Felicidade Interna Bruta: Brasil adota índice de bem-estar em 2025
Felicidade Interna Bruta: Brasil adota índice de bem-estar em 2025
Inspirado no modelo do Butão, o Brasil começará a usar o índice FIB para medir a qualidade de vida da população
Em um movimento inovador, o Brasil começará a aplicar o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) em 2025. O indicador, criado pelo Butão, mede o bem-estar da população com base em fatores como saúde, moradia e sustentabilidade.
O tema foi abordado por Caio Queiroz, CEO da Quama Ambiental, no Jornal Novabrasil, apresentado por Heródoto Barbeiro. Segundo ele, o índice vai além dos dados econômicos.
“O FIB analisa também as condições ambientais e sociais, além da economia, para traçar um panorama mais completo do desenvolvimento de um país”, explicou.
Fernando de Noronha será área de testes
No Brasil, o índice será testado inicialmente em Fernando de Noronha, um dos destinos turísticos mais cobiçados do país, mas que enfrenta desafios sociais significativos.
“Apesar de viverem em um paraíso, muitos moradores estão insatisfeitos devido à sobrecarga de trabalho, que os impede de aproveitar o local”, destacou Caio.
O uso do FIB em Noronha promete identificar esses gargalos e propor soluções que integrem desenvolvimento sustentável e qualidade de vida. “O índice permitirá uma visão mais abrangente das reais necessidades da população”, acrescentou.
Felicidade e sustentabilidade: uma relação necessária
Caio ressaltou como o FIB pode alinhar sustentabilidade e bem-estar. Ações como separar o lixo ou economizar água podem ser encaradas sob um novo ângulo.
“Se explicarmos que isso resulta em bairros mais limpos e melhora a vida das pessoas, o conceito de sustentabilidade ganha um apelo mais forte”, afirmou.
Embora o Butão seja pioneiro no uso do FIB, países como Portugal também começaram a explorar o indicador.
Ainda não há um órgão internacional para regular o índice, mas Caio acredita em sua expansão global. “Essa é uma tendência natural, porque no final, todo mundo quer ser feliz”, disse.
Um futuro de políticas públicas baseadas no bem-estar
Com a implementação do FIB, o Brasil poderá desenvolver políticas públicas mais eficazes, baseadas em dados que vão além do Produto Interno Bruto (PIB). O índice é visto como uma ferramenta que amplia a visão sobre o que significa progresso e desenvolvimento humano.
“O Butão mostrou que é possível usar o FIB para criar políticas voltadas às reais demandas da população. O Brasil pode aprender muito com esse exemplo”, concluiu Caio.