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Maior bicheiro do Rio é preso em Operação do Ministério Público

Sergio Leao
10:47 29.10.2024
Jornal novabrasil

Maior bicheiro do Rio é preso em Operação do Ministério Público

Operação do Gaeco alega que Rogério de Andrade mandou matar o rival Fernando Iggnácio, genro e herdeiro de Castor de Andrade

Sergio Leao - 29.10.2024 - 10:47
Maior bicheiro do Rio é preso em Operação do Ministério Público
FOTO: MPRJ

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência cumpriram, na manhã desta terça-feira (29), mandados de prisão contra o bicheiro Rogério de Andrade e Gilmar Eneas Lisboa.

O Gaeco do MP do Rio denunciou os dois à Justiça pelo homicídio qualificado de Fernando de Miranda Iggnacio, ocorrido em novembro de 2020, no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes. Rogério de Andrade foi preso em casa, na Barra da Tijuca e Gilmar em Casimiro de Abreu, também em sua residência.

Ainda segundo o Ministério Público, a vítima Fernando Iggnacio e o mandante do crime, Rogério de Andrade, são, respectivamente, genro e sobrinho do falecido contraventor Castor de Andrade. Os mandados da operação “Último Ato” foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e foram cumpridos na Barra da Tijuca e em Casimiro de Abreu.

FOTO: MPRJ

Em março de 2021, o Ministério Público denunciou Rogério de Andrade pelo mesmo crime. No entanto, em fevereiro de 2022, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por maioria de votos, trancar a ação penal contra o contraventor, alegando falta de provas que demonstrem seu envolvimento no crime como mandante.

Por meio de novo Procedimento Investigatório Criminal, equipes do Gaeco identificaram não só sucessivas execuções protagonizadas pela disputa entre os contraventores Fernando Ignnacio e Rogério de Andrade, mas também a participação de outra pessoa no homicídio de Fernando.

Ainda segundo a denúncia, Gilmar Eneas Lisboa foi o responsável por monitorar a vítima até o momento do crime.

Em 2021: Ministério Público denuncia Rogério de Andrade e outros cinco homens pelo homicídio de Fernando Iggnacio

O Ministério do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 3ª Promotoria de Investigação Especializada, denunciou à Justiça seis homens pelo assassinato de Fernando de Miranda Iggnacio, ocorrido em 10 de novembro de 2020 no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes.

A vítima Fernando Iggnacio e o mandante do crime, o denunciado Rogério de Andrade, são, respectivamente, genro e sobrinho do falecido contraventor Castor de Andrade, que foi chefe do jogo do bicho no Estado do Rio de Janeiro

Segundo a denúncia, oferecida na quinta-feira (11/03) junto à 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, o crime foi cometido por Rodrigo Silva das Neves, Ygor Rodrigues Santos da Cruz, vulgo Farofa, Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, vulgo Pedrinho, e Otto Samuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, seguindo ordens de Marcio Araujo de Souza e Rogério Costa de Andrade e Silva, vulgo Patrão.

A denúncia descreve que, por volta das 9h, os quatro primeiros denunciados chegaram de automóvel ao local do crime, tendo três deles invadido o terreno baldio que faz divisa com o heliporto, munidos de, pelo menos, duas armas de fogo de alta energia cinética (fuzis PARA FAL e AK-47, ambos de calibre 7,62 mm).

Após aguardarem por cerca de quatro horas, Fernando Iggnacio desembarcou em seu helicóptero, retornando de Angra dos Reis.

Os denunciados, então, posicionaram suas armas em cima do muro contíguo ao do estacionamento do heliporto, a uma distância de, aproximadamente, quatro metros do local onde estava estacionado o automóvel dele. A vítima foi alvejada com três disparos, um deles na região da cabeça.

Conforme a denúncia, Marcio Araujo de Souza, um dos responsáveis pela segurança pessoal de Rogério de Andrade, foi o responsável por contratar, a mando de Rogério, os demais denunciados para executarem o crime.

A investigação identificou que Rodrigo das Neves e Ygor da Cruz já trabalharam como seguranças da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, cujo patrono é Rogério de Andrade. Todos os seis foram denunciados por homicídio qualificado.

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