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Ataque do Irã foi demonstração de força no Oriente Médio

Roberto Nonato
11:20 15.04.2024
Jornalismo

Ataque do Irã foi demonstração de força no Oriente Médio

Mesmo com poucos artefatos caindo em Israel, o Irã manda recado

Roberto Nonato - 15.04.2024 - 11:20
Ataque do Irã foi demonstração de força no Oriente Médio
Ataque do Irã foi demonstração de força no Oriente Médio

O ataque do Irã contra Israel é o tema mais discutido no mundo nas últimas horas. Na ação, no fim de semana, o Irã lançou centenas de drones e mísseis sobre o território israelense. Quase 99% deles foram interceptados por Israel e aliados. O resultado foi uma pessoa com ferimento grave e outras com ferimentos leves.

O governo iraniano declarou que deu uma resposta ao ataque contra seu consulado em Damasco, na Síria, no dia primeiro de abril. O ataque, que foi atribuído à Israel, matou 7 pessoas, entre elas um dos líderes da Guarda Revolucionária do Irã. Do lado de Israel, o governo segue com reuniões e avalia uma resposta aos iranianos.

O cenário não poderia ser pior, após os ataques do Hamas contra Israel em outubro de 2023 e que resultaram numa ação de Israel contra a Faixa de Gaza. Já houve confrontos contra o Hezbollah, no Líbano, ações dos Houthis, grupo do Iemên, no Mar Vermelho e agora essa mobilização iraniana.

Confira entrevista abaixo:

Em entrevista à Novabrasil, o Doutor em Direito Internacional pela PUC Minas, Vladimir Feijó, destacou que o Irã mostrou força ao indicar que pode alcançar o território israelense. Ele também lembra que “o estrago foi feito no deserto do Negev e na região das colinas do Golã. Outra coisa é que apenas um terço dos mísseis e drones foram derrubados por Israel, os demais foram abatidos com ajuda de aliados”, diz ele.

Vladimir Feijó entende que o conflito é regional, mesmo envolvendo vários atores. Isso também gera complicações para uma solução pacífica. O professor salienta que há 3 saídas para os atritos: o meio jurídico com tratados em tribunais, o meio diplomático que é a conversa e a mediação e o terceiro meio é o político.

Nesse sentido, ele lembra que a ONU segue sendo útil por ser uma ferramenta que tem padrões a serem cumpridos, mesmo com países que ainda não seguem à risca o que é proposto. Sem a ONU, nem reuniões para busca de soluções ocorreriam.

Na avaliação do especialista, o governo de Israel ganhou força, mas, ao mesmo tempo, teve sua defesa abalada à medida em que precisou de aliados para executar sua defesa.

O jornalista brasileiro, Márcio Foffu, que mora nos EUA, acredita que o conflito no Oriente Médio terá efeitos políticos e econômicos para os americanos. Ele lembrou que a atenção com o preço do petróleo e demais efeitos para economia pode entrar na corrido eleitoral que os EUA terão no final do ano.

Mesmo assim, o jornalista diz ainda que, de imediato, o ataque iraniano não tem impactado no dia a dia das pessoas nas ruas. “O americano já é acostumado com os EUA em estado de guerra. O que há hoje é que o americano médio não quer que o governo fique gastando dinheiro com guerras paralelas e sem protagonismo, como Ucrânia e Israel e Hamas”. Segundo ele, o receio de que os EUA possam ser alvo de ataques é algo que está sempre presente na vida dos americanos.

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