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“Centrão continua forte como sempre”, avalia especialista

Camilo Mota
10:20 03.02.2025
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“Centrão continua forte como sempre”, avalia especialista

Com votos de governistas e oposição, os parlamentares conquistaram 444 e 73 votos nas duas casas, respectivamente

Camilo Mota - 03.02.2025 - 10:20
“Centrão continua forte como sempre”, avalia especialista
Congresso Nacional, em Brasília Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O presidente Lula se reúne com os novos presidentes da Câmara e do Senado ainda na manhã desta segunda-feira, dia 3, para apresentar as pautas do governo para 2025. Depois, os três presidentes participam da abertura oficial das atividades legislativas no Congresso Nacional.

No sábado, dia 1, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AM) conquistaram maioria nas eleições das duas casas com ampla margem entre os parlamentares. Motta recebeu 444 dos 513 deputados e Alcolumbre 73 dos 81 senadores.

Para o cientista político Cláudio Couto, “as eleições não alteraram o poder do centrão”, que “continua forte como sempre”.

O centrão é um grupo de partidos que compõem uma aliança informal e que mudam de posições políticas a depender do governo.

Em entrevista à Novabrasil, o especialista avalia que, apesar de o presidente da Câmara ter muito poder, “há caciques que têm muita influência”. Ele citou o deputado Arthur Lira com um exemplo.

“Você não vai votar naquele indivíduo para ser presidente da Câmara simplesmente por causa da trajetória. Mas essa é a condição para você conseguir colocar o nome do seu partido na vice-presidência ou primeira secretaria”, explica.

Além dos presidentes, os parlamentares também escolheram o vice-presidente e presidentes de comissões, como a de Constituição e Justiça e a de Orçamento, muito visadas.

“Isso passa por negociações muito intensas entre os vários partidos”, um elemento que, de acordo com Couto, também “entra na conta” para a escolha de uma liderança.

Couto finaliza ao explicar que, a partir de 2015, “o Congresso foram ganhando muito poder principalmente perante o executivo, sobretudo por controlar o orçamento”. Ele afirma que esse predomínio do centrão é um reflexo do poder que o Congresso ganhou [desde então].

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