Eleição em segundo turno não é outra eleição, diz cientista político
Eleição em segundo turno não é outra eleição, diz cientista político
Em entrevista à Novabrasil, Cláudio Couto, fala sobre as expectativas para o segundo turno e o papel de Lula e Bolsonaro nas eleições municipais
Eleições municipais raramente se decidem por causa do apadrinhamento de lideranças nacionais ou com o eleitor de olho na política nacional. O eleitor vota nas cidades pensando em questões de ordem municipal e dos problemas locais. A avaliação é de Claudio Couto, cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas.
Em entrevista à Novabrasil, Couto diz que as atuações do presidente Lula e de Jair Bolsonaro, em certa medida, deixaram a desejar em algumas cidades nessas eleições. “A gente supunha que essas duas lideranças nacionais estivessem fisicamente mais presentes nos municípios com candidatos apoiados por elas”, afirma Couto.
São Paulo é um desses exemplos, onde o presidente Lula não esteve presente em comícios ao lado de Guilherme Boulos, do PSOL. Já o ex-presidente Bolsonaro também não foi figura presente. Segundo Claudio Couto, “o ex-presidente deu sinais muito ambíguos na eleição de São Paulo”. Já no Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem teve apoio de Bolsonaro e, na avaliação do cientista político, mesmo com a derrota, obteve bom volume de votos e isso é mérito também do apoio do ex-presidente.
Para o segundo turno, o tempo de rádio e tv será o mesmo para os candidatos. A propaganda eleitoral obrigatória será veiculada de 11 a 25 de outubro. O professor Cláudio Couto, entende que “não há outra eleição no segundo turno. É um segundo tempo de um jogo, que pode ter desdobramentos distintos”.
Lembrando que o segundo turno será realizado em 27 de outubro em 52 cidades brasileiras.