
Semana chama atenção para a gravidez na infância e adolescência
Semana chama atenção para a gravidez na infância e adolescência
A iniciativa visa alertar para os riscos da gravidez precoce e as consequências para as meninas no país

O Brasil realiza a Semana Nacional de prevenção da gravidez na adolescência, entre os dias 1 e 8 de fevereiro. O objetivo é prevenir a gestação precoce no país.
No Brasil, em 2023, cerca de 12 mil meninas de 8 a 14 anos tiveram filhos. Os dados são do Governo Federal. Lembrando que a gestação é considerada violência sexual, pois sexo com menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável no país.
O colunista da Novabrasil, pediatra Renato Kfouri, avalia que “os números são alarmantes, apesar do Brasil já ter vivido situações piores”. Para ele, o que chama mais a atenção é a desproporção social quando os números são comparados.
Kfouri diz que os índices indicam a região norte com mais casos. São 21% do total. No Sul, o índice é de 10% do total. Em relação ao recorte étnico, indígenas são 28%, pardas 16% e brancas 9%.
O pediatra afirma que “as consequências da gravidez na adolescência são enormes. Há implicações na saúde da menina, risco de abandono da paternidade, aumento do uso de álcool, violência e depressão pós parto”.
Um estudo realizado no Complexo da Maré, recentemente, mostrou que 49% das mulheres da favela tiveram seus bebês entre 13 e 17 anos. Para Renato Kfouri, é necessário “proteger as crianças, com estratégias melhores visando as populações mais vulneráveis”.
Realizada anualmente na primeira semana de fevereiro, a semana de prevenção à gestação precoce surgiu por meio de um Projeto de Lei do Senado. Durante esse período, serão articuladas diversas atividades e campanhas em prol da conscientização da gravidez precoce. Algumas empresas privadas participam da mobilização, juntando-se aos órgãos públicos e ao terceiro setor.