Estados-chave serão mais decisivos do que nunca na eleição dos EUA
Estados-chave serão mais decisivos do que nunca na eleição dos EUA
Indefinição apontada pelas pesquisas pode dar margem para contestação do resultado do pleito americano
A contestação do resultado da eleição é uma possibilidade para qualquer cenário no qual Donald Trump perca a eleição nos EUA. Não importa se a margem será pequena ou grande. A avaliação é de Cristina Pecequilo, professora de Relações Internacionais da UNIFESP.
As pesquisas mais recentes indicam um empate técnico entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. Nesse cenário dividido, ambas as campanhas sabem que a disputa está extremamente acirrada nos sete estados-chave: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin. São eles que devem decidir a eleição.
As disputas jurídicas entre os dois partidos devem pedir anulação de votos em alguns casos, avaliação melhor dos votos por correio, entre outros temas. Essa batalha jurídica já está se desenrolando há alguns dias e, talvez, deverá ficar mais forte pós eleição.
Cristina Pecequilo diz que “a preocupação maior do eleitor americano é a economia. Existe um ranking indicando inflação, custo de vida e perda de renda como as 3 principais preocupações. Além disso, saúde e imigração também aparecem”. Ela avalia que somente reformas profundas poderão melhorar a parte econômica, mas não necessariamente isso ocorrerá após a eleição. Apesar disso, a imagem de Trump é positiva no campo econômico por causa de seu governo anterior.
Outro tema que também deverá ter reflexos com o pleito nos EUA é a relação com os conflitos internacionais. Para a especialista, “no caso de Israel não tem mudança. Os EUA apoiam Israel em qualquer situação. Todos os presidentes americanos estão ao lado de Israel historicamente. Já no conflito da Ucrânia, um governo Trump não deve disponibilizar recursos para os ucranianos como os democratas fazem”. Lembrando que a candidata Kamala Harris deve manter o apoio à Ucrânia, mas todos os auxílios devem passar pelo Congresso.
Para a professora Cristina Pecequilo, em termos de investimentos, a situação para o Brasil não deve mudar. “O Brasil pode ser mais afetado pelo governo Trump do ponto de vista político, pelo ex-presidente ser mais à direita. Mas, o Brasil tem de seguir com uma diplomacia equilibrada, independentemente do eleito”, conclui a analista.
Numa eleição tão acirrada, a expectativa é saber quando o vencedor será anunciado. O resultado pode até sair no final da tarde da quarta-feira, como em 2016. Apesar disso, em 2020, o vencedor só foi conhecido 4 dias após o fechamento das urnas.
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