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A sonoridade contemporânea de Giovani Cidreira, no Vitrine

Novabrasil
14:00 09.06.2023
Vitrine com livia nolla

A sonoridade contemporânea de Giovani Cidreira, no Vitrine

Giovani Cidreira, o Gio, é um dos nomes mais inventivos da cena brasileira. O cantor, compositor, arranjador e instrumentista soteropolitano é o convidado da semana do Vitrine, com Lívia Nolla. Em sua arte, Gio explora diferente sonoridades. Tem como base um híbrido de rock contemporâneo com claras influências da MPB dos anos setenta, como Milton Nascimento … Continued

Novabrasil - 09.06.2023 - 14:00
A sonoridade contemporânea de Giovani Cidreira, no Vitrine
A sonoridade contemporânea de Giovani Cidreira, no Vitrine

Giovani Cidreira, o Gio, é um dos nomes mais inventivos da cena brasileira. O cantor, compositor, arranjador e instrumentista soteropolitano é o convidado da semana do Vitrine, com Lívia Nolla.

Em sua arte, Gio explora diferente sonoridades. Tem como base um híbrido de rock contemporâneo com claras influências da MPB dos anos setenta, como Milton Nascimento e Caetano Veloso, e sonoridades contemporâneas das mais diversas localidades. Seu trabalho é essencialmente autobiográfico e dialoga diretamente com a literatura, o audiovisual e as artes visuais.

Givani Cidreira nasceu na periferia de Salvador, no bairro de Valéria – lugar onde suas vivências o transformaram no artista multiplo que é. Em 2006, Giovani Cidreira inicia sua carreira musical como vocalista da banda Velotroz, com quem lançou trabalhos como EPs Parque da Cidade(2009) e o disco “História do Tempo” (2015).

Em entrevista ao Vitrine, Giovani Cidreira reflete sobre sua trajetória | Foto: novabrasil

No final de 2014, Gio seguiu carreira solo com o lançamento do primeiro registro de suas canções no EP Giovani Cidreira. A faixa Ancohuma, do EP, foi vencedora do prêmio de Melhor Música com letra no XII Festival de Música da Educadora FM.

Seu primeiro disco, o elogiado Japanese Food, veio em 2017, com repertório de músicas criadas entre 2012 a 2015, algumas delas escritas quando o artista tinha entre 14 e 15 anos. As faixas expressam suas experiências e sentimentos em temas essencialmente existenciais e cotidianos. Com o trabalho, Gio ganhou projeção nacional.

Dois anos depois, em 2019, Giovani lançou Mix$take, trabalho que inaugurou um novo conceito visual e cênico, apresentado em shows por todo o Brasil e Europa. Foi nessa época que o codinome GIO surge.

Em 2020, o artista lança mais dois discos: Estreite, resultado da parceria com a cantora, compositora e violonista Josyara, e MANO*MAGO, encontro com o produtor e multiartista Mahal Pita – um trabalho que mistura o cancioneiro popular brasileiro com o universo da música negra.

Em 2021, a partir de uma visita sua a Valéria, bairro onde cresceu, e também a também Santo Amaro da Purificação, no interior da Bahia, de onde veio sua família, Gio lança o álbum Nebulosa Baby, que – segundo o artista – é o seu encontro com sua negritude. O trabalho conta com participações de artistas como Alice Caymmi, Jadsa e Josyara.

O trabalho veio acompanhado de um álbum visual e uma websérie que realça a ancestralidade periférica e nordestina do músico, que é traçada através de uma perspectiva afrofuturista.

“Uma coisa que é muito forte na periferia é o respeito a arte.” diz Giovani Cidreira

Em conversa com Lívia Nolla, Giovani falou um pouco sobre cada um dos seus trabalhos. Dedicado intensamente em cada projeto seu, o artista revela que, para contar a história de um álbum, ele mergulha na atmosfera do disco, vestindo um personagem, uma faceta nova a cada trabalho.
O artista também falou sobre sua raiz, sua infância e adolescência na Bahia. Refletiu sobre temas sensíveis como a fome, a vontade de estar em ambientes que disseram que não eram dele e a realidade pautada pela violência e a falta de infraestrutura em Valéria. Ainda sobre seus primeiros anos de vida, relembrou como foi uma criança com a imaginação muito solta.
Neste época, começou  a escrever sobre as coisas que o incomodavam e a cantarolar aquilo que escrevia. Sua família toda percebeu esse movimento e deu um violão de presente para Giovani. Ele, que sempre foi um garoto muito tímido – percebeu que a música podia aproximá-lo das pessoas. Apesar de sua família não conseguir enxergar a arte como possibilidade de trabalho, sempre apoiaram a sua felicidade e os seus sonhos.
Gio também contou o que escutava na infância nos anos 90: chorava ouvindo Luiz Gonzaga, ouvia também Roberto Carlos, Zezé di Camargo, e – depois – na adolescência, encantou-se com Legião Urbana. O artista também refletiu sobre valorizarmos a nossa brasilidade e sobre ser um porta-voz de um pensamento.
Ouça o episódio na íntegra:

Sobre o ‘Vitrine’

Vitrine chega na grade da novabrasil para celebrar os novos talentos da música brasileira. Nomes expoentes da nossa música ganharão espaço e destaque na programação da rádio.

Apresentado por Lívia Nolla, pesquisadora musical e garimpeira de carteirinha, é no Vitrine que os ouvintes vão conhecer os artistas e os sons que estão se destacando na cena musical.

Confira a playlist oficial do programa:


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