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Especial Emicida, parte 4

Novabrasil
15:00 24.08.2022
Brasilidade

Especial Emicida, parte 4

Chegamos a mais uma matéria do Especial Emicida – uma série especial em homenagem a vida e carreira de Emicida, o multiartista que marcou a história da música brasileira. Se você ainda não leu as matérias anteriores, clique aqui. Na parte 4 do Especial, vamos falar da expressão da presença de Emicida em grandes palcos … Continued

Novabrasil - 24.08.2022 - 15:00
Especial Emicida, parte 4
Especial Emicida, parte 4

Chegamos a mais uma matéria do Especial Emicida – uma série especial em homenagem a vida e carreira de Emicida, o multiartista que marcou a história da música brasileira. Se você ainda não leu as matérias anteriores, clique aqui.

Na parte 4 do Especial, vamos falar da expressão da presença de Emicida em grandes palcos mundo afora, assim como outras conquistas do artista como o documentário Sobre Noiz e o Prêmio GQ Brasil Men Of The Year.

 

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Emicida, internacional

Coachella, Rock in Rio e SWU

Em abril de 2011, Emicida foi o primeiro rapper brasileiro a se apresentar em um dos maiores festivais de música dos Estados Unidos: o Coachella, na Califórnia. Histórico!

Aqui no Brasil, em setembro, na edição de 2011 do Rock in Rio, Emicida subiu duas vezes aos palcos do evento: participou do show da banda NX Zero, na canção Só Rezo 0.2, no palco principal, e subiu ao Palco Sunset juntamente com a banda Cidade Negra e o sambista Martinho da Vila.

Em novembro deste mesmo ano, Emicida subiu ao palco Consciência, no festival de música SWU, realizado na cidade de Paulínia, em São Paulo.

Se em 2009 ele não ganhou nenhum dos prêmios aos quais foi indicado no VMB da MTV, em 2011 ele levou Videoclipe do Ano (com o clipe de Então Toma!) e Artista do Ano. Ainda se apresentou na premiação, dando a seguinte declaração:

“Estamos promovendo uma reforma-agrária na música brasileira”.

Doozicabraba e a Revolução Silenciosa

Ainda em 2011, Emicida lançou o seu segundo EP: Doozicabraba e a Revolução Silenciosa. Produzido pelos norte-americanos do K-Salaam & Beatnick, e gravado em uma passagem por Nova York durante uma tour pelos EUA, tem participações da cantora Paola Lucio, Rael Da Rima, Evandro Fióti, Don Pixote e MV Bill.

Contendo nove faixas – além de uma faixa bônus presente somente no CD físico – o download do disco foi disponibilizado gratuitamente na internet, e para baixar era necessário postar um tweet. Entre as faixas, os sucessos: Zica, Vai Lá e Viva! (Melô dos Vileiro).

Musicalmente, o EP mostra um Emicida um pouco mais brando vocalmente, porém se mantendo no estilo lírico de seus trabalhos anteriores, tomando como principais temas suas dificuldades e relacionamentos ao longo da carreira de modo observador.

The Rise of Emicida

No mesmo ano, é lançado o documentário The Rise of Emicida, que fala dos seus primeiros anos até chegar à ascensão na carreira, pelo The Creators Project, da revista estadunidense-canadense Vice.

Em 2013, foi lançado o álbum Criolo & Emicida Ao Vivo, uma parceria entre os dois principais rappers que chegaram para transformar e reacender a cena rap na primeira década dos anos 2000.  O álbum conta com Juçara Marçal e Rael da Rima fazendo parte do coro e participações especiais de Rodrigo Campos e Mano Brown, e traz sucessos dos dois artistas. Todo o material foi disponibilizado para descarga digital, de forma gratuita no site do projeto.

O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui

No mesmo ano, Emicida lança aquele que chamou de seu primeiro álbum de estúdio: O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui. Com influências diversas da música popular brasileira, o disco marcou presença nos primeiros lugares das principais listas de melhores discos de 2013, sendo inclusive escolhido o disco do ano pela revista Rolling Stone.

Entre as principais canções, estão diversos grandes sucessos, como:

  • Levanta e Anda (com participação de Rael da Rima);
  • Nóiz;
  • Zoião;
  • Crisântemo (sobre seu pai, com a participação de sua mãe, Dona Jacira);
  • Sol de Giz de Cera (participação de Tulipa Ruiz e da primeira filha de Emicida, Estela);
  • Trepadeira (participação de Wilson das Neves);
  • Hino Vira-Lata (Part. Quinteto em Branco e Preto)
  • e Samba do Fim do Mundo (participação de Fabiana Cozza e Juçara Marçal).

Além disso, o álbum conta com o hit Hoje Cedo, que traz a participação da cantora e compositora baiana Pitty e que – depois de anos, já em AmarElo, Emicida declara que não, “não era um hit, era um pedido de socorro”. Na canção, o artista fala sobre as consequências do sucesso, o dinheiro e a exposição na sua vida: 

“Um daqueles momentos em que você arranca o coração do próprio peito e esfrega ele em uma folha até que a vida faça algum sentido. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é e cantar sobre as agruras de ser artista é complexo, principalmente quando você consegue lembrar nitidamente do quão doloroso é não ser artista. Poucas coisas doem tanto quanto ser um artista, mas não poder estar próximo da arte.”.

Ainda em 2013, Emicida ganhou o prêmio de Melhor Intérprete pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). 

Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa

Em 2015, o artista realizou uma viagem de 20 dias ao continente africano, passando pelos países Madagascar, Cabo Verde e Angola. A experiência da viagem e a conexão com músicos locais lhe serviu de inspiração e como base para o álbum que estava por vir que também marcou a carreira de Emicida: Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa.

O título, aliás, sintetiza a essência dessa viagem, que rendeu não só mais um disco, mas também um encontro com suas raízes e uma transformação em sua vida:

“Durante a viagem, esses pontos do título foram imagens muito fortes na minha mente: crianças sorrindo, quadris dançando, pesadelos em volta deles, tentando roubar a alegria que lhes restou, e no meio de tudo isso cada um cumpria suas obrigações, fazia sua lição de casa. Achei que no meio de tanta informação poderia ter um título que apontasse essas imagens todas, como uma lista de coisas que encontrei”, diz Emicida.

Do disco – que também resultou no documentário Sobre Noiz, que mostra o processo de gravação e também as questões políticas e sociais dos países por onde Emicida e sua equipe passaram – além dos músicos locais, participam nomes como Vanessa da Mata (na canção Passarinhos), Caetano Veloso (em Baiana), de Dona Jacira e Anna Tréa (na canção Mãe), e dos rappers Drik Barbosa e Rico Dalasam (em Mandume)

A canção Chapa faz uma denúncia conta a violência policial a homens e meninos negros no Brasil, e a música e o clipe de Boa Esperança, trazem criticas ao racismo e às injustiças sociais, com foco no descaso e abuso que empregadores tem com empregadas domésticas. 

O clipe conta com a participação do próprio rapper, de Domenica e Jorge Dias – filhos do rapper Mano Brown – de Divina Cunha e Raquel Dutra – moradoras da ocupação Mauá no centro de São Paulo – e de Dona Jacira, mãe de Emicida. Tanto Divina, quanto Jacira e Raquel já trabalharam como empregadas domésticas.

Em 2016, Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Urbana.

Prêmio GQ Brasil Men Of The Year

No São Paulo Fashion Week de 2016, Emicida – juntamente com seu irmão Fióti e com o estilista João Pimenta – lançaram na sua marca Laboratório Fantasma uma coleção de roupas intitulada LAB. Desde então, a marca já participou de três desfiles da SPFW, rompendo os padrões da moda e trazendo diversidade para o palco do desfile, com roupas com influências das culturas orientais e africanas utilizadas por modelos plus size, cabelos black power e um pessoas com vitiligo. O cantor e compositor Seu Jorge esteve entre os modelos do primeiro desfile.

Na edição seguinte, o tema era “herança”, e as roupas utilizavam influências do rap e do samba, com bordados da mãe de Emicida e Fióti, Dona Jacira. Wilson das Neves e Fabiana Cozza participam do desfile. Em 2018, a coleção utiliza cores mais claras do que nos outros desfiles da marca, e a cantora IZA estava entre as modelos.  

Em 2017, Emicida e Rael fizeram uma parceria com dois rappers portugueses – Capicua e Valete – e lançaram o álbum Língua Franca. A canção A Chapa é Quente, deste álbum, foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção de Música Urbana.

No mesmo ano, Emicida, Rael e Fióti ganharam o Prêmio GQ Brasil Men Of The Year, da revista GQ, na Categoria Música, representando o Rap Nacional.

No fim de 2017, Emicida realizou a gravação de seu primeiro DVD, em comemoração ao aniversário de 10 anos do lançamento de Triunfo, com os principais sucessos da sua carreira e participações de suas parcerias mais constantes.

Em 2018, o artista lança seu primeiro livro infantil, intitulado Amoras, onde ele traz um diálogo que teve com sua filha Estela, debaixo de um pé de amoras. Uma história cheia de simplicidade e poesia, que mostra a importância de nos reconhecermos nos pequenos detalhes do mundo e nos orgulhamos de quem somos – desde criança e para sempre – com referências à religião e à resistência afro. Na música Amoras, Emicida canta:

“Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. 

Ainda em 2018, Emicida participou – juntamente com Djonga, Rael, Bk’, Rincon Sapiência e Mano Brown – de uma música e videoclipe intitulados O Céu é o Limite, trazendo uma representatividade para o negro no Brasil ao juntar três gerações diferentes do rap, de três estados diferentes do país. No mesmo ano, Emicida passou a integrar o elenco de apresentadores do programa Papo de Segunda, do Canal GNT.

O Especial Emicida, que narra a vida e carreira de Emicida, chega a sua última matéria na sexta, 26 de agosto. Então, deixamos o convite para você continuar acompanhando por aqui, no site da Novabrasil.

Emicida é um dos grandes nomes que marcarão presença no Festival Novabrasil 2022, juntamente com Rael, Drik Barbosa e Fióti (Lab Fantasma). Para saber mais sobre o FNB22, clique aqui.

Leia a matéria anterior:

Especial Emicida, parte 3


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