
Impacto da taxação de aço e alumínio brasileiros: como a decisão de Trump afeta a economia
Impacto da taxação de aço e alumínio brasileiros: como a decisão de Trump afeta a economia
Donald Trump anunciou taxação sobre o aço e alumínio brasileiros, e especialistas alertam para consequências econômicas graves, como aumento de preços e menos empregos; a situação pode gerar um confronto diplomático com os Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai importar tarifas sobre o aço e alumínio brasileiros a partir desta segunda-feira, 10 de fevereiro. A medida, que atinge diretamente as exportações do Brasil para o mercado norte-americano, gerou repercussões negativas na economia nacional. A ação poderá impactar no aumento dos preços internamente quanto na redução da produção.
Durante entrevista com o jornalista Herodoto Barbeiro no Jornal Novabrasil, o economista Roberto Luís Troster, explicou as consequências da decisão de Trump: “Economicamente, o aço e alumínio vão ficar mais caros, você vai exportar menos, produzir menos. É menos produção”.
Segundo o especialista, o Brasil enfrentará uma sobrecarga interna desses produtos, o que levaria a uma queda nos preços domésticos, impactando diretamente a indústria e o mercado de trabalho.
Com isso, o cenário descrito pelo especialista pode resultar em uma série de desdobramentos negativos para a economia brasileira. “Menos crescimento, menos arrecadação e menos emprego”, afirmou Troster.
Da mesma forma, de acordo com ele, a taxação pode ainda levar o Brasil a buscar uma solução no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), onde poderá processar os Estados Unidos e exigir reparações.
Impacto nas Relações Internacionais
Além do impacto econômico, a medida pode acirrar as tensões diplomáticas entre os dois países. “Os Estados Unidos fazem a primeira ‘agressão’ econômica, a resposta vem a seguir, é uma escalada que não convém a ninguém”, disse o especialista.
Conforme o economista exploca, uma disputa comercial só traria prejuízos para ambos os lados, destacando que, na maioria das vezes, “em uma briga, todos saem perdendo”.
Por um lado, a taxação também traz à tona uma nova dinâmica geopolítica. O economista acredita que os Estados Unidos estão se isolando no cenário global:
“É uma oportunidade para o Brasil fortalecer os laços com Europa e Ásia”, comentou. Para ele, a ação de Trump pode se revelar um “tiro no pé”:
Por outro lado, em relação à competitividade da indústria brasileira, o economista ressaltou que o Brasil é mais eficiente na produção de aço e alumínio do que os EUA:
“Eles não conseguem produzir aos mesmos preços brasileiros. Nós somos mais eficientes”, destacou. Ainda para Troster, a taxação visa proteger os industriais norte-americanos e não a indústria dos Estados Unidos.
No entanto, a longo prazo, os impactos dessa decisão devem ser sentidos tanto no campo econômico quanto no campo diplomático.
Por fim, resta saber como os governos reagirão a essa escalada de tensões e quais serão as medidas do Brasil na OMC.
Confira a entrevista durante o Jornal Novabrasil: