Atemporais, do Spotify, ressalta a importância e a atemporalidade da MPB

Atemporais, o mais novo projeto de música popular brasileira do Spotify, sobre o qual nós adiantamos um pouco aqui, já está no ar!

Oito grandes artistas do cenário atual da nossa música regravaram suas versões de canções de quatro mestres gigantes da nossa MPB, que estão completando 80 anos em 2022:

• De Paulinho da Viola, Criolo gravou o clássico Argumento e Emicida gravou a canção Não Quero Vingança;
• De Gilberto Gil, Pabllo Vittar gravou Back in Bahia e Linn da Quebrada, Babá Alapalá;
• De Milton Nascimento, Ludmilla gravou o sucesso Maria Maria e Djonga, Travessia;
• E, de Caetano Veloso, Marina Sena gravou Da Maior Importância e Mari Fernandez gravou Você Não Entende Nada.

A importância de Milton Nascimento, Gilberto Gil, Paulinho da Viola e Caetano Veloso

No último dia 19 de outubro, a nossa pesquisadora musical e apresentadora, Lívia Nolla, esteve no evento de lançamento do projeto, em São Paulo – ao lado do também pesquisador, jornalista, escritor e crítico musical, Lucas Nobile –  para falar da importância de Milton, Gil, Paulinho e Caetano para a nossa cultura e também apresentar quais os motivos que tornam essas grandes lendas da nossa música Atemporais.

Lívia também contou aos presentes no evento – a maioria jovens da chamada Geração Z – a história de cada uma das faixas regravadas.

“Esses quatro artistas já são Atemporais por si só: criadores originais, revolucionários e transgressores no que fizeram, transformando nossa música para sempre, com os movimentos que encabeçaram, seja a Tropicália, o Clube da Esquina ou um movimento de renovação do samba a partir do encontro do clássico com o moderno”, disse Lívia.

E completou: “Além disso, eles seguem se reinventando até hoje, abraçando a modernidade sem deixar de lado o que os formou. Todos eles cantam sobre coisas atemporais também, como os abismos sociais, as opressões, a ancestralidade, o amor, a amizade, a esperança, a força do nosso povo…“.

Lívia Nolla também ressaltou a importância de uma iniciativa como essa do Spotify Brasil, de honrar quem construiu a história da nossa MPB:

“Projetos como esse são essenciais para a nossa cultura: a ideia de apresentar releituras feitas por oito artistas tão jovens e plurais, com representatividades diversas – de diversas regiões do país, artistas pretos, LGBTQIA+, periféricos, que vêm do rap, do samba, do pop, do piseiro, do funk… que representam tão bem o nosso Brasil e que conversam com a nova geração de forma tão intensa e direta, com um alcance antes inimaginável”. 

“Esses nomes levam a música dos octogenários para novos horizontes, novas leituras, novos ares, honrando os que vieram antes. A música é isso, é nossa raiz, é a é ancestralidade, é o encontro do diferente, de gerações… Essas quatro lendas também já fizeram isso com quem os influenciou: honraram João Gilberto, Cartola, Gonzagão, Pixinguinha, Caymmi… E, um dia, esses oito jovens artistas também serão homenageados por outros”, concluiu a apresentadora e pesquisadora musical da Novabrasil durante o evento.

Atemporais: As releituras das oito canções estão sendo lançadas aos poucos

As releituras das oito canções estão sendo lançadas aos poucos pelo Spotify, na playlist Atemporais no dia 19 mesmo, foram lançadas as versões da Marina Sena e Mari Fernandez para as canções de Caetano Veloso (que estão a cara delas, por sinal!).

No dia 26 de outubro – data em que Milton Nascimento completou 80 anos – a plataforma de streaming de música lançou as versões de Ludmilla e Djonga para as músicas de Bituca. 

Já as canções de Paulinho da Viola interpretadas por Criolo (acompanhado das Clarianas, grupo musical formado pelas cantoras Martinha Soares, Naloana Lima e Naruna Costa) e Emicida (acompanhado dos Prettos, dupla de samba formada por Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira),  entram no ar no dia 9 de novembro, três dias antes do sambista completar 80 anos.

E Pabllo Vittar e Linn da Quebrada nos darão a honra de conhecer suas releituras das canções de Gilberto Gil no dia 16 de novembro! 

Acompanhem! E viva os nossos octogenários Atemporais!