Jogos das antigas: confira aqui os mais conhecidos no Brasil

Clarissa Sayumi
15:00 10.02.2025
Arte e cultura

Jogos das antigas: confira aqui os mais conhecidos no Brasil

Jogos de rua, tabuleiro e videogame que marcaram a infância brasileira, vem com a gente nessa viagem que talvez você nem se lembre

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- 10.02.2025 - 15:00
Jogos das antigas: confira aqui os mais conhecidos no Brasil
Foto: Freepik.

Os jogos antigos continuam vivos na memória de muitos brasileiros. Seja nas telas de consoles clássicos, nas lan houses dos anos 2000 ou nas brincadeiras de rua, essas experiências marcaram gerações e ajudaram a construir a relação do país com o universo dos games. Neste resgate nostálgico, relembramos alguns dos jogos mais populares no Brasil.

Clássicos dos videogames

Nos anos 80 e 90, o Atari e o Nintendinho (NES) abriram caminho para o sucesso dos videogames no Brasil. Jogos como River Raid, Enduro e Pitfall fizeram história no Atari, enquanto Super Mario Bros, Duck Hunt e Battletoads conquistaram os fãs do NES.

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Com a chegada do Super Nintendo e do Mega Drive, os jogos ficaram ainda mais populares. Títulos como Street Fighter, Donkey Kong Country e Top Gear tornaram-se febres no país. No lado da SEGA, Sonic, Mortal Kombat e Streets of Rage se destacaram.

Já nos anos 90 e 2000, o PlayStation 1 revolucionou a indústria e trouxe games icônicos como Crash Bandicoot, Winning Eleven e Resident Evil, que marcaram a transição para os gráficos tridimensionais.

Os jogos de PC e as lan houses

Se os consoles dominavam as casas, os jogos de PC reinavam nas lan houses. No início dos anos 2000, títulos como Counter-Strike, The Sims, Age of Empires e Ragnarok Online eram os favoritos dos jovens.

Jogos como Tibia também conquistaram um público fiel, dando início à cultura dos MMORPGs no Brasil e criando comunidades de jogadores que permanecem ativas até hoje. MMORPG significa “Massively Multiplayer Online Role-Playing Game”, ou seja, são games para uma grande quantidade de usuários, que usam muitos dos elementos existentes nos jogos de interpretação de papéis, os famosos RPGs.

Os jogos de tabuleiro e de rua

Antes da febre digital, os jogos de tabuleiro e de rua eram os principais passatempos das crianças.

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  • Banco Imobiliário: Na versão brasileira do Monopoly, os jogadores compram e vendem propriedades, administram dinheiro e tentam falir os adversários.
  • Imagem e Ação: Jogo de desenho e adivinhação que desafia a criatividade e a rapidez de raciocínio. Os jogadores precisam representar palavras ou frases por meio de desenhos sem usar letras ou números e as outras pessoas adivinham o que quer dizer.
  • War: Clássico jogo de estratégia em que o objetivo é conquistar territórios pelo mundo. As partidas envolvem planejamento, alianças e, às vezes, traições inesperadas.
  • Detetive: Um mistério a ser resolvido, os participantes devem descobrir quem cometeu um crime, em qual local e com qual arma. Cada jogador coleta pistas e tenta ser o primeiro a resolver o caso.

Brincadeiras de rua:

Veja também:

  • Queimada: Duas equipes tentam eliminar os jogadores adversários acertando-os com uma bola. Se alguém conseguir pegar a bola sem que ela toque no chão, ganha uma “vida” extra.
  • Pega-pega: Um participante corre atrás dos outros tentando tocar alguém para passar o papel de “pegador”. Existem variações como “Pega-pega congelante”, em que quem é pego deve permanecer parado até ser salvo.
  • Amarelinha: Desenhar no chão um percurso numerado e pular com um pé só até o final, sem pisar nas linhas. Algumas versões incluem desafios extras como girar antes de continuar.
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  • Bolinha de Gude: Jogo de precisão em que se tenta acertar as bolinhas dos oponentes para ganhá-las. Havia diferentes modos de jogo, como “triângulo” e “ciranda”.
  • Pular elástico: Uma mistura de dança e acrobacia em que os jogadores pulam sobre um elástico esticado em diferentes alturas. Os níveis vão dos tornozelos até a cintura.
  • Cinco Marias: Um jogo de coordenação em que pequenas pedrinhas ou saquinhos de areia ou arroz são jogados e recolhidos com diferentes desafios. O objetivo é pegar todas sem deixar nenhuma cair.
  • Gato Mia: Um jogador de olhos vendados tenta encontrar os outros apenas pelo som de “miau”. A graça da brincadeira está em se esconder em silêncio e enganar o pegador.
  • Alerta: O pegador grita “alerta cor” e os outros jogadores devem tocar rapidamente um objeto da cor anunciada. Quem não encontrar um objeto a tempo pode ser eliminado.
  • Corre Cotia: Uma brincadeira de roda em que um participante deixa um objeto atrás de alguém, que deve pegá-lo e correr antes de ser alcançado. Se for pego, troca de lugar com quem estava como pegador. E tem a musiquinha, né?

“Corre cotia
na casa da tia
Corre cipó
na casa da vó
Lencinho na mão
caiu no chão
Moça bonita do meu coração”

  • Dança da cadeira: os participantes correm ao redor de um círculo de cadeiras (uma a menos que o número de jogadores). Quando a música para, todos correm para sentar; quem não conseguir um lugar é eliminado, e uma cadeira é retirada. O jogo continua até restar apenas um jogador e uma cadeira, consagrando o vencedor!
  • Batata Quente: os jogadores ficam em círculo e escolhem um objeto para ser a “batata”. Os jogadores passam a batata o mais rápido possível uns para os outros enquanto um jogador de costas canta:
    “Batata quente, quente, quente, quente… queimou!”
    Quem estiver com a batata na hora do “queimou” sai do jogo até restar apenas um jogador, o vencedor.
  • Passa Anel: Todos os participantes sentam com as mãos fechadas. A pessoa que está com o anel passa por todas as mãos, mas esconde o anel em uma delas, sem que os demais vejam. Após passar por todos, escolhe um para que adivinhe quem está com o anel. Acertando, este se torna o novo passador.
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O futuro da infância: um convite à brincadeira

Seja nos pixels dos primeiros videogames, nos cliques dos PCs das lan houses ou nas brincadeiras de rua, os jogos das antigas continuam sendo divertidos e vivos na memória afetiva de muitos brasileiros.

Em um mundo cada vez mais dominado por telas e jogos digitais, é fácil esquecer das brincadeiras simples que preenchiam as tardes de muitas gerações de brasileiros. Amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, pular corda… era um tempo de liberdade, criatividade e muita diversão ao ar livre. Mas será que esses jogos, que tanto marcaram a nossa infância, estão fadados a desaparecer?

Diante desse cenário, fica o convite: que tal resgatar os jogos antigos em sua família, em sua escola, em sua comunidade? Que tal organizar uma tarde de brincadeiras, promover uma oficina de jogos antigos, criar um espaço de convivência onde as crianças possam brincar livremente?

Afinal, a infância é um tempo precioso, que merece ser vivido intensamente!

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