segurar a elevação de preços.

Para além da subida de juros, há também a “contratação” de duas altas nas taxas para o ano que vem. Com a mudança da presidência da instituição, ao dizer que vai manter o ritmo, o Banco Central indica uma continuidade do comprometimento com a meta inflacionária.

A economista entende que “a política fiscal está aquém do que seria necessário. O governo federal precisa economizar nos gastos e melhorar a qualidade desses gastos públicos”. Diante disso, a política monetária precisa ser mais agressiva, com juros maiores ajudando a conter a inflação.

A colunista lembra também que o lado perverso é que o consumidor vai enfrentar juros maiores nesse cenário. Como referência para as outras taxas de juros, a Selic leva também ao aumento do empréstimo pessoal, dos cartões e do crédito imobiliário, por exemplo.

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Economia que importa com Marcela Kawauti

Economista formada pela USP com mestrado em Economia e Finanças pela FGV-SP. Quase 20 anos de experiência em pesquisa econômica, educação financeira e riscos. Atua no momento como economista-chefe da Lifetime Asset Management.

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