
“PT precisa ampliar a participação nas periferias”, diz Edinho Silva
“PT precisa ampliar a participação nas periferias”, diz Edinho Silva
Confira abaixo a íntegra da entrevista exclusiva ao jornalismo da Novabrasil


O ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro do governo Dilma Rousseff, Edinho Silva, disse nesta terça-feira (29) que o Partido dos Trabalhadores (PT) precisa ampliar a participação nas periferias brasileiras, onde a legenda perdeu força nas últimas eleições municipais.
Ele é pré-candidato à presidência da legenda, que vai escolher um novo presidente nacional em 6 de julho, após a saída de Gleisi Hoffmann, que assumiu a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo.
“Nós temos uma nova classe trabalhadora se formando no Brasil e a nossa dificuldade é dialogar com essa nova classe trabalhadora. O PT nasceu como um partido capaz de dialogar e ter presença na vida desses trabalhadores”, afirmou em entrevista exclusiva ao jornalismo da Novabrasil.
Filiado à legenda há cerca de 40 anos, Edinho Silva ponderou que o partido do presidente Lula também precisa melhorar o diálogo com lideranças religiosas. “O PT tem que entender essa mudança, conversar, reconhecer as crianças evangélicas. [É preciso] respeitar as opções religiosas de cada pessoa, mas o partido precisa ter uma presença maior junto às lideranças religiosas das periferias”, avaliou.
Sobre a possibilidade de a escolha de um novo presidente para a legenda distrair a base, quando o governo precisa de mais união, Edinho disse que “o ideal seria que esse processo de eleição interna tivesse ocorrido num outro momento”. Ele reconheceu que o governo Lula vive, agora, um momento em que é preciso aumentar sua capacidade de entrega.
“O partido precisava estar mais focado, apoiando o governo de forma efetiva de diálogo com a sociedade, mas o importante é que a gente saia desse processo com o partido unificado e organizado”, disse.
Veja também:
Confira abaixo:
Hoje o partido é liderado interinamente pelo senador Humberto Costa. Para a votação de julho, além de Edinho Silva, há outros quatro candidatos:
O secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira;
O prefeito de Maricá, Washington Quaquá;
O deputado federal Rui Falcão;
Valter Pomar, historiador e membro do Diretório Nacional do PT