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74 anos de Zé Ramalho: a vida, carreira e maiores sucessos do artista

Novabrasil
09:30 03.10.2023
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74 anos de Zé Ramalho: a vida, carreira e maiores sucessos do artista

Hoje é aniversário de um dos grandes nomes da nossa MPB: o cantor, compositor e instrumentista paraibano Zé Ramalho completa 74 anos neste 03 de outubro. Para homenageá-lo, confira uma matéria especial com um panorama de sua carreira, sucessos e trajetória pessoal. Aproveitem: Zé Ramalho Nascido em Brejo do Cruz, no sertão … Continued

Novabrasil - 03.10.2023 - 09:30
74 anos de Zé Ramalho: a vida, carreira e maiores sucessos do artista
Foto: Zé Ramalho/Divulgação
por Lívia Nolla

Hoje é aniversário de um dos grandes nomes da nossa MPB: o cantor, compositor e instrumentista paraibano Zé Ramalho completa 74 anos neste 03 de outubro. Para homenageá-lo, confira uma matéria especial com um panorama de sua carreira, sucessos e trajetória pessoal.

Aproveitem:

Foto: Zé Ramalho/Divulgação

Zé Ramalho

Nascido em Brejo do Cruz, no sertão da Paraíba, em 1949, José Ramalho Neto perdeu o pai – um seresteiro que já estava separado de sua mãe – com apenas três anos de idade e, por isso, foi criado por seus avós paternos.

Após passar a maior parte da sua infância em Campina Grande, sua família se mudou para João Pessoa, onde passou sua adolescência e o início da vida adulta, até os 25 anos. 

A família tinha a expectativa que ele se tornasse médico. Ele até passou no vestibular de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, mas abandonou o curso no segundo ano, pois a música já falava mais alto.

Início da carreira de Zé Ramalho

Influenciado pelo rock’n roll de The Beatles, Bob Dylan e da Jovem Guarda, somado à literatura de cordel, o repente e os cantadores e violeiros do sertão, Zé Ramalho iniciou sua carreira no fim dos anos 60, misturando elementos roqueiros e da música nordestina e criando uma identidade única e original.

Ele conta, em seu site oficial, que sua vida mudou quando escutou pela primeira vez a canção I Wanna Hold Your Hand, dos Beatles, e que –  após os 20 anos de idade – sua música sofreu influências regionais e da temática social derivada das dificuldades vividas pelos brasileiros.

Em João Pessoa, Zé Ramalho participou de alguns grupos musicais influenciados pela Jovem Guarda. Outros de seus ídolos eram:

  • Renato Barros (do grupo Renato e Seus Blue Caps);
  • Leno & Lílian;
  • Roberto Carlos;
  • Erasmo Carlos;
  • Golden Boys;
  • The Rolling Stones; e Pink Floyd.

Em 1974, o artista participou da trilha sonora do filme Nordeste: Cordel, Repente e Canção, da cineasta mineira Tânia Quaresma. A partir dessa experiência, encontrou o caminho da mistura entre os elementos nordestinos e roqueiros, que influenciaram toda a sua carreira.

Experimentalismo na parceria com Lula Côrtes

Em 1975, o artista lançou um álbum em parceria com o cantor e compositor pernambucano Lula Côrtes, chamado Paêbirú: Caminho da Montanha do Sol, que mistura gêneros musicais como o rock psicodélico, o jazz, e ritmos regionais do nordeste brasileiro. 

Trata-se de um disco de vinil duplo, com 11 faixas compostas pelos dois artistas e dividido em quatro lados, cada um dedicado a um dos quatro elementos da natureza: terra, ar, fogo e água. Entre as canções, estão:

  • Harpa dos Ares;
  •  Maracas de Fogo;
  • e Louvação a Iemanjá.

Considera-se este álbum como o fundador de uma psicodelia genuinamente brasileira, com elementos da cultura indígena.

O disco é, hoje, considerado uma relíquia e um dos vinis com maior valor comercial no Brasil. O álbum original vinha acompanhado de um livro, que trazia estudos sobre a região e informações sobre a lenda do Caminho da Montanha do Sol: uma estrada construída por indígenas há mais de mil anos, que ligava o Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico, do Machu Picchu à Paraíba.

Paêbirú representa o experimentalismo na fase seminal desses dois artistas, antes de irem para o sudeste trabalhar suas carreiras junto a produtores e gravadoras. Outros músicos, que depois tornaram-se grandes nomes da nossa MPB, também contribuíram para a gravação do álbum:

  • Alceu Valença;
  • e Geraldo Azevedo.

“Avôhai”: o primeiro álbum solo da carreira de Zé Ramalho

Em 1976, Zé Ramalho mudou-se para o Rio de Janeiro, com o intuito de ampliar suas possibilidades na carreira musical. Durante quase dois anos, desbravou a cidade, em busca de oportunidades para mostrar seu trabalho e gravar o tão sonhado primeiro LP solo.

Nessa época, passou por muitas dificuldades, por conta da falta de recursos para moradia e alimentação. Em 1978, finalmente lançou o seu primeiro álbum solo, autointitulado Zé Ramalho, mas conhecido como Avôhai, que é o nome do seu primeiro grande sucesso. 

Avôhai

A canção é uma homenagem ao seu avô, que o criou como pai, e uma mistura das duas palavras – avô e pai – criada por . Outros grandes clássicos deste primeiro disco são as canções:

  • Vila do Sossego;
  •  Chão de Giz;
  • Bicho de Sete Cabeças (parceria com Geraldo Azevedo e Renato Rocha, ainda apenas instrumental);
  • e A Dança das Borboletas (parceria com Alceu Valença).

Já com este primeiro trabalho, Zé Ramalho tornou-se conhecido e um sucesso no Brasil inteiro.

O álbum conta com a participação de vários artistas, como:

  • Sérgio Dias;
  • Dominguinhos;
  • Altamiro Carrilho;
  • Bezerra da Silva;
  • Amelinha (com quem Zé Ramalho foi casado);
  • e Elba Ramalho (sua prima).

A Peleja do Diabo com o Dono do Céu

Em 1979, o artista lançou seu segundo álbum, A Peleja do Diabo com o Dono do Céu, ou Zé Ramalho 2, que ganhou disco de ouro e trouxe novos estrondosos sucessos:

  • Frevo Mulher;
  • Admirável Gado Novo;
  • Garoto de Aluguel (Taxi Boy);
  • e Beira Mar.

Segundo o artista, o álbum – que conta com a participação de Jorge Mautner, Pepeu Gomes e Amelinha – retrata um cantador que vê a vida de forma maniqueísta entre Deus e o Diabo.

Agônico é uma faixa instrumental executada exclusivamente por Zé Ramalho neste disco, que toca violas, baixo, percussão, tambor, piano, pandeiro e faz os efeitos vocais.

Admirável Gado Novo

Admirável Gado Novo, um dos maiores sucessos da história do paraibano, cita algumas ideias contidas no livro Admirável Mundo Novo, do escritor britânico Aldous Huxley, e reflete sobre as contradições de uma sociedade capitalista, massificada, sob um regime autoritário.

Zé Ramalho a escreveu pensando na população nordestina, que cruzava a seca atrás de trabalho e condições melhores.

Foto: Mário Luiz Thompson/Divulgação Redes Sociais

Esse foi um tempo de enormes plateias, execuções maciças nas rádios, apresentações nos programas de TV e boas vendas de discos para Zé Ramalho. Em 1980, ele se mudou do Rio de Janeiro para Fortaleza, onde escreveu e publicou o livro de poesias Carne de Pescoço.

Mais álbuns de sucesso na carreira de Zé Ramalho

Em 1981, o paraibano lançou seu terceiro disco A Terceira Lâmina, que conta com 11 composições somente suas e – entre outras – com o sucesso da faixa-título e das músicas Galope Rasante e Canção Agalopada. O álbum conta com a participação da prima de , Elba Ramalho.

Já em 1982, lançou o disco Força Verde, com 10 composições somente suas e temática mística e metafórica – como a mitologia grega – que surgia cada vez mais presente em sua obra. Entre os sucessos, as canções:

  • Eternas Ondas;
  • Banquete dos Signos;
  • e Beira-Mar (Capítulo II), continuação da primeira Beira-Mar, lançada em 1979. 

Em 1983, o artista lançou o álbum Orquídea Negra, com música-título da autoria de Jorge Mautner e com participação de Fagner. O cantor e compositor cearense também participou das faixas:

  • Filho do Câncer (parceria entre Zé Ramalho e Fagner);
  • e Xote dos Poetas (de Zé Ramalho e Capinan).

Outras faixas de destaque do disco são: Táxi-Lunar (parceria com Geraldo Azevedo e Alceu Valença e que conta com a participação de A Cor do Som), e Para Chegar Mais Perto de Deus (com participação de Egberto Gismonti).

Armandinho e o Trio Elétrico de Dodô e Osmar participam da faixa Dominó.

Fase menos vendável

Os meados dos anos 80 trouxeram um pequeno decréscimo nas suas vendas de discos e na popularidade, como Zé Ramalho conta em seu site oficial. 

São desta época os álbuns:

  • Pra Não Dizer Que Não Falei de Rock ou Por Aquelas Que Foram Bem Amadas (de 1984, que conta com a participação de Erasmo Carlos, Wanderléa e Zezé Motta);
  • De gosto, de Água e de Amigos (de 1985, que conta com a participação dos Golden Boys e de Tavito e com a regravação de Paralelas, de Belchior);
  • Opus Visionário (de 1986, que conta com a participação de Geraldo Azevedo e com a regravação de Um índio, de Caetano Veloso);
  • e Décimas de um Cantador (de 1987, que conta com o sucesso Mulher Nova, Bonita E Carinhosa Faz O Homem Gemer Sem Sentir Dor, parceria com Otacílio Batista). 

Mesmo com a baixa venda dos discos, em 1985, o artista atingiu grande sucesso com a música Mistérios da Meia-Noite, presente no álbum De gosto, de Água e de Amigos e popularizada pela trilha sonora da novela Roque Santeiro, da Rede Globo.

Em 1990 e 1991, Zé Ramalho fez shows nos Estados Unidos, para plateias brasileiras, por ocasião do evento de Halloween, impulsionados pelo sucesso de Mistérios da Meia-Noite.

Volta às paradas de sucesso

Em 1991, Zé Ramalho volta às paradas de sucesso, com o lançamento do disco Brasil Nordeste, que traz grandes clássicos da música nordestina como:

  • Baião, Asa Branca e Qui Nem Jiló (todas de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira);
  • Carcará (de João do Vale e José Cândido);
  • Chiclete com Banana (Gordurinha e Almira Castilho);
  • O Xote das Meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas);
  • Disparada (Geraldo Vandré e Theo de Barros);
  • e Paralelas (Belchior);
  • além dos próprios sucessos da carreira de Zé Ramalho: Frevo Mulher. Avôhai, Eternas Ondas e Admirável Gado Novo.

Em 1992, foi a vez do disco Frevoador, após quatro anos sem álbuns de inéditas, que traz o super sucesso Entre a Serpente e a Estrela, versão de Aldir Blanc para a canção Amarillo By Morning, de Terry Stafford e Paul Fraser. A música entrou para a trilha sonora da novela Pedra Sobre Pedra, na TV Globo.

A música-título deste disco é uma versão de Zé Ramalho para a clássica Hurricane, de Bob Dylan.

Em 1996, sua canção Admirável Gado Novo volta a fazer imenso sucesso, por fazer parte da trilha sonora da novela O Rei do Gado, também da TV Globo, vendendo mais de três milhões de cópias. 

Neste mesmo ano, Zé Ramalho lançou o disco Cidades e Lendas, após mais de quatro anos sem lançar canções inéditas. Entre as músicas:

  • a faixa-título (parceria com Fausto Nilo);
  • Bomba de Estrelas (parceria com Jorge Mautner);
  • Para um Amor no Recife (de Paulinho da Viola);
  • e Profetas (de Tavito e Aldir Blanc).

O Grande Encontro

Ainda em 1996, o artista estreou o show de imenso sucesso nacional, O Grande Encontro, ao lado de Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho. O encontro virou disco, trazendo grandes clássicos da MPB e da música nordestina, e vendeu mais de um milhão de cópias. 

Entre as principais canções de Zé Ramalho no álbum, estão os sucessos:

  • Frevo Mulher;
  • Chão de Giz (que ele canta junto com Elba);
  • Admirável Gado Novo;
  • e Jacarepaguá Blues (interpretada por Alceu Valença).

também interpreta no disco as canções:

  • Sabiá (de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, junto com os outros três artistas);
  • Coração Bobo (de Alceu Valença, junto com o pernambucano);
  • Trem das Sete (de Raul Seixas);
  • e O Amanhã É Distante (junto com Geraldo Azevedo, autor desta versão da canção Tomorrow Is a Long Time, de Bob Dylan).

Em 1997, dessa vez sem Alceu Valença, os artistas lançaram a versão em estúdio de O Grande Encontro II. Entre as composições de Zé Ramalho neste disco, estão os sucessos:

  • Bicho de 7 Cabeças II (parceria com Geraldo Azevedo e Renato Rocha, dessa vez com letra, que foi trilha do filme homônimo, de Laís Bodanzky, no ano 2000, na voz de Zeca Baleiro);
  • Banquete dos Signos;
  • Eternas Ondas;
  • Miragens e Pedras e Moças (essas duas últimas, parcerias com Geraldo Azevedo). 

20 anos de carreira de Zé Ramalho

Também em 1997, para celebrar seus 20 anos de carreira, Zé Ramalho lançou o álbum duplo 20 anos – Antologia Acústica, um sucesso de vendas, que traz grandes clássicos consagrados de toda a sua carreira, além da sua versão Batendo Na Porta do Céu, para a canção Knockin’ On Heaven’s Door, clássico de Bob Dylan.

O álbum conta com a participação de Frejat, tocando guitarra acústica em algumas faixas, e de Dominguinhos, tocando acordeon em outras.

Ainda em 1997, a escritora Luciane Alves lançou o livro Zé Ramalho – um Visionário do século XX.

Em 1998,o artista lançou o disco Eu Sou Todos Nós. A capa do álbum é uma colagem de várias fotos formando o rosto de Zé Ramalho, o que seria uma alusão ao título do disco.

Neste álbum, a canção Beira-Mar – Capítulo Final é a conclusão de uma trilogia iniciada em Beira-Mar (do disco Zé Ramalho 2, em 1979) e continuada em Beira-Mar – Capítulo II (do álbum A Força Verde, em 1982).

A letra da trilogia vem de um folheto de cordel escrito por em 1977 e intitulado Apocalypse. A primeira parte desse texto aparece em Canção Agalopada, que faz parte do disco A Terceira Lâmina, de 1981.

Nação Nordestina

No ano 2000, Zé Ramalho lançou o CD duplo Nação Nordestina, com 20 sucessos da sua região natal, uma ode à música e à cultura do nordeste, sendo indicado para o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regional.

A capa do disco é uma homenagem à capa do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. É um álbum conceitual que conta a história de um viajante que percorre todo o nordeste do Brasil.

Entre os sucessos do disco:

  • Intróito à Nação (de Zé Ramalho, com participação de Naná Vasconcelos);
  • Pra não Dizer Que Não Falei das Flores (de Geraldo Vandré);
  • Lamento Sertanejo (de Gilberto Gil e Dominguinhos);
  • Hino Nordestino e Paraí-Ba (ambas de Moraes Moreira);
  • Seres Alados (de Zé Ramalho, com participação de Fagner);
  • Bandeira Desfraldada (de Vital Farias, com participação de Elba Ramalho);
  • e Amar Quem Eu Já Amei (de João do Vale e Libório, com participação de Ivete Sangalo).

O Grande Encontro 3

Também em 2000, Zé Ramalho participou – mais uma vez com seus parceiros Elba Ramalho e Geraldo Azevedo – de O Grande Encontro 3, que conta com a participação de Lenine, Belchior e Moraes Moreira e que também foi lançado em DVD.

Entre suas canções, estão no disco:

  • Táxi Lunar (parceria com Geraldo Azevedo e Alceu Valença);
  • A Peleja Do Diabo Com O Dono Do Céu;
  • Garoto de Aluguel (Taxi Boy);
  • Galope Rasante;
  • e A Terceira Lâmina.

Em 2001, o artista lançou o CD e DVD Zé Ramalho Canta Raul Seixas, com clássicos do eterno Maluco Beleza, como: Metamorfose Ambulante, Ouro de Tolo e O Trem das Sete, além de uma composição de feita especialmente para o roqueiro baiano: Para Raul.

No mesmo ano, Zé Ramalho dividiu o palco com Elba Ramalho, no Rock in Rio III.

E ele não pára!

Em 2002, o artista lançou o disco O Gosto da Criação, com músicas inéditas como: A Única Coisa Que Eu Quero e Aprendendo a Vencer. O disco conta com a participação de Yamandu Costa no violão da faixa-título.

Em 2003, lançou o álbum duplo Estação Brasil, com regravações de clássicos da música brasileira que o influenciaram, como:

  • Águas de Março (de Tom Jobim);
  • O Trenzinho Do Caipira (de Villa-Lobos e Ferreira Gullar);
  • O Que É, O Que É (de Gonzaguinha);
  • Meu Bem Querer (de Djavan);
  • Não Quero Dinheiro (de Tim Maia);
  • Romaria (Renato Teixeira);
  • Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira);
  • além da inédita Nesse Brasil Cabôco De Mãe Preta E Pai João.

No mesmo ano, fez uma participação especial na faixa Sinônimos (de César Augusto, Paulo Sérgio e Cláudio Noam), no álbum Aqui Sistema é Bruto, de Chitãozinho & Xororó, que tornou-se um grande sucesso e foi gravada por Zé Ramalho no seu próximo disco.

Primeiro álbum Ao Vivo da carreira

Em 2005, Zé Ramalho lançou o seu primeiro álbum Ao Vivo da carreira, em CD e DVD, com canções já consagradas de seu repertório, além de Sinônimos.

Em 2007, foi a vez do CD e DVD Parceria dos Viajantes, com várias convidadas especiais e indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira:

  • Daniela Mercury;
  • Pitty;
  • Sandra de Sá;
  • e Zélia Duncan

Entre as faixas:

  • O Rei do Rock (parceria com Zeca Baleiro);
  • A Nave Interior (parceria com Chico César);
  • Montanhas Sensuais (parceria com Jorge Mautner);
  • Do Muito e do Pouco (parceria com Oswaldo Montenegro);
  • Porta de Luz (parceria com Dominguinhos);
  • e Chamando O Silêncio (parceria com Toni Garrido, Da Ghama, Lazão e Bino Farias, do Cidade Negra).

Em 2008, o artista lançou, pelo selo Discobertas, um álbum ao vivo, gravado em 1976, chamado Zé Ramalho da Paraíba, uma coletânea de raridades do cantor, de quando ainda era desconhecido do grande público.

No mesmo ano, lançou também o disco Zé Ramalho Canta Bob Dylan – Tá Tudo Mudando, com versões de canções do seu grande ídolo (a maioria reescrita em português), como:

  • Como Uma Pedra a Rolar (Like a Rolling Stone);
  • e O Vento vai Responder (Blowin’in the Wind). 

Antes da gravação, todas as versões foram levadas aos Estados Unidos pelo presidente da Sony Songs, Aloysion Reis, para a apreciação de Bob e seus assessores. O cantor aprovou todas elas “com louvor”. O álbum foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro.

Em 2009 e 2010, Zé Ramalho lançou mais três tributos: a Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e The Beatles, com versões em que coloca a sua identidade em grandes clássicos desses três artistas como:

  • Assum Preto e Paraíba (Gonzaga e Humberto Teixeira);
  • Lamento Cego e Cantiga do Sapo (de Jackson e Buco do Pandeiro);
  • e In My Life e If I Fell (dos Beatles Lennon e McCartney).

Avôhai Music

Em 2012 – junto com a esposa Roberta Ramalho inaugurou seu próprio selo, o Avôhai Music, com o álbum de canções inéditas Sinais dos Tempos. Entre as canções: Indo com o Tempo, Sinais e Anúncio Final. Seu filho, João Ramalho, participa do álbum com alguns vocais de apoio.

Em 2013, o paraibano cantou mais uma vez no Rock in Rio, dessa vez acompanhado do grupo de heavy metal Sepultura. Vale lembrar que essa parceria já havia acontecido anteriormente, quando eles gravaram juntos a canção A Dança das Borboletas, para a trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro, de 2003.

Em 2014, Zé Ramalho lançou um CD e DVD ao vivo com o amigo e parceiro Fagner, cantando os sucessos das carreiras dos dois, intitulado Fagner & Zé Ramalho.

Em 2015, o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro lançou o CD e DVD Chão de Giz – Zeca Baleiro Canta Zé Ramalho, interpretando vários sucessos do paraibano.

Em 2016, lançou – por meio do seu selo, Avôhai Music – o disco Zé Ramalho Sinfônico – Ao Vivo.

Em 2017, foi a vez de Atlântida, álbum que recupera um show de 1974, quatro anos antes de Zé Ramalho se tornar um sucesso, e que conta com canções como Táxi Lunar e Jacarepaguá Blues.

Avôhai 40 anos – Remake Pop Rock

Em 2018, Zé Ramalho lançou um remake do seu primeiro álbum da carreira, com o título de Avôhai 40 anos – Remake Pop Rock. Cada faixa foi gravada por um artista diferente, contando com as participações de três dos seus seis filhos.

No ano seguinte, fez a mesma coisa: um remake do seu segundo disco, chamado de A Peleja 40 anos – Remake Pop Rock e também com a participação dos filhos.

Em 2019, editou o CD ao vivo Cine Show Madureira, de 1979, em parceria com o selo Discobertas, que conta com sucessos de sua trajetória.

No mesmo ano lançou – também por seu selo –  o CD e DVD Zé Ramalho Ao Vivo na Paraíba, também com grandes clássicos de sua carreira.

Em 2021, durante a pandemia da Covid-19, ele lançou mais um box pela parceria Avôhai Music/Discobertas, intitulado Garimpo das Raridades, trazendo uma compilação de raridades nunca antes gravadas e participações com muitos amigos ao longo da carreira.

Em 2022, foi a vez do seu mais recente álbum de estúdio, Ateu Psicodélico, que Zé Ramalho descreve como:

“Um manifesto no turbilhão de imagens de vocábulos para contrastar com a música praticada atualmente no Brasil. É para as cabeças que viajam sem sair do lugar.”. 

São 12 canções inéditas, que nasceram durante o isolamento que a COVID impôs, e que reconectam o paraibano ao movimento musical que agitou a cena underground do Recife, ao longo dos anos 1970.

Feliz Aniversário, Zé Ramalho!

Por: Lívia Nolla

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