Diego Amorim: Você tem um ‘capinha’?

Na coluna Conexão Brasília desta terça-feira (25), na Novabrasil FM, comento uma imagem do Supremo Tribunal Federal que viralizou nos últimos dias: funcionários segurando as cadeiras para que os ministros se sentem. Esses funcionários são conhecidos como “capinhas”, porque usam uma espécie de toga pequenina.

Diante da repercussão, o STF precisou divulgar uma nota para dizer que “não existe um profissional no tribunal dedicado exclusivamente a arrumar as togas e empurrar as cadeiras dos ministros”. Esses “capinhas” são assistentes dos ministros, que fazem serviços de secretariado e, entre outras coisas, podem realmente ajudá-los na hora em que se acomodam nas cadeiras do tribunal.

A partir desse episódio, comento sobre outras práticas e outros hábitos de Brasília que podem ser encarados como próprios da “liturgia do cargo”, mas que muitas vezes se confundem com privilégios e regalias bancados com dinheiro público. E são situações que não se restringem ao Judiciário.

Privilégios, nós sabemos, inebriam, cegam, fazem com que muitos se sintam superiores ou mais importantes, o que é um risco.