Ouça ao vivo
No ar agora

Cacá Diegues, ícone do Cinema Novo, será velado na ABL neste sábado, no Rio

Sergio Leao
12:08 14.02.2025
Arte e cultura

Cacá Diegues, ícone do Cinema Novo, será velado na ABL neste sábado, no Rio

Um dos mais renomados cineastas do país já teve sua trajetória homenageada pela escola de samba Inocentes de Belford Roxo

Sergio Leao - 14.02.2025 - 12:08
Cacá Diegues, ícone do Cinema Novo, será velado na ABL neste sábado, no Rio
FOTO: Cacá Diegues / ABL

O velório do cineasta Cacá Diegues acontecerá na manhã deste sábado (15) na Academia Brasileira de Letras (ABL). O diretor faleceu na madrugada desta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro, aos 84 anos. Após a cerimônia, seu corpo será cremado no Caju.

Diegues se preparava para uma cirurgia, mas, conforme comunicado da Clínica São Vicente, sofreu “complicações cardiocirculatórias” durante a madrugada.

Nascido em Maceió, em 19 de maio de 1940, Carlos José Fontes Diegues mudou-se para o Rio de Janeiro aos seis anos. Cresceu no bairro de Botafogo, na Zona Sul da cidade, onde viveu sua infância e adolescência.

Um dos fundadores do movimento Cinema Novo, Cacá Diegues esteve ao lado de nomes como Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade.

FOTO: Cacá Diegues / redes sociais

Ao longo de sua trajetória, dirigiu mais de 20 longas-metragens, incluindo obras premiadas como “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Veja esta canção” (1994), “Tieta do Agreste” (1995) e “Deus é Brasileiro” (2003).

Entre outros filmes de sua carreira estão: “Ganga Zumba” (1964), “Os herdeiros” (1969), “Joanna Francesa” (1973), “Chuvas de verão” (1978), “Quilombo” (1984), “Um trem para as estrelas” (1987), “Orfeu” (1999), “O maior amor do mundo” (2005) e “O grande circo místico” (2018), inspirado na obra do poeta Jorge de Lima.

Em 2012, recebeu uma homenagem no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

FOTO: Cacá Diegues / ABL

Já em 2016, a escola de samba Inocentes de Belford Roxo celebrou sua obra com o enredo “Cacá Diegues — Retratos de um Brasil em cena”, durante o desfile da Série A do carnaval carioca.

Eleito em 2018 para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, Cacá Diegues sucedeu o também cineasta e amigo Nelson Pereira dos Santos.

A cadeira já foi ocupada por figuras como Euclides da Cunha, Afrânio Peixoto, Afonso Pena Júnior, Hermes Lima, Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz e Sergio Corrêa da Costa.

Cacá Diegues deixa quatro filhos, dois deles de seu casamento com a cantora Nara Leão, além de três netos. Desde 1981, era casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães.

Siga a Novabrasil nas redes

Google News

Tags relacionadas

#novabrasil atualidades brasilidade Brasilidades Cacá Diegues cultura Especiais notícias Rio de Janeiro
< Notícia Anterior

Mata Atlântica perde 200 mil campos de futebol de florestas em 10 anos

14.02.2025 11:15
Mata Atlântica perde 200 mil campos de futebol de florestas em 10 anos
Próxima Notícia >

"Meu sonho é ganhar papel na franquia de James Bond", diz Fernanda Torres

14.02.2025 14:10
"Meu sonho é ganhar papel na franquia de James Bond", diz Fernanda Torres