Cerca de 400 mil pessoas continuam sem luz em São Paulo

Cerca de 400 mil clientes da concessionária Enel continuam sem energia elétrica na região metropolitana de São Paulo. Os fortes ventos e chuvas da última sexta-feira, 11 de outubro, derrubaram árvores, que resultaram na queda de árvores e o apagão.

Com ventos de 107 km/h na noite de sexta-feira, a capital paulista registrou sua maior ventania desde 1995.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp) avaliaram que a resposta da Enel foi insuficiente e a empresa não mobilizou o eficiente necessário para casos climáticos.

Privatizada desde 1990, a concessionária demitiu quase 40% dos trabalhadores desde 2018.

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) afirmou em comunicado entrará na Justiça contra a Enel. O setor possui uma rede de 502 mil estabelecimentos e emprega cerca de 1,5 milhão de trabalhadores.

Em nota enviada à imprensa, a associação, que representa 10% do PIB, afirma que estabelecimentos ficaram impossibilitados de funcionar no fim de semana, período de maior movimento.

Em entrevista ao Jornal Novabrasil, o diretor-executivo da federação, Dr. Edson Pinto, dimensionou os impactos no setor:

“Se nós recordarmos, cerca de 11 meses atrás, não faz nem um ano, tivemos aquele apagão na cidade e apuramos prejuízos de R$ 500 milhões. No momento, estamos apurando cerca de R$ 100 milhões em prejuízo“.

Pinto também apontou que o setor fica à mercê do “péssimo serviço prestado” e que não só os representantes perdem com a falta de energia:

“Quem perde é toda a economia desse capital enorme que deixa de circular, fornecedores que não irão receber, trabalhadores que não irão ganhar caixinha, tributos que não serão pagos e atrapalhará na questão da saúde, educação, mobilidade“.

Confira: