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Depois de 25 anos de Chavismo, venezuelanos acreditam em mudança

Novabrasil
12:38 26.07.2024
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Depois de 25 anos de Chavismo, venezuelanos acreditam em mudança

Em entrevista à Novabrasil, moradores do país vizinho e especialistas acreditam ser possível vitória da oposição após 11 anos de Maduro no poder

Novabrasil - 26.07.2024 - 12:38
Depois de 25 anos de Chavismo, venezuelanos acreditam em mudança
Fim de semana será decisivo no futuro da Venezuela

Por Heloísa Cipriano e Michelle Trombelli

Neste domingo (28), os venezuelanos vão às urnas para escolher o presidente que vai comandar o país. O atual presidente Nicolás Maduro concorre com o ex-diplomata Edmundo González Urrutia. Em entrevista ao Nova Manhã, a venezuelana executiva de RH, Marines Solis, disse que já estava difícil sair de casa na quinta-feira por causa do clima tenso de encerramento de campanha.

Alguns levantamentos mostram Maduro com quase 30 pontos percentuais de vantagem sobre o opositor Urrutia. Porém, outras pesquisas apontam vitória de Urrutia, com 40 pontos à frente. Para Marines, o clima é de que a Venezuela terá novas lideranças. “Já não se fala mais em oposição e sim, em mudança, de uma liderança unificada e de uma sociedade farta, que precisa sair de tudo isso”, explicou.

Ainda segundo a executiva de RH, a sensação popular das Forças Armadas da Venezuela não estão dispostas a uma repressão ao povo nas ruas se essa for a determinação de Nicolás Maduro em caso de derrota nas eleições. “Se o povo sair nas ruas, eles não vão defender a ditadura e não vão atacar as pessoas; e isso é muito importante, porque é necessária a postura deles de reconciliação com a sociedade”, apontou Marines.

A venezuelana Marines se prepara pra votar domingo e acredita em mudança

“As pessoas não tem mais medo”, diz professora

Conforme a professora María Verónica Torres, da Universidade de Monte Ávila, que também foi entrevistada no Nova Manhã, Maduro perderia por uma margem de 70 por cento, mas ainda não se sabe ao certo quem pode estar à frente do país nos próximos anos.

Além disso, existe uma outra figura por trás da campanha de Edmundo González Urrutia contra o governo: a ex-deputada ultraliberal María Corina Machado, que não pôde concorrer à presidência porque está inabilitada de ocupar cargos públicos por 15 anos pela Justiça venezuelana.

“As pessoas perderam o medo. Os cidadãos assumiram como deveria ser uma democracia liberal. Assumiram a responsabilidade individual de votar e defender seu voto”. Portanto, para a professora, o crescimento de María Corina não se deve a uma questão ideológica; e sim, a uma questão de sobrevivência e recuperação do País.

Eleições atípicas marcam a Venezuela em 2024

As eleições na Venezuela envolvem também todo o continente sul-americano. As tensões estão altas entre Lula e Maduro. O brasileiro dizer que ficou assustado com a fala de Maduro sobre tudo virar um “banho de sangue”, caso não vença as eleições. Depois, Maduro rebateu dizendo que “quem fique assustado, que tome um chá de camomila”.

A professora de Relações Internacionais da Unifesp, Carolina Silva Pedroso, lembra que já são 25 anos de chavismo no poder. Segundo ela, pelo que se vê, as pessoas já não querem mais o regime político. “Eu acredito que essa eleição de 2024 será uma grande pesquisa de opinião sobre esse período com o chavismo na Venezuela. São as eleições mais incertas; principalmente com Maduro dando declarações nos últimos dias que demonstram que ele está com medo”, completou.

Assista às entrevistas concedidas ao jornalismo da Novabrasil sobre as Eleições 2024 na Venezuela.



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análise política chavismo Eleição 2024 jornalismo maduro maria corina urrutia venezuela
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