
Mansur: “China acelera com IA e o Ocidente vai ficar assistindo?”


Mauricio Mansur
Diretor de mkt e inovação, conselheiro e palestrante
Mansur: “China acelera com IA e o Ocidente vai ficar assistindo?”
Mas nem tudo são flores. A velocidade chinesa tem um preço; entenda


Enquanto boa parte do Ocidente ainda debate a regulação da inteligência artificial, a China está colocando a tecnologia pra rodar em ritmo acelerado. E não é só em testes: a IA já está nas escolas, nos hospitais e nos laboratórios farmacêuticos. Resultado? Ganhos reais de produtividade, escala e vantagem competitiva.
Nos hospitais, por exemplo, o sistema DeepSeek já ajuda médicos a identificar doenças com mais precisão e agilidade. Não estamos falando de PowerPoint ou piloto de inovação — estamos falando de atendimento real, de gente sendo cuidada por sistemas que aprendem a cada diagnóstico. Além disso desde 2024 funciona o Agent Hospital, desenvolvido pela Universidade Tsinghua em Pequim, um hospital 100% virtual onde médicos, enfermeiros e pacientes são agentes de IA treinados com modelos de linguagem avançados
Na educação, a inteligência artificial está sendo incorporada à base do currículo. O foco? Ensinar pensamento crítico, resolução de problemas e adaptação tecnológica desde cedo. Não é pra substituir professores, é pra formar um novo tipo de aluno: mais conectado com a realidade do século XXI.
E no setor farmacêutico, empresas como a XtalPi estão transformando a forma de criar medicamentos. Com algoritmos, simulações e IA generativa, o que levava anos agora pode levar meses. Isso reduz custos, acelera tratamentos e abre espaço pra inovação em larga escala.
Mas nem tudo são flores. A velocidade chinesa tem um preço: menos discussão pública, menos transparência, menos proteção aos dados individuais. Por lá, a IA avança porque esbarra em menos “travões”. O modelo é centralizado, direto, autoritário. Funciona para resultados rápidos, mas levanta questionamentos éticos e sociais que ainda não têm resposta.
No Ocidente, o movimento é outro. A preocupação com privacidade, ética e impacto social faz com que cada passo seja mais lento. E embora isso traga uma camada importante de segurança, o risco é ficar pra trás na corrida global.
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Então a pergunta que não quer calar: o que vale mais — a velocidade de quem chega primeiro ou a solidez de quem pensa duas vezes antes de agir?
Enquanto a China acelera, o Ocidente precisa decidir se quer participar da corrida… ou só comentar da arquibancada.
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