“O que estão esperando para considerar uma guerra?”, diz brasileira no Líbano
“O que estão esperando para considerar uma guerra?”, diz brasileira no Líbano
Em entrevista à Novabrasil, diretamente de Jeita, ao norte de Beirute, Amanda Kadissi diz que voos estão suspensos e não consegue deixar o país
Um ataque aéreo israelense matou um líder sênior do grupo Hezbollah, em mais um capítulo do conflito no Oriente Médio. O governo de Israel informou que Ibrahim Qubaisi era comandante de mísseis e foguetes do grupo libanês. Em outras ações israelenses, quase 500 pessoas perderam a vida no Líbano.
A guia turística Amanda Kadissi mora na cidade de Jeita, ao norte de Beirute, e conversou com o jornalismo da Novabrasil. Segundo ela, mesmo distante da região do conflito, “a situação cada hora está se agravando mais. Está tenso”.
Ela destacou que os ataques estão mais concentrados no Sul, que faz fronteira com Israel, no subúrbio de Beirute e no Vale do Bekaa. Amanda relata que o aeroporto de Beirute está aberto, mas muitos voos estão cancelados e não há vagas naqueles que estão disponíveis.
O governo libanês considera o grupo Hezbollah como um partido político, na avaliação de Amanda. “O Hezbollah é considerado resistência, por isso tem direito de possuir armamentos para defender o território de ações de Israel”, afirma ela.
A guia turística diz que legalmente o país não está em guerra. “Até agora, estão falando que é Israel contra o Hezbollah e não contra o Líbano. Mas muitos inocentes estão morrendo, então, o que está precisando para que seja considerada oficialmente uma guerra?”, questiona Amanda Kadissi.
Ela lembra que outras embaixadas têm retirado seus cidadãos de território libanês, mas o Brasil ainda está recolhendo dados. Atualmente, há cerca de 20 mil brasileiros no Líbano. E diante dessa situação, algumas famílias libanesas têm estocado alimentos e enlatados e se preparam para um cenário ainda pior.
Confira entrevista abaixo: