A cantora e compositora brasileira Adriana Calcanhotto ou Adriana Partimpim transita por diversos gêneros musicais, como samba, bossa nova, pop e baladas. De qualquer maneira é possível colocar Adriana em uma única definição quando analisamos sua vida e obra musical.

Continue a leitura e mergulhe na vida, carreira e obras dessa incrível artista brasileira!

Adriana Calcanhotto idade: 56 anos. Adriana Calcanhotto músicas: Inverno, Devolva-me e mais
Adriana Calcanhotto idade: 56 anos. Adriana Calcanhotto músicas: Inverno, Devolva-me e mais. | Foto: Wikimedia/José Goulão.

Conheça a Adriana Calcanhotto

Adriana Calcanhotto nasceu em Porto Alegre, em 1965. Ela sempre esteve rodeada de arte, desde pequena. Seu pai, Carlos Calcanhotto, é baterista de jazz e a mãe, Morgana Cunha, é bailarina e professora de música. Com apenas 6 anos de idade, Adriana ganhou seu primeiro violão e logo já aprendeu a tocar o instrumento e a cantar.

Tudo começou com apresentações em bares de Porto Alegre, e até mesmo participações em peças teatrais e festivais. Hoje, tem uma carreira de sucesso, com diversos álbuns e músicas famosas, além de ótimas colaborações do cenário musical brasileiro.

Carreira da cantora Adriana Calcanhotto

Lançou seu primeiro disco em 1990, pela gravadora CBS. A obra obteve muitos elogios e teve como primeiro sucesso a música Naquela Estação, presente no álbum, que também trouxe músicas de autoria e regravações de clássicos da MPB, como Sonífera Ilha, do grupo Titãs, Caminhoneiro, de Roberto e Erasmo Carlos, Disseram que eu voltei americanizada, que fez sucesso na voz de Carmem Miranda, e Nunca, do conterrâneo Lupicínio Rodrigues.

Adriana estava fazendo tanto sucesso que chegou a ser comparada com Elis Regina. 

Ainda falando da faixa Naquela Estação, ela entrou para a trilha sonora da telenovela global Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu (1990). Continuando a abrir portas, a canção, no ano seguinte, recebeu o Prêmio Sharp de revelação feminina. 

Em 1992, quando lançou Senhas, seu segundo trabalho, o repertório estava focado nas canções de autoria, com destaque para Esquadros e Mentiras, esta última foi incluída na trilha da novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa.

No ano de 1994, Adriana sentiu a necessidade de se expressar diferente, devido ao cansaço e sentindo a exposição exagerada na mídia.

Por isso, nesse mesmo ano, lançou o LP A fábrica do poema, com algumas doses de experimentalismo (poemas de Augusto de Campos, Gertrude Stein, textos do cineasta Joaquim Pedro de Andrade e parcerias com Waly Salomão, Arnaldo Antunes, Antônio Cícero e Jorge Salomão).

Seu terceiro disco, que também foi o último a ter versão em vinil, as faixas com de maior sucesso foram Metade e Inverno.

Seguiu com o álbum Marítimo, que começou a explorar a dance music (Pista de dança, Parangolé Pamplona), samples (Vamos comer Caetano), e a regravação de Quem vem para beira do mar, de Dorival Caymmi.

O maior sucesso do disco foi Vambora, que foi incluída na trilha de Torre de Babel, de Sílvio de Abreu, ganhando grande destaque. 

Em 2004, Adriana lançou o álbum Adriana Partimpim, uma seleção de canções para crianças. O nome do disco é inspirado em um apelido de infância e, segundo Adriana, seu pai continua a chamá-la assim. Esse é o sétimo álbum da carreira e um projeto inovador, que na verdade, foi iniciado em 1999.

Por este incrível trabalho, Adriana recebeu os prêmios Faz Diferença, do jornal O Globo, e na categoria Melhor Disco Infantil, o Prêmio Tim e recebeu um Disco de Ouro, por ter vendido mais de 100.000 cópias no Brasil.

Além disso, esse disco obteve grande sucesso em espetáculos e ainda foi nomeado para concorrer ao prêmio Grammy latino de melhor álbum infantil na casa de espetáculos nova-iorquina Madison Square Garden, no ano de 2006.

Seguindo na história de Adriana, a cantora participou da cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos no Rio de Janeiro em 2007. O trabalho mais recente foi o CD Maré, em 2008, uma seleção de canções da nova MPB. Duas músicas estiveram nas trilhas de novelas da Rede Globo: Mulher Sem Razão, em A Favorita, e Três, em Ciranda de Pedra.

Curiosidades sobre Adriana Calcanhotto

Confira, a seguir, algumas curiosidades sobre a cantora:

1. Adriana é professora

Adriana começou a ser professora no curso de letras da Universidade de Coimbra em 2007. Ela, que é embaixadora da instituição desde 2015, deu o curso Como escrever canções durante um semestre. Em 2020, ministrou o curso mais uma vez.

2. Lançou um livro

Adriana lançou seu primeiro livro, Saga Lusa, que saiu da sua experiência em Portugal com a turnê Maré. Segundo a cantora, foram 120 horas sem dormir com a soma de delírios. Os efeitos foram causados pela mistura de remédios para curar uma gripe forte. Ela escreveu o livro bem nesses momentos em que estava sem dormir, delirando e com medo. Saga Lusa tem escrita bem humorada e a própria autora ri de si mesma.

3. É apaixonada pelo mar

Desde 1998, Adriana Calcanhotto já deixou claro que ela era alucinada com o mar. Segundo ela, essa paixão é tanto em relação ao espaço físico como pelo metafísico. Isso pode ser detectável em suas obras, como nos álbuns Marítimo, Maré e Margem, uma trilogia. 

4. Acabou se apaixonando por criar para crianças

Como vimos, em 2004, a cantora gravou Adriana Partimpim. Esse era um projeto paralelo à sua carreira e não havia planos de fazer shows ou apresentações com ele. Inclusive, a ideia era fazer apenas um, ou dois. Mas, Adriana descobriu essa paixão por criar para crianças e agora, o Partimpim já conta com três discos. 

Principais sucessos da cantora

Confira agora, uma lista dos principais sucessos de Adriana Calcanhotto:

●     Devolva-me;

●     Fico Assim Sem Você;

●     Vambora;

●     Mentiras;

●     Esquadros;

●     Metade;

●     Cariocas;

●     Ciranda da Bailarina;

●     Inverno;

●     Maresia;

●     Mulher Sem Razão;

●     Era Pra Ser;

●     Pelos Ares;

●     Formiga Bossa Nova;

●     As Borboletas.

 E muitas outras canções.

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