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“Quem brilhou foram as mulheres”, diz Elaine Trevisan sobre Olimpíadas de Paris

Camilo Mota
12:12 12.08.2024
Esportes

“Quem brilhou foram as mulheres”, diz Elaine Trevisan sobre Olimpíadas de Paris

Brasil encerrou a participação dos jogos olímpicos com 20 medalhas; as 3 medalhas de ouro foram conquistadas por mulheres

Camilo Mota - 12.08.2024 - 12:12
“Quem brilhou foram as mulheres”, diz Elaine Trevisan sobre Olimpíadas de Paris
Brasil pode quebrar recorde de medalhas nos jogos de Paris | Foto: Divulgação

Com 277 atletas, a delegação olímpica braseira encerrou sua participação na edição de Paris dos jogos olímpicos com saldo de 20 pódios. O país conquistou a 20ª posição da tabela e 20 medalhas, sendo três douradas, sete pratas e 10 de bronze. E com maioria feminina.

As três últimas medalhas brasileiras vieram com a participação das equipes femininas, a de vôlei e de futebol. Na quadra, Duda e Ana Patrícia brilharam e conquistaram o ouro contra o Canadá no vôlei de praia. Já na quadra, a seleção entrou em quadra contra a Turquia no sábado (10) e garantiu o bronze.

Em campo, a seleção de futebol perdeu para os Estados Unidos por 1×0 e fechou a participação brasileira garantindo mais uma prata para o quadro de medalhas. “Prata com gostinho de ouro”, nas palavras da jornalista e narradora Elaine Trevisan em entrevista ao Jornalismo Novabrasil.

Ela ressaltou que “No país do futebol, quem brilhou foram as mulheres”, ao relembrar o brilhante desempenho das equipes, no caso da seleção, atuação da Lorena Silva e Gabi Portilho, e a ausência da seleção masculina.

A jornalista apontou que o Brasil venceu uma barreira social que vem de todas as partes da sociedade e mostra as mulheres ocupando novos espaços.

“O ouro pode ser mais significativo, mas eu acho que só de entender que chegamos ao último dia das olimpíadas com apenas um time para torcer, e ele era de mulheres, numa disputa de final, é a maior representação de que os tabus estão caindo no país no futebol e de qualquer outro país”, afirmou.

Brasil nas Olimpíadas

Sobre a participação do país, o comentarista Fabio Piperno afirmou que “vibrou com grandes desempenhos individuais, também se emocionou”, “mas são casos isolados, que estão dando certo“.

Piperno apontou o “salto imenso de qualidade” na ginástica brasileira, com o trabalho de Oleg Ostapenko e revelação de Daniele Hypólito e Daiane dos Santos que resultaram no fenômeno Rebeca Andrade. Na canoagem, Jesus Morlán foi um marco que resultou no sobressalto de Isaquias Queiroz e Ana Sátila.

O jornalista questionou, porém, “como pode o Brasil chegar atrás inclusive do Uzbequistão” no quadro de medalhas?

O país trouxe 20 medalhas agora, mas se tirarmos a 5 que foram conquistas nos novos esportes, surf e skate, e no judô por equipes, restam 15, a mesma quantidade que o Brasil ganhou 28 anos atrás em Atlanta, quando o Reino Unido ganhou as mesmas 15 medalhas e hoje o Reino Unido tem 65

Piperno valorizou o patrocínio do Estado, governo federal, Forças Armadas e governos estaduais para os atletas, mas questionou a falta de apoio da iniciativa privada.

“É aí que acho que está faltando. As empresas do Brasil comparecem muito pouco. Quando se fala de apoio para o esporte, temos que entender como falta mais recursos estruturantes e também apoio privado. Não adianta dizer que alguém que ganhou tem uma história de vida sensacional se amanhã e depois empresas irão ignorá-los” e sumir do noticiário para reaparecer só daqui a quatro anos.

Paralimpíadas

Apesar do fim oficial das Olimpíadas, a partir do dia 28 de agosto, Paris recebe as Paralimpíadas. O Brasil será representado por 276 atletas, um recorde, e com muita expectativa. Na última edição, o país ficou em 8º lugar com maior número de medalhas, 72.

Os jogos acontecerão até o dia 8 de setembro.

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