
Exclusivo: o plano de Ibaneis para “manter a direita unida” no DF
Exclusivo: o plano de Ibaneis para “manter a direita unida” no DF
O governador do Distrito Federal concedeu entrevista ao jornalismo da Novabrasil e comentou o cenário da política local para 2026.

Em entrevista exclusiva ao jornalismo da Novabrasil, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), revelou seu plano para, nas palavras dele, “manter a direita unida” na capital do país.
Em seu segundo mandato no Executivo local, após uma reeleição em primeiro turno no último pleito, Ibaneis reforçou que pretende se licenciar em 2026 para disputar uma das duas vagas ao Senado.
“Acho que tem como a gente compor uma boa chapa do grupo de direita. Se não houver grandes devaneios pessoais, a gente consegue manter esse grupo unido. O que me importa é manter a direita unida”, disse Ibaneis.
O Palácio do Buriti passaria, então, a ser comandado pela atual vice-governadora, Celina Leão (PP), que já tocou o governo local quando do afastamento de Ibaneis por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) em razão das investigações envolvendo o 8 de janeiro de 2023.
“Lealdade” de Celina
Ibaneis voltou a exaltar a “lealdade” de Celina e detalhou que a sua intenção é costurar um acordo para que a atual vice seja a cabeça de chapa em 2026, tendo algum nome do Republicanos na vaga de vice. Nesse sentido, circulam nos bastidores nomes como os da senadora e ex-ministra de Jair Bolsonaro Damares Alves e do deputado federal Fred Linhares, ambos do Republicanos, cujo presidente nacional é o deputado federal por São Paulo Marcos Pereira, com quem Ibaneis tem conversa agendada para depois do segundo turno das eleições municipais.
Pelos planos de Ibaneis revelado na entrevista exclusiva à Novabrasil, as duas vagas ao Senado desse grupo político ficariam reservadas para o MDB e para o PL. A vaga do MDB seria justamente do governador. E a do PL poderia ficar com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Ibaneis acrescentou que, no entender dele, o atual senador Izalci Lucas (PL) não deve disputar o Buriti em 2026. O governador afirmou, ainda, que conversa com o PSD, comandado no DF pelo empresário e ex-governador Paulo Octávio, para que a legenda também esteja junto com o grupo nas próximas eleições.
Campo progressista
Do lado do campo progressista, surgiram duas pré-candidaturas ao Governo do Distrito Federal nesta semana. Em entrevista ao Correio Braziliense, o ex-deputado federal Geraldo Magela, do PT, se lançou ao GDF. No dia seguinte, Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, colocou à disposição o nome de Ricardo Cappelli, que tocou a intervenção federal na Segurança Pública do DF após o 8 de janeiro.
À Novabrasil, Ibaneis avaliou que a intenção de Magela de voltar à vida política é sinal de que “o PT não conseguiu se renovar”. Sobre Cappelli, o governador afirmou que ele “vai ter que conhecer Brasília”. Ibaneis ainda lembrou o nome do ex-deputado distrital e atual presidente nacional do Iphan, Leandro Grass, derrotado por Ibaneis em 2022.
“O Leandro também se diz candidato. Tem que ver como eles vão se resolver”, comentou.
Turismo e seleção brasileira
Além de abordar temas como trânsito e mobilidade, obras, segurança e economia, Ibaneis também anunciou à Novabrasil a possibilidade de a CBF transferir do Rio de Janeiro para Brasília o centro de treinamento oficial da seleção brasileira. O governador do DF afirmou que tem “bom relacionamento” com a CBF, lembrou que a entidade recentemente inaugurou um novo espaço na capital federal e deixou claro que as conversas estão em andamento para firmar Brasília como “a capital da seleção brasileira”.
Assista à íntegra da entrevista com Ibaneis Rocha: